XXVII - O preço por dizer um "não"

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Acordei com um barulho estrondoso que não sabia de onde vinha. Demorei um minuto pra perceber que se tratava de Henry roncando. Revirei os olhos e voltei a deitar encostada em seu peito, tentando voltar a dormir, mas sem sucesso.

Era a primeira vez que isso acontecia e eu não sabia direito o que fazer, então apenas dei um tapa em seu braço, na tentativa de acordá-lo. O que pareceu dar certo, por alguns segundos.

Henry mexeu um pouco o rosto e, ao invés de acordar, ele simplesmente me empurrou — me fazendo praticamente voar para o outro lado da cabana — e se virou de costas para mim.

Perplexa, resolvi revidar essa tentativa de assassinato, e dei novamente um tapa, dessa vez mais forte, para ver se o homem acordava. Sem sucesso. Nem se estivesse morto estaria tão desacordado assim, pensei.

Resolvi, então, levantar e vestir minhas roupas, já que estava completamente nua. Ao levantar, eu consigo fazer o impossível acontecer: me enrosquei na hora de vestir a calcinha e caí em cima do homem, que acordou desesperado com o susto que levou.

Henry arregalou os olhos e me olhou com uma interrogação gigante na testa, quando viu que eu tinha acabado de cair em cima de seu corpo despido, ele formou um sorriso travesso e logo caiu na gargalhada.

— Não tem graça! — falo, levantando e terminando de vestir as roupas.

— Ah, e como tem! — ele continuava rindo como se tivesse acabado de assistir o melhor filme de comédia da vida.

— Fica rindo enquanto pode, daqui a pouco você dorme e começa a roncar —revido, vendo o homem fechar a cara instantaneamente.

— Eu não ronco. — Henry levantou e começou a se vestir.

— Ah, não? Então quer dizer que a serra elétrica que eu ouvi quando acordei, e pensei que Jason tivesse vindo nos matar, foi tudo fruto da minha imaginação? — agora quem estava rindo era eu.

— Que mentira. Isso é mentira. — ele se aproximou, ainda sério, mas no fundo eu sabia que ele já estava rindo.

— Antes fosse. E pra completar, dorme mais duro que uma pedra! Se fosse uma emergência, eu morria e o assassino nem ia tocar em você, pois já parecia estar morto! — sinto ele agarrar minha cintura e colar nossos corpos.

— E sabe o que mais acorda duro? — com um sorriso travesso, Cavill começa uma trilha de beijos que vão desde a minha testa, até o meu pescoço.

— Já começa o dia assim? — falo em seu ouvido.

— Acordar com você me causa esse tipo de efeito colateral. — mordeu meu lábio inferior.

— Bom saber. — repeti o gesto que ele acabou de fazer em mim e separei nossos corpos. — Vamos, hora do café da manhã! — abri a cabana e saí da mesma, nem me dando o trabalho de olhar pra trás e ver a cara de tacho de Henry.

Para minha sorte, não estava tão frio nessa manhã. Estava parcialmente nublado, mas ainda conseguíamos ver um raio de sol, devia beirar nos 20°C.

Henry veio em seguida e me abraçou por trás. Esse aí é mais brasileiro que eu, não desiste nunca!

— O que vamos fazer no café da manhã? — pergunto, me virando de frente para o homem e agarro seu pescoço.

— Olha, eu tenho uma brilhante ideia...

— Sei bem que ideia é essa. Fizemos isso a noite toda, será que dá pra comer comida de verdade agora? — fiz beicinho e ele riu.

— Só você pra rejeitar um sexo matinal em prol da comida.

Superman's Neighbor || Henry Cavill ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora