XLVII - (des)Encontros

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Alguns dias se passaram desde que eu e o Chace nos encontramos. Acontece que a experiência foi tão boa que, em menos de uma semana, já nos vimos três vezes.

Por conta do horário quebrado que ele trabalha, marcamos de nos encontrar no nosso horário livre, que não é lá muito certo. Então tem dias que nos encontramos no meu horário de almoço, depois do trabalho ou de manhã cedo.

Outra novidade é que Ethan resolveu morar comigo, e eu acabei aceitando. Podemos dividir o aluguel, que por enquanto ele não está podendo pagar, e ainda faz companhia para a Kat. Estou tentando achar uma vaga para ele, mas o meu setor está totalmente preenchido. Mandei mensagem para a moça do setor de marketing da outra empresa que tem no mesmo prédio para ver se ela tem alguma vaga, agora é só torcer pra dar certo.

 — Hoje você vai encontrar o garanhão?  — Emma pergunta.

 — Até o momento, nada confirmado.

— Então podemos fazer uma noite de filmes? Amanhã é feriado!  — a loira faz carinha de choro e eu acabo cedendo.

— Eu ia fazer faxina, mas tudo bem. Passem lá em casa mais tarde, vou comprar algumas coisas para fazer pão de queijo e tapioca para vocês! 

— Eba! Não esquece do brigadeiro.  — Emma pisca e segue pela rua dela.

Minutos depois, chego em casa. Não passo muito tempo, já que só deixo a bolsa, pego a carteira e vou até o mercado do bairro. Compro todos os ingredientes, passo em uma cafeteria e peço meu croissant de chocolate, cookies e um chá de hortelã com abacaxi que só vende ali e retorno pra casa.

Na volta, assim que paro para procurar minhas chaves, com certa dificuldade, devido à quantidade de sacolas em minhas mãos, ouço alguém me chamar. 

 — Jade!  — olho para trás e vejo Mike correndo do outro lado da rua até parar em minha frente.

— Mike, oi! Quanto tempo!  — o abraço.

— Pois é! Te procurei, mas seu amigo disse que você tinha voltado a trabalhar.

— Na verdade eu nunca parei, só estava fazendo home office, mas voltei para a empresa essa semana.

— Entendi! Será que podemos tomar um café ou algo do tipo?  — me convida.

— Ah... espera um minuto?  — ele responde que sim e eu entro dentro de casa.

Jogo as sacolas no hall e aviso ao ruivo, que está assistindo TV, que volto em alguns minutos.

Mesmo sabendo que poderia atrasar o jantar e que isso deixaria as meninas furiosas, decidi ir ter essa conversa com o Mike.

Seguimos em silêncio até cruzar a rua.

— Sei que você já deve estar pensando sobre o que vou falar...

— Mike, sério. Eu super entendo. 

— Eu estava muito decidido a nos dar uma chance, de verdade. Mas aí a Florence voltou e me fez lembrar que ainda a amo e estar com você, mesmo que no momento fosse o que eu julguei ser o melhor, a ver ali me fez perceber que não era bem assim...

— Não precisa se explicar, eu entendo!  — aliso o braço do moreno.

— Enfim, desculpa por ter te dado esperanças... e eu realmente não sabia que a papelada ainda não estava finalizada!

Pra um advogado, acho que ele não é lá essas coisas de bom, né?

 — Tá tudo bem, isso acontece.  — ele concorda e me abraça.

Superman's Neighbor || Henry Cavill ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora