she's mine.

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Jihyo havia passado cerca de uma hora no telefone com Sana, essa que deu a ideia da mais velha ir até sua casa para um encontro em grupo, onde iriam as namoradas dela e as amigas das três. A Park aceitou ir, mesmo que relutante sobre. Não sabia se estava realmente pronta para ver Tzuyu mais uma vez, parando para pensar com mais atenção, talvez ela até lembrasse ter a visto, mas não com clareza o bastante para lembrar que era sua soulmate.

Ela estava com medo.

Olhou para o relógio teve um sobressalto, havia passado de seu horário e ela ainda estava na empresa. Arrumou suas as coisas rapidamente e com atenção. Suspirando assim que acabou, pegou as chaves e foi até sua Mercedes. Ao que foi abrir a porta do automóvel, sentiu uma mão em seu ombro e seu corpo gelou. Tinha medo de virar para trás e ver um assaltante ou algo do tipo, contudo, depois de fazer tal ato, viu nada mais que uma cabeleira loira altamente cuidada. Era Chungha. Usando sua melhor cara de pouco caso e fingindo ao máximo que não odiava a praga extremamente linda, — infelizmente ela não podia negar que a Kim era dona de uma beleza surreal — sorriu irônica sem mostrar os dentes.

— Boa noite, Chungha. A que devo a honra de sua ilustre presença? — Perguntou, ao passo que abria a porta do carro e colocava suas coisas no banco do carona.

— Acho que você sabe exatamente o que eu quero aqui, Park. — Sua voz tinha raiva e ela permanecia séria, como sempre.

Jihyo revirou os olhos. Patética.

Já era costumeiro Chungha a incomodar após Somi ir até si. Aquilo chegava a ser cansativo, porque todas essas vezes a ex da Jeon era obrigada a escutar as mesmas coisas de sua atual namorada.

— Prefiro que você diga, docinho.

Foi a vez da loira revirar os olhos. Quem ela achava que era para falar naquele alto tom de deboche com ela? Odiava toda aquela situação, mas ao mesmo tempo precisava deixar tudo as claras. Somi era sua e a Park não tinha nada que se intrometer na relação delas. Afinal, as duas eram soulmates, por que Jihyo queria tanto separar soulmates? Era inveja por a soulmate de Chungha não morrer e a dela sim? Na cabeça da Kim aquilo fazia um sentido enorme.

— Por favor, nos deixe em paz. Nós nos amamos e você não tem absolutamente nada a ver com isso, Jihyo. — Pediu, quase implorou.

Estava cansada e só queria um pouco de paz.

— Uma hora ou outra ela vai correr para os meus braços, Chungha. Resta você aceitar. — Sorriu e piscou para a mais velha.

Ao que entrou em sua Mercedes viu a loira bufar e sair de perto do carro. Assim que ela estava bem longe, deu partida e saiu da frente de seu trabalho, praticamente voando para a casa de Sana com o carro.

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Jihyo parou o carro em frente a casa da japonesa e franziu o cenho. Por que ali só estavam os carros de suas amigas? Chungha havia a atrasado totalmente. Já passavam das nove da noite e ela perdera a chance de consertar tudo com Tzuyu. Bufou e sentiu vontade de se bater. Mesmo com raiva saiu de seu automóvel e foi até a porta da casa, bateu duas vezes e esperou ser atendida.

— Unnie! — Sana gritou ao ver a melhor amiga e sorriu mostrando seus dentes perfeitamente alinhados.

— Oi, meu amor. — Falou num tom triste. — Perdi a "festinha" não foi? — Fez aspas com os dedos ao falar festinha.

— Vocês tem todo o tempo do mundo.

— É...

— Por que demorou?

Suspirou e fez sinal para a amiga como quem diz que iria falar depois, já que Nayeon apareceu atrás da mais nova delas.

— Entra logo, Hyo, estamos te esperando. — Estendeu a mão para a amiga, que logo pegou e a seguiu para dentro do local.

— Preciso de uma massagem, qual das minhas escravas vai fazer? — Jihyo perguntou fingindo ser a própria Regina George.

As cinco amigas riram juntas e se amontoaram em um dos sofás da enorme sala de estar. Eram todas sortudas por terem umas as outras.

— Eu faço, Hyo. — Momo disse depois de um tempo em silêncio e a Park deitou em cima dela.

— Comece, escrava!

— Cala boca, eu sou sua unnie. — Deixou um tapa na amiga.

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— Agora me explica, por que chegou tarde? — Sana e Jihyo estavam na cozinha sozinhas e tentavam sussurrar o mais alto que dava.

Momo, Jeongyeon e Nayeon estavam dormindo aquela altura. Mas ainda sim elas não queria arriscar.

— Chungha. Ela apareceu do nada para brigar comigo, acredita? — Revirou os olhos pela milésima vez naquele dia exaustivo.

— Por causa da Somi?

— Óbvio.

— O que você vai fazer a respeito, unnie? — Perguntou preocupada, tinha medo do que Jihyo poderia planejar contra a outra coreana, já que o ódio que elas sentiam uma pela outra era enorme.

— Eu vou mostrar para ela que a Somi é minha. Sempre foi e sempre será, ela não pode mudar o destino. — Sorriu como se aquilo fosse a coisa mais legal que existia e Sana congelou.

O que Jihyo tinha na cabeça? Aquilo estava muito errado, ela precisava achar uma forma de salvar Tzuyu e não correr atrás de Somi. Até porque, elas ficariam juntas de qualquer jeito, então por que pensar nisso agora?

Não existiam respostas concretas para aquelas e outras milhares de perguntas que surgiram na cabeça de Sana. A única coisa que a japonesa poderia fazer agora, era esperar o circo pegar fogo com o extintor na mão. Seria uma longa década, isso sim.

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obrigada por quem leu até aqui. 💖💖

save you • jitzuOnde histórias criam vida. Descubra agora