Capítulo 13

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Minha mãe parecia que tinha visto um fantasma. 

-Mãe, fala logo. -A pressionei. -Com o que vou surtar? 

-Preciso desligar, depois falo com você. -Minha mãe desligou a ligação e me encarou. -Filha, calma ai...

-Calma, mãe? É a segunda vez que pego a senhora falando dessas coisas, qual foi?!

-Não posso falar...

-Não pode? -Ri debochada. -Eu vou descobrir sozinha e vai ser pior. 

-Lívia, pelo amor de Deus, não mexe nisso. -Ela disse nervosa. -Isso não é coisa pra você. 

-É sim e já que a senhora não quer me falar, vou caçar uma resposta, por mais difícil que seja...

Ao terminar de falar, peguei meu caminho até a casa de Lennon, precisava de sua ajuda. 

Bati em sua porta meio desesperada e assim que ele abriu, franziu a testa ao ver meu estado. 

-O que foi, linda? 

-Preciso da sua ajuda...

Um tempo depois...

O que fazer quando se quer descobrir algo? 

Ir atrás de um detetive, óbvio. 

Desci o morro e fui direto atrás desse tal detetive.

Fiz um contato, ele me passou o endereço de seu escritório e eu fui com Lennon. 

E nesse momento estamos aqui conversando. 

-Eu preciso que o senhor descubra tudo sobre um possível vínculo da minha família com Alberto Souza e Diego Alencar. 

-Esses não são os donos da Chapada? -O detetive questionou olhando a foto dos meninos. 

-Exato, mas não leve isso em consideração, só quero saber do vínculo deles com minha família. -Respondi tensa. -O senhor consegue resolver isso pra mim até quando? 

-Bom, dependendo do que conseguir, no máximo 1 mês. 

-Acho que dá, né? -Lennon me encarou e eu concordei. 

-Eu vou te ligando, tudo bem? -O investigador avisou. 

-Claro, irei ficar bem agradecida. -Sorri. 

Finalizamos o atendimento e Lennon me chamou para irmos à praia. 

-Linda, sei que você está preocupada com esse lance da sua mãe mas queria falar com você uma coisa. -Ele disse enquanto caminhávamos pela orla. -Em primeira mão, viu? 

-Assim me sinto lisonjeada. -Brinquei. -Pode falar. 

-Assinei um contrato com uma gravadora. -Ele falou. 

O encarei surpresa e sorri. 

-Mentira, lindo?! 

-É sério. -Ele sorriu. -Já gravei algumas coisas e tudo. 

-Estou tão feliz por você. -Pulei em seu colo o abraçando. -Você vai realizar seu sonho, lindo!

-Nós vamos, gata. -Ele selou nossos lábios. -Vou te tirar dessa vida...

Meu sorriso deu uma falhada, mas tentei não transparecer, só que Lennon franziu a testa. 

-Qual foi, bebê? -Ele deu uma pequena risada. -Estava sorrindo e do nada fraquejou...

-Lennon, imagina. -Desci de seu colo e arrumei meu cabelo. -Impressão sua. 

-Lívia, tu não quer sair do tráfico? 

Da Boca 『L7NNON』Onde histórias criam vida. Descubra agora