Algumas pessoas dizem que o tempo é subjetivo, e confesso que estou completamente de acordo.
Para muitos, três segundos passam como um borrão nas suas vidas, um intervalo de tempo tão curto que é quase imperceptível. No entanto, o que não percebem...
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— Benjamin... -Minha garganta se fecha e meu coração bate tão rápido que parece que vou ter um infarto a qualquer momento.
— O que foi? -Ri estreitando os olhos.
— Eu sinceramente não entendo como você consegue dizer essas coisas sem uma gota de vergonha na cara. -Murmuro com o cenho franzido.
— Talvez seja pelo fato de que é o que estou sentindo e não vejo motivos para me envergonhar. -A franqueza com a que ele fala é impressionante e me deixa sem ar por alguns segundos. — Vem aqui.
Sou abraçada novamente e seus dedos se embrenham nos meus cabelos, massageando meu couro cabeludo e estou a ponto de ronronar como uma gatinha. — Deveria ir começando a se acostumar, porque agora que posso me expressar sem medo de como irá reagir, eu vou aproveitar ao máximo. -Beija minha testa e suspiro profundamente.
— Eu prometo que vou tentar não parecer um boneco de gelatina cada vez que você disser coisas desse tipo. -Brinco nervosa.
Benjamin sorri envaidecido e só faltam sair fogos de artifício dos seus olhos castanhos.
Nunca me senti tão viva como agora e de pensar que tudo se deve ao garoto sentado ao meu lado é engraçado e estimulante ao mesmo tempo.
— Quer ver mais um filme ou está muito cansada? -Ele oferece depois de alguns minutos e concordo prontamente.
Colocamos qualquer coisa para ver e ter uma desculpa para continuar abraçados, até que começa a ficar tarde e Benjamin com muito custo se despede de mim, indo para a sua casa antes que acabemos fazendo algo muito mais intenso do que apenas nos tocarmos.
Ele sabe muito bem que eu sou virgem e fez questão de me fazer entender que ele não tem pressa. Que vai esperar até que eu esteja pronta para dar o passo ao seguinte nível.
— Me avise quando chegar em casa. -Beijo sua bochecha antes de empurrá-lo para fora do meu apartamento.
Ele caminha para longe sem deixar de sorrir e tranco tudo indo direto para o meu quarto.
Tomo um banho rápido e coloco um pijama confortável para dormir.
Imagens do que fizemos mais cedo permeiam minha mente e depois de várias horas depois pego no sono com a sensação de que estou me afundando cada vez mais nessa relação, só que diferente das outras vezes, agora não sinto medo.
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