40 - Corações despedaçados

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— Violet, o que aconteceu? -Brenda me observa assustada e balanço a cabeça de um lado para o outro sentindo meu coração se partindo pouco a pouco

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Violet, o que aconteceu? -Brenda me observa assustada e balanço a cabeça de um lado para o outro sentindo meu coração se partindo pouco a pouco.

— Benjamin, ele... ele mentiu para mim. -Sussurro ainda sem querer acreditar no que acabei de presenciar.

Narro os acontecimentos desde que cheguei na audiência até o momento em que descobri tudo sobre Ben e Brenda só falta lançar raios laser pelos olhos.
Ainda não consigo assimilar que ele me enganou todo esse tempo, que mentiu para mim descaradamente e que fui tola o bastante para cair na sua teia bem elaborada.

Depois de alguns minutos, Brenda abre a porta e coloca uma perna para fora do carro chamando minha atenção.

— Onde pensa que vai? -Murmuro cabisbaixa.

— Aquele idiota ainda deve estar no estacionamento. O que acha que vou fazer? Irei dar uma surra no babaca! -Acabo deixando escapar uma risada ao escutar sua ideia maluca e nego com a cabeça.

— Ele já deve ter ido embora, Brenda. Além do mais, você não vai bater em ninguém. E-eu só preciso que me leve para casa, por favor. -Peço segurando o seu braço fazendo com que ela volte a se sentar no banco do motorista com uma expressão assassina no rosto.

— Vi, não fica brava comigo, ok? -Diz de repente e levanto uma sobrancelha desconfiada. — Beck meio que me contou sobre o problema do babaca do Benjamin. Eu... já sabia de tudo. -Confessa e solto um suspiro entristecida.

— Pelo visto até o Papa sabia dessa merda toda e eu não...

— Ele me disse literalmente ontem de noite, Foxy, não ia adiantar de nada se eu te contasse. -Seus dedos apertam os meus e concordo a contragosto.

Brenda tem razão, não serviria de nada mesmo.

— Pode me levar para casa agora? -Repito e ela obedece sem dizer mais nada.

O caminho até o apartamento dos meus pais é feito em um silêncio sepulcral e minha mente é dominada pelos momentos em que eu e Ben passamos juntos, as imagens se reproduzem dentro da minha cabeça como um filme, desde quando éramos crianças até hoje de manhã quando ele disse que queria me levar para a audiência.

Começo a pensar que tudo isso fez parte do seu plano para tentar me distrair do inevitável.

Foi tudo pensado e eu não desconfiei por um segundo.

Estou tão triste e pensativa, que nem percebo quando o carro estaciona na frente do edifício e Brenda desliga o motor virando seu rosto para mim com delicadeza.

— Chegamos, querida. Vou subir com você, ok? -Afirma prestativa e apenas abro a porta sem lhe dar nenhuma resposta.

Estaria mentindo se dissesse que não estou chateada com o fato de que até ela soube a verdade antes de mim, mas não quero tratá-la mal. Minha amiga não tem culpa de nada.

Perigosa AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora