you without me.

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Jihyo ainda processava os acontecimentos da noite anterior, enquanto pensava no que faria. Chungha havia lhe contado sobre a tal Consequência e também, disse que só ela poderia consertar aquilo, mas para isso, teria de voltar no tempo, usar o poder que só conseguia com Tzuyu ao seu lado.

Um suspiro audível saiu dentre seus lábios, era até mesmo doloroso. Andando por sua própria casa, sabia exatamente o que fazer, só não tinha certeza se daria certo. Outro suspiro e alcançou a chave do carro, pronta para ir até sua soulmate, sequer sabendo se seria bem recebida, embora aquilo nem importasse mais.

Durante o caminho, refletiu várias e várias vezes sobre o que a Kim contou, seu coração errava as batidas pensando se seu plano daria certo. Não havia contado sobre ele para a Criadora, não valia a pena, ela própria teria de lidar com as consequências de seus atos e não importava-se com aquilo.

Ao chegar na casa da taiwanesa, não tardou em bater em sua porta, muito menos exitou antes de beijá-la e em questão de segundos ver o tempo passar na sua frente. Não que precisasse do beijo para aquilo, muito pelo contrário. Tzuyu estava assustada com a situação, entretanto, não falou nada até que Jihyo parasse em um momento específico do tempo.

— Mas que porra...

— Fica aqui fora e não pense em sair.

Foi a única coisa que dissera antes de partir para dentro de uma espécie de castelo, se eles ficassem em um tipo de paraíso. Logo viu Chungha mexendo em alguns mecanismos, um deles continha sua foto.

— Para. Não mexe nisso. — Pediu em completo desespero e em resposta ouviu um grito de puro susto.

— Jihyo? Eu ainda nem terminei sua criação! — Respondeu com o cenho franzido e os olhos arregalados.

— Se você continuar com a minha criação, vai acabar com a minha vida.

A criadora de tudo não entendeu coisa alguma, mas quando a Park aproximou-se, deixou que ela mexesse nos aparelhos que usava para a criação das pessoas e seus pares. Apesar de naquela época não existir qualquer tipo de tecnologia, ela era praticamente a deusa dos soulmates e mexia com um tipo de tecnologia que era quase mágica.

Jihyo passou as mãos por uma tela que parecia ser magnética e sem procurar pela Chou, a foto dela apareceu em um piscar de seus olhos. Naquele instante, seu coração errou uma batida, o que faria dali minutos, talvez, mas só talvez, acabaria com qualquer chance de viver vida após vida com sua amada. Guardaria aquela imagem dela para sempre, não em sua memória, ou coração, porém ficaria em sua alma.

Chou Tzuyu estaria para sempre marcada na alma de Park Jihyo, como um anjo que havia descido do céu somente para fazê-la feliz.

Ela foi em direção a outra tela, onde tinha o tempo de vida da sua alma gêmea, seu corpo todo estremeceu e uma lágrima solitária escorreu de seu olho esquerdo. Sessenta e oito anos deveriam bastar. Mexeu em outra tela e preferiu esconder ela dos olhos curiosos ao seu redor.

Seu olhar foi na direção de sua ex esposa. Com um sorriso no rosto, aproximou-se e abraçou a mais velha, deixando um selar breve em seus lábios.

— Adeus. — Disse e então saiu do local.

A de cabelos rosa escuro ainda a esperava do lado de fora. Foi a vez de despedir-se dela, a mulher que tanto amou, amava e sempre amaria. Acariciou o rosto da maior e colou seus lábios nos dela, o beijo foi lento e curto, entretanto, sabia que nunca esqueceria-se dele. Deu um abraço tão apertado na garota que achou que quebraria todos os seus ossos, ao passo que chorava copiosamente, dizendo que a amava mais que tudo.

Minutos mais tarde, fechou os olhos e encostou sua testa na de sua amada e suspirou profundamente, pediu para que Tzuyu também mantivesse-se da mesma forma. Foi então que o tempo começou a passar e seus olhos abriram-se quase que automaticamente. Pôde ver cada nova memória da Chou formar-se século após século, viu os seus planos dando certo e sorriu uma última vez, antes de parar no século vinte e um, no meio de uma rua movimentada de Busan. E, em um instante, desapareceu. Seu corpo virou pó e foi levado pelo vento frio do inverno chuvoso.

No meio da rua a taiwanesa viu-se perdida. Não lembrava de ter saído de casa naquele dia e se tivesse, teria pegado um guarda-chuva, certo? Certo. Tirou seu casaco e colocou sobre a cabeça, correndo em direção a sua casa, onde sua esposa estaria a sua espera.

— Amor?! Cheguei. — Gritou da entrada de sua casa, segundos após sua chegada.

— Princesa! Eu não vi você saindo, onde estava? — Sua esposa perguntou preocupada, arrancando uma risada da mais nova.

— Não se preocupe, Tingyan. Eu estava apenas indo comprar um lanche, mas acredita que só fui lembrar no meio do caminho que esqueci o guarda-chuva? — Falou o que veio em sua cabeça, mesmo que não soubesse o motivo de ter saído de casa naquela manhã.

— Hum... tudo bem então. Vem, eu fiz panquecas para nós duas, as crianças estavam ansiosas para comer.

— E com crianças você que dizer você, certo?

— Ei! Me respeita, as gêmeas que querem comer o tempo todo, não eu. — Riu e puxou Tzuyu para a cozinha, onde ficaram por horas tendo um momento só delas.

Por uma tela, Jihyo via tudo aquilo, chorando, embora estivesse feliz. Esperando que a ação de não existir naquela realidade e, portanto, não tendo a Criadora apaixonada por si, finalmente traria felicidade para sua amada e nenhuma consequência.

Porém, nem tudo estava resolvido.

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obrigada por ler até aqui. 💖 espero que estejam gostado e peço desculpas pelo pequeno atraso na atualização! e muitíssimo obrigada pelo 1k de leituras!!

save you • jitzuOnde histórias criam vida. Descubra agora