Violet me guia pelo caminho até a sua casa e preciso segurá-la várias vezes para que ela não acabe caindo, já que seus pés cambaleiam sem parar, me deixando bem claro que ela ainda deve estar um pouco bêbada.
O percurso é feito em um completo silêncio. Apenas os resmungos da garota são ouvidos quando ela tropeça em algum buraco e eu sou obrigado a tocá-la.
Tive que me controlar para não arrebentar a cara do idiota que estava tentando -em vão- ter algo com ela e senti meu sangue ferver e meu coração bater desgovernado no instante em que percebi o quanto ela estava bonita com aquela roupa.
Fazia muito tempo que não a via tão arrumada. A calça apertada e a blusa quase transparente se apegaram à sua pele de uma forma que foi possível perceber cada curva do seu corpo.
E na minha mente, o único que rodopiava uma e outra vez, era como ela é malditamente linda.Minha vontade é de não soltá-la nunca mais, segurar sua mão e não permitir que ela se afaste de mim.
O problema é que a garota é cabeça dura e sua teimosia faz com que ela não queira sequer conversar comigo.Não a julgo por agir assim, afinal de contas, a culpa foi minha. Mas isso não significa que eu não me sinta miserável cada vez que sua sobrancelha franze para qualquer coisa que eu diga, ou quando ela me ignora por completo, como está fazendo agora.
— Mas que droga! -Violet grita de repente e corro até ela, percebendo que a garota tinha se afastado sem que eu me desse conta.
Ela se senta no meio fio e esfrega o tornozelo várias vezes.
— Vi, o que houve? -Me sento ao seu lado e pego sua perna colocando-a em cima das minhas.
— Virei meu pé, Benjamin, não foi nada e ai! -Grita outra vez quando aperto sua pele.
— Acho que não vai conseguir andar pelo resto do caminho desse jeito. -Murmuro pensando em como vamos fazer para chegar até a sua casa
Seus olhos estão fechados e sua respiração acelerada. Sou um maldito egoísta por querer pensar que é por que estamos próximos, no entanto, sei que ela deve estar sentindo dor.
Coloco seu pé no chão outra vez e me levanto, observando-a resmungar sem parar.
Sei que ela é muito orgulhosa como para pedir ajuda, o que só me deixa uma saída.
— Quer saber, que se foda. -Puxo suas mãos fazendo-a levantar rapidamente e ergo seu corpo, pegando-a no colo e abraçando-o por completo, ao som dos seus grunhidos desesperados.
— O que diabos deu em você hoje, Benjamin? Por acaso ficou maluco? -Grita sem se importar com a hora. — Está pedindo para apanhar, só pode! -Recebo vários tapas no ombro, mas não ligo.
Ela não vai conseguir andar com o tornozelo machucado.
Continuo recebendo tapas e mais xingamentos até que ela eventualmente se rende e descansa a cabeça em mim, passando o braço pelo meu pescoço para ter mais apoio.
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Perigosa Atração
Teen FictionAlgumas pessoas dizem que o tempo é subjetivo, e confesso que estou completamente de acordo. Para muitos, três segundos passam como um borrão nas suas vidas, um intervalo de tempo tão curto que é quase imperceptível. No entanto, o que não percebem...