LXXV - Oportunidade única

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Mesmo depois de oito horas de muita gritaria e cachorrada na despedida de solteiro do ruivo, eu consegui acordar às cinco da manhã. A ansiedade está tomando conta e simplesmente não consigo relaxar. Como eu queria meu Cavill aqui agora...

A cerimônia ficou para às 15:00 e eu ainda não sei onde vai ser. Na verdade, ninguém sabe. Ethan está fazendo tanto mistério que tenho até medo de chegar e ver um circo estilo 1920 na minha frente.

Assim que levanto Kat pede para passear, mas antes checo as mensagens para ver se Henry respondeu algo. Ao ver que não tinha nada, sigo com a minha filha de quatro patas pelo hotel. Aproveito esse momento para explorar o local, que tem um grande jardim atrás e ao redor também. Sinto o ar gelado bater em meu rosto e começo a ficar arrependida de ter saído da cama quentinha. O passeio não dura muito pois, além do frio, o céu estava bem nublado. Volto pro quarto e deito, tentando cochilar novamente. 

E a soneca russa ataca novamente, só acordo horas depois com batidas na porta de madeira. Peço que esperem um minuto para que me situe na vida e sigo até a porta, quase cambaleando, toda descabelada e com o rosto inchado. Abro e vejo que é Henry. 

— Boo! — pulo nos braços do homem que se abaixa um pouco devido ao meu peso.

— Que saudades de você, meu amor. — fala, entre os milhões de selinhos que eu deposito em sua boca. 

— Eu também. — olho de um lado pro outro, só para verificar se não tinha ninguém nos observando. — Vem, entra. 

Tento fechar a porta com a maior dificuldade do mundo, já que continuava atracada no tronco do moreno. Henry caminha quase parando comigo no seu colo enquanto puxa a mala com a outra mão. Senta na cama e eu volto a beijá-lo. Ninguém pode me julgar, foram quase duas semanas longe.

— Hum... sabe que horas são? — quebra o momento.

— Não faço ideia. — e eu lá quero saber das horas.

— Provavelmente mais de 13:00. — diz e eu pulo, correndo pro banheiro para começar a me arrumar pra festa.

Enquanto tomo meu banho, nós colocamos o papo em dia.

— Eu pensei que vocês fossem organizar o casamento. — comenta.

— Não, eles contrataram uma moça. Só vamos pra comer e beber mesmo. — ouço ele rir.

— Vem tomar seu banho, já estou saindo. — grito e segundos depois o homem abre a porta.

— Oh. — se assusta ao ver que ainda não saí do box.

— Já estou saindo, calma. — enrolo a toalha e fico do seu lado. A diferença de tamanho chega a ser ridícula.

— Embora agora vá ser difícil conseguir fazer qualquer coisa, sei que não temos tempo. — enxuga um suor inexistente em sua testa.

— É só você... — faço o gesto de masturbação com a mão e ele ri alto. 

Procuro o vestido vermelho que comprei para o dia de hoje, mas espero Cavill vir me ajudar a fechar o zíper, enquanto isso faço a maquiagem e o cabelo. Ele não demora a aparecer com uma toalha minúscula que mal cobria sua cintura. Mordo os lábios ao desejar o que está debaixo daquele tecido branco e volto a me concentrar no que estava fazendo.

— Fecha aqui, por favor. — ao sentir seu toque gelado em minha pele exposta, me arrepio da cabeça aos pés. — Obrigada. — aperto sua bochecha e ele se distancia.

— Descobriu onde que vai ser? — o observo pelo espelho e continuo desejando que aquela toalha caísse.

— Ele não quis dizer, vai fazer suspense até o último momento. — respondo.

Superman's Neighbor || Henry Cavill ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora