save you • jitzu

this is... love?

A paisagem vista do lado de fora do carro era fenomenal. Pareciam estar indo para uma casa de campo, ou algo do tipo. O caminho tinha inúmeras árvores, animais nos campos e milhares de flores, tinham tantas que era impossível de contar, ou saber quais tinham. Pela primeira vez depois de terminar com Tzuyu, Jihyo sorriu verdadeiramente.

— Chegamos! A casa foi limpa ontem, contratei algumas pessoas e eles acabaram em pouquíssimo tempo! — Chungha disse animada e a Park acabou por soltar um risinho. Estava esforçando-se ao máximo para fazer aquilo dar certo.

— Vamos, então. — Tirou seu cinto e saiu do carro, dirigindo-se até o porta-malas afim de pegar todas as malas que trouxeram. — As minhas são essas brancas ali e as suas as pretas. — Disse quando a Kim saiu do automóvel e pegou as próprias bagagens, tratando de ir em direção a porta da casa.

A loira pegou as malas pretas e travou o veículo, andando até a companheira de viagem. Ela destrancou a porta e limpou ou pés antes de entrar, pediu para que a morena fizesse o mesmo e passou a mostrar cada canto da casa para a outra. Para a menor, o local era relativamente grande, caberia uma família de pelo menos dez integrantes, naquele momento pensou se Chungha queria ter filhos. Enquanto os quartos eram “apresentados”, Jihyo pôde perceber que haviam quartos decorados com coisas de bebê, logo constatou que sim, a mulher queria ter filhos. Sorriu novamente.

— E qual é o meu quarto? — Perguntou curiosa e foi a vez da mais velha sorrir, ela pegou sua mão e a puxou até o último quarto do corredor.

— Esse é o nosso quarto! Claro, se você ficar desconfortável, eu arrumo outro para você. — Respondeu ao passo que abria a porta.

Após o objeto ser aberto, ele revelara uma decoração impecável em cores vivas, porém de forma tão perfeccionista que não era exagerada, a cama era enorme e poderiam deitar bem mais de duas pessoas. Nas paredes tinham alguns quadros, duas portas de madeira, uma de cada lado do quarto, que provavelmente davam no closet e no banheiro, também haviam duas mesas de cabeceira em ambos os lados da cama. Em cima das mesas ficavam dois abajures em cada uma e várias fotos. E ainda existia uma espécie de sacada, onde deveria ficar a janela, já que estavam no segundo andar da residência. Botaria a mão no fogo para dizer que a vista deveria ser linda.

— Uau... é tudo muito lindo, de verdade. — Os olhos da mais nova bisbilhotavam cada cantinho do cômodo, isso enquanto entrava nele, deixando suas malas em um local qualquer, pouco antes de se jogar na cama. — Parece que estou nas nuvens.

— Isso que você ainda nem experimentou a banheira, eu já dormi nela tantas vezes que sequer dá para contar. — Riu baixo e levou os objetos de rodinha até a abertura que dava no closet, deixou todos ali parados. — Depois eu arrumo tudo, não precisa se preocupar com isso.

— Tudo bem, assim que eu acordar, ajudo. — A Park bocejou e espreguiçou-se, fechando os olhos em seguida.

— Durma bem. — A outra garota falou, indo até ela e dando-lhe um beijo na testa, cobrindo-a logo depois.

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Passaram-se cerca de cinco anos que estava com Chungha e a — agora — mãe de trigêmeas não tinha queixas, as mulheres nunca tocaram no nome de Tzuyu, nem mesmo quando receberam a notícia de que ela morrera, claro que Jihyo sofrera muito, entretanto, preferiu guardar sua dor e chorar longe de sua esposa, fizera uma promessa, um acordo, não poderia descumprir, mesmo sabendo que aquela altura, ela não importaria-se.

Estava no jardim atrás de sua casa, brincando com suas filhas, as três estavam em uma espécie de cadeira para bebês totalmente segura, isso enquanto o cachorro da família tentava ao máximo chamar atenção para brincar também. Ao longe a outra mãe das recém nascidas sorria vendo a cena, não poderia estar mais feliz, tinha a impressão que se morresse naquele momento, ainda sim estaria radiante.