Capítulo 50. Resistência

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Phillip virou o rosto dando dois passos para trás e me olhou, porém ele não parecia surpreso com a minha atitude, fala, ou com o modo que eu consegui me defender. Phillip pareceu até mesmo gostar disso, pois tinha um sorriso torto nos lábios e riu debochado.

— O que foi isso? – Ele riu. – Acha mesmo que pode comigo? Que pode me bater?

Ele deu um passo em minha direção e a sua pergunta foi respondida com um tapa estalado no seu rosto, fazendo-o parar no mesmo lugar. Phillip me olhou cerrando o maxilar e eu fingi um espanto.

— Oh, me desculpa! Eu não fiz por mal, eu te acertei sem querer! Deixa eu ver.

— Melanie, você não me provo...

Eu não deixei que ele terminasse de falar, acertando outro tapa do outro lado do seu rosto.

— Isso é por todas as vezes que você me bateu e me fez ter medo de acontecer de novo! – gritei e desferi outro tapa forte em seu rosto, fazendo-o virar o rosto para o lado.

Eu o acertei uma quarta vez e ia acertá-lo uma quinta, porém ele me impediu segurando o meu punho a centímetros do seu rosto. Ergui a outra mão e ele a segurou também e riu.

— Então você acha mesmo que pode me bater. Melanie... será que você nunca percebeu que eu adoro quando você revida? Quando você me bate? Meu amor... eu adoro você assim selvagem, eu fico te querendo ainda mais.

— Você é mesmo louco – falei, olhando-o enojada.

Phillip cerrou o maxilar com força e me olhou com ódio. Então, ele me puxou pelos punhos e acertou a minha cabeça com a sua, fazendo uma dor alucinante brotar na minha testa ao ponto de eu fechar os olhos e cambalear para trás. Senti os meus pulsos serem soltos e, em seguida, meu rosto ser apertado por uma de suas mãos, me empurrando novamente contra a parede.

— Quantas vezes eu vou ter que te dizer para não me chamar assim? – Ele gritou.

Eu abri os olhos e fiz o mesmo que ele estava fazendo comigo, mas cravei as minhas unhas na sua pele e apoiei o meu pé na parede, pegando impulso e o empurrando. Afastei Phillip de mim, arranhando o seu rosto que ficou com três linhas vermelhas.

— Você nunca mais vai encostar a sua mão em mim! – gritei. – Louco! Você... é... louco! – berrei as últimas palavras e Phillip deu um grito raivoso, antes de dar um passo em minha direção. Abri a minha mão e, com um movimento de baixo para cima, acertei o seu rosto com o punho, como Sebastian havia me ensinado. A cabeça de Phillip foi para trás e ele cambaleou, levando a mão para o seu nariz. – Isso foi por sequestrar a Sarah! – berrei e ergui a perna. – E isso é por ameaçar o Nick! – Empurrei Phillip com o pé e ele cambaleou para trás ainda mais, até perder o equilíbrio e cair de costas em cim da mesa de centro que era feita de vidro e se quebrou.

Nesse instante, eu até me assustei, mas ao vê-lo se mexer, cerrei o maxilar e me virei para sair dali. Olhei para Sarah que estava parada na porta de vidro, sorrindo orgulhosa de mim. Caminhei em direção à porta, segura de que sairia dali, mas no segundo seguinte, um barulho ensurdecedor e uma ardência na minha perna me impediram.

Não! – Sarah gritou, voltando a se desesperar.

Eu gritei caindo de joelhos no chão, levando a mão para minha panturrilha, e olhei para trás, vendo Phillip se levantar com a arma apontada para mim. Uma mancha vermelha descia pelo seu nariz, escorrendo pelo seu queixo e sujando a frente da sua camisa, mas ele não parecia se importar com aquilo, com o nariz quebrado ou com a dor que sentia. No entanto, ele passou o braço na boca, limpando o sangue que ali estava.

Agora Tenho V🌸cê! - Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora