the truth.

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Jihyo abriu os braços para abraçar Taeyeon, mas ela apenas passou reto, indo em direção a sala de estar. Cruzou os braços e esperou que a dona da casa fosse até aquele cômodo também.

— Para deixar claro, não estou aqui como sua amiga. — Disse séria. — Você queria uma vilã para essa vida que você acha que é a porra de um conto de fadas, então pronto, vou ser a vilã dessa merda.

— Eu não entendo o motivo de você parecer tão irritada, sinceramente.

— Vai se ferrar, eu literalmente cheguei a beira da morte só porque decidi dar uma segunda chance para você e as pessoas que amava. — A Kim fora em direção a mais nova, fazendo com que ela sentasse no sofá, espantada com o tom de voz da ex amiga. — Eu considerei você a minha melhor amiga, fiz de tudo para você e em momento algum pedi algo em troca, tirando a merda da sua fidelidade como amiga e a única coisa que recebi foi ingratidão, irônico não? Chegar perto de dar sua vida para alguém e ela praticamente cuspir na sua cara.

— Onde você quer chegar, Taeyeon? Você não entende o meu lado? Você me traiu! Traiu toda a nossa amizade! — Elevou seu tom de voz e ameaçou levantar, recebendo um olhar mortal.

— EU te traí? EU, Jihyo? — Perguntou, ainda mais alto do que a mulher falara consigo.

— Sim.

— Como você tem coragem de afirmar isso? Ainda mais sabendo que eu lembrei de tudo.

— Eu não sei do que está falando.

— Ah é? Tudo bem, eu vou fazer com que você saiba exatamente do que eu estou falando. — Sorriu e pôs-se atrás dela. — Eu demorei muito tempo para aprender como acessar as memórias, pensamentos, sonhos, fantasias e todo esse tipo de coisa das pessoas, mas agora que eu finalmente consigo... — Fizera o que era necessário para ter acesso a mente da Park. — Me diz, Jihyo, quem você ama mesmo? Tzuyu, Somi ou a Chungha?

— Eu não preciso te contar isso. — Sussurrou em completo pânico.

— Não precisa mesmo, eu posso saber o que você sente apenas com os meus dedos dentro de sua cabeça. — Sussurrou de volta, rente a orelha dela, torcendo para aquilo ser tão aterrorizante quanto ter dedos dentro de sua cabeça, literalmente. — Eu sei exatamente em quem você pensa quando se trata de amor, mas eu me pergunto... Por que você continua fingindo quando não tem ninguém com você? Eu vi você fazendo isso ontem, foi exatamente por isso que me ligou, mas por quê?

— Cuida da sua vida.

— A resposta é óbvia! Como não pensei nisso antes? Você podia me ver, não podia? Uau, você é uma ótima atriz, porque mesmo eu sabendo de tudo, ainda acredito no seu teatro. — Ela continuou mexendo os dígitos, mesmo que não tivesse motivo para aquilo, já que sabia tudo o que Jihyo pensava, sentia ou almejava ter, ou ser, sem precisar tocá-la.

— Você só pode estar ficando louca. — Afastou as mãos dela de si e levantou do sofá, recebendo um sorriso como resposta.

— Sabe o álbum? Ele não funciona em pessoas “mágicas”, como eu por exemplo, essas pessoas tem uma forma própria de lembrar das coisas... — Começou a falar e fixou os olhos no rosto alheio. — Quando minha irmã me deixou junto com o cara que eu amava, eu apaguei a maioria das minhas memórias, eu sinceramente não queria lembrar da dor, então as únicas coisas que ficaram foi o básico, eu amava ele, ele amava ela e ela amava você.

— Continua, quero ver até onde sua maluquice vai.

— Bom, na minha cabeça, antes de recuperar todas as memórias, a pessoa que minha irmã gostava, tinha a forma de um desenho, então constatei que era uma criação dela, porque quando voltei a te ver, todos me disseram que ela havia te criado. — Quanto mais Taeyeon falava, mais a CEO parecia ficar incomodada. — Nos últimos anos, eu finalmente tomei coragem pra ter as memórias da minha antiga vida de volta, foi quando lembrei de você, da antiga Jihyo.

save you • jitzuOnde histórias criam vida. Descubra agora