VII - Sábado à noite

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sábado, 17:40 p.m.

Estava na casa da Jennifer, que já havia me desculpado e pediu pra que eu decorasse o caminho, risos.

— Então tá, você sabe em que pub ela vai? — balanço a cabeça negativamente. — É porque tem uns que são melhores, mais movimentados e tal. Mas sem problemas, vamos preparadas para tudo.

Fomos até seu quarto e procuramos alguma roupa que não ficasse tão grande em mim. Eu sou discreta e morro de frio naquela cidade, então a ideia era algo bem comprido e quentinho.

— Eu vou morrer de frio! — digo, vendo-a tirar vários vestidos do armário.

— Relaxa. Lá dentro é climatizado, não vai sentir frio. — fala, separando várias roupas aleatórias e colocando em cima da cama queen size.

— A questão é que o confortável pra vocês é 20 graus e, acredite, isso tá longe de ser confortável para uma brasileira que tá acostumada com calor o ano todo. Calor de +30°. — Ela me olha espantada.

— Vamos ver o que temos aqui.

Resumindo o que eu via: animal print, couro, veludo, mais animal print, jaqueta jeans, glitter e animal print.

Aimée? Você é a própria onça, né? — ela ri do meu comentário e mostra a língua.

— Gostava de usar quando saía com os amigos, quando tinha tempo.

Olho de novo as peças e começo a me desesperar. Ao invés de ir para um pub, eu ia era pra um casamento com esses vestidos enormes.

— Meu Deus? Eles são gigantes! — falo, colocando um vestido por cima da roupa e olhando no espelho, ele batia no chão.

— É melhor olharmos os midis. Talvez eles não cheguem no chão, né? — diz, irônica.

— Tirando sarro de mim? Logo você, a metade onça, metade girafa? — falo e ela me mostra o dedo do meio.

Meia hora se passou e nós decidimos que eu ia com um vestido midi — mas que ficou longo em mim —, com uma jaqueta de couro preta, juntamente com o coturno que eu já estava usando e a bolsa preta que também carregava.

Visto e me olho no espelho, estava até que bem. Exceto pelo fato de o vestido ter uma fenda que ia bater até onde não devia, o que ia me custar a vida assim que eu colocasse meus pés fora da casa dela devido ao frio, mas fora isso, estava ok. O vestido tinha uma espécie de pelinhos, estilo veludo e vestia muito bem.

Como não tinha trazido muita maquiagem, fiz uma make bem básica, chamando um pouco de atenção pra boca com um batom nude rosado e bastante máscara de cílios. O meu cabelo era ondulado e decidi deixá-lo solto, ele não ia ficar quieto mesmo.

19:45 p.m.

Já estava quase na hora e Jennifer ainda não estava totalmente pronta. Enquanto ela termina, eu como um donuts, vai que não vende comida lá?

Cinco minutos depois, Jennifer aparece na sala com um vestido preto tubinho de um ombro só, batendo pouco a cima do joelho, com um salto bloco branco e uma jaqueta na mesma cor. Seu cabelo estava preso em um coque com uma mecha solta em cada orelha. Sua maquiagem estava mais elaborada que a minha, valorizando seus olhos esverdeados e confesso que demorei a reconhecer, parecia outra de tão diferente que estava!

— Vamos?

— Que bicha gata é essa? Arrasou! — ela sorri e agradece. Saímos em direção à toca do lobo.

Superman's Neighbor || Henry Cavill ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora