33 - Não resisto mais

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O cinema está lotado como era de se esperar para uma sexta feira a noite

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O cinema está lotado como era de se esperar para uma sexta feira a noite.

Para otimizar o tempo, decidimos nos separar, então enquanto eu e Brenda compramos as entradas, Beck, Benjamin, Jonah e Matt se encarregam das pipocas, refrigerantes e guloseimas.

Com o clima extremamente abafado, ver um filme em uma sala geladinha graças à quantidade vantajosa de ar-condicionados foi uma escolha óbvia.

Ao chegar, fizemos um sorteio para ver que filme seria visto e tanto minha amiga quanto eu pulamos de alegria quando um romance foi o contemplado.

Nem preciso dizer que os garotos viraram os olhos de uma maneira assustadoramente sincronizada, no entanto, regras são regras. O nome que saísse primeiro seria o designado, sem exceções.

Enquanto fazemos a fila, dou uma olhada no lugar que não visitava há meses.

Depois de que sofri o acidente, entrei em um estado autodepreciativo tão grande que apenas a menção da ideia de sair de casa me causava náuseas.

Na minha mente conturbada, as pessoas zombariam de mim, apontariam para a minha perna defeituosa e gritariam aos quatro ventos como fui uma idiota, embora claramente não tenha feito nada para merecer essa sina.

Ainda bem que meus pais foram contundentes o bastante para não me deixarem desistir das sessões de terapia com a psicóloga.

Se não fosse por isso, eu ainda estaria deitada na minha cama com a mente embaraçada e pensando em como eu era de fato uma inútil.

Graças aos céus essa fase já está enterrada juntamente com a minha baixa autoestima.

Como meu pai diz, sou uma Cross e isso é motivo suficiente para saber que eu posso fazer o que me der na telha, não importa o que os outros digam ou pensem.

— Ei, quem será aquele cara? -Brenda cutuca meu ombro com a ponta do dedo e me viro para tentar entender o que ela está dizendo.

Ao olhar para a direção que ela está apontando, avisto algo no mínimo interessante.

Benjamin está ao lado de um cara que parece saído de um filme de bad boys e não no bom sentido.

Ele diz algo com um semblante tão enfurecido que até penso em ir até os dois e ver o que está acontecendo, no entanto, Brenda segura meu braço e faz um sinal negativo com a cabeça.

Me limito a observá-los de longe sem ser notada.

Benjamin cruza os braços obviamente sem paciência e o cara notoriamente exaltado gesticula com as mãos como se estivesse a ponto de socar o meu namorado.

— O que esses dois tanto conversam? -Murmuro para mim mesma.

— Não sei, mas o seu boy não parece estar muito feliz. -Brenda responde dando de ombros.

Perigosa AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora