☁️•La Peur De L'alpha•☁️

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Os reclamares manhosos do ômega podiam ser ouvidos pelo quarto todo a cada volta que a faixa fazia em seu braço, já com as queimaduras começando a cicatrizar, mas ainda, machucado. A mãe, não tinha pena alguma do garotinho ao fazer os curativos, mesmo que, ele chorasse com a dor forte em certos lugares onde sua carne havia sido exposta pelas chamas, a mulher só o mandava engolir o choro, dando outra volta em seu pulso delgado.

— Como pode fazer algo assim consigo mesmo... — Comentou a ômega cheia de desdém, olhando para as mãos do filho com um misto de repulsa e preocupação. — Sempre te disse que o rosto e as mãos são o convite de um ômega, olhe o que fez com tuas mãos...

Jimin sequer tentou se defender ou explicar o acontecido, já havia feito várias vezes, contou como derrubou a vela, como ficou preso e como se machucou ao tentar abrir a janela, mas nada parecia convencer a mais velha de que a culpa não era sua, e relembrar daquela noite só trazia o medo e o desespero a tona outra vez. A única pequena parte boa, foi o tempo que passou com Jungkook. Sentia falta dele naquela semana.

— T-terminou? — Questionou trêmulo, soluçando baixinho pelo choro dolorido que cortava sua garganta a cada arder de sua pele.

A mais velha moveu sua cabeça em um acenar positivo, e o ômega aliviado suspirou, escondendo seus braços enfaixados atrás do corpo pequeno, dessa vez, vestido de branco e azul bebê, sua cor favorita para roupas. Achava que destacava muito mais seus cabelos loiros com roupas claras, contrastando com os olhinhos escuros, hora doces, hora intensos, mas sempre, inocentes.

Prendeu seu lábio entre os dentes de levinho, puxando as mangas da blusa para esconder um pouco dos curativos que passou a tanto repudiar, e com seu olhar baixo, virou de costas para sua mãe, pensativo. Não estava em seu  quarto, então mesmo que passasse o dia na janela, ninguém iria vir lhe ver. Ali a janela dava diretamente para a parte da frente da propriedade, era muito perigoso para o alfa, se insistisse em ir até lá, mesmo que por pouco tempo.

— Mamãe, a senhora pediu para as empregadas fazerem aqueles doces que pedi? — Perguntou esperançoso, abrindo um sorriso pequeno ao lembrar de seus planos maldosos.

Ser inocente não significa ser bobo, disso Jimin não tinha nada, e seu pedir doce para a mãe carregava as mais perversas intenções.

— Sim, filhote, ela disse que ficará pronto daqui a pouquinho, mas não entendi o por que de ter pedido tantos. — Comentou pegando o espartilho minúsculo, condizente com a cintura do menino, para ajudá-lo a vestir-se apresentavelmente.

— Eu estava pensando, nós não chegamos a agradecer ao empregado que me tirou do fogo. — Falou arteiro, apoiando sua mão na cortina ao ter o espartilho fechado em sua cintura, com o lábio preso entre os dentes. — Ele foi tão corajoso e gentil se colocando em risco por mim. — Sorriu sentindo seu coração errar as batidas ao lembrar daquela noite, que poderia ter sido catastrófica, mas tudo o que passava por sua mente, era o carinho do lobo em sua pele, marcada pela lembrança. — Um completo estranho. — Recuperou a pose, engolindo seco. — Se arriscar por um completo estranho, foi muito nobre, pensei em levar uma cesta de doces, para que aproveite no fim de semana, o que acha?

A ômega pareceu pensar, apertando os cadarços da peça já justa demais, ponderando aquela ideia sem era nem bera que o filho lhe proposteava com tamanha doçura na voz, como se realmente desejasse fazer aquela boa ação. Ah, ela não conhecia mesmo seu filho, que já contava com a vitória com o sorriso orgulhoso em seus lábios cor de pêssego. Suspirou, puxando a camisa de botões azul para que ficasse por cima do corse, e logo levantou seu olhar.

— Me prometa voltar logo, não quero que te vejam para lá e para cá com um empregado. — Condicionou firme, sentindo o medo subir a garganta, mas engolindo-o sem que o menor animado percebesse.

— Eu prometo! — Comemorou dando um pulinho no lugar, abraçando a mãe como uma criança que acabou de ganhar um doce, rodeando a cintura da mais velha e a apertando. — Ninguém vai ver nós dois. — Resmungou baixinho.

— Principalmente teu pai e teus irmãos, não deixe que te vejam indo para o galpão, e muito menos os conte que eu te deixei ir ver aquele empregado. — Avisou apreensiva, lembrando-se muito bem das especulações de seus filhos mais velhos sobre a essência da relação entre o ômega e o empregado que o salvará.

— Mamãe eu vou ser cuidadoso! — Insistiu apertando seus lábios grossos em um biquinho mimado, ansioso para finalmente deixar aquela casa, nem que seja somente por algumas horas.

Ficar em casa uma semana inteira com a presença constante de seu pai, que ajudava nas obras da reforma, era uma tortura. O ômega passou a andar coberto, evitando usar suas roupas de dormir até para descer pegar um copo de água a noite, tinha o dobro de cuidado com o que dizia ou fazia, somente para não desencadear aqueles toques que apesar de não entender, lhe causavam um repúdio infindo. Tão grande que subia amargo por sua garganta, ardendo seu íntimo e causando chorares de seu lobo.

Precisava de um minuto de paz, com o homem que lhe trazia paz.

Deixou que a mãe o ajudasse a arrumar o resto de suas roupas e sapatos antes de descer escada a baixo animado, praticamente voando aqueles degraus pequenos, cobertos pelo tapete vermelho muito bem preso, e ao chegar no último, um sorriso iluminou seu rosto, vendo hwasa na porta, fazendo carinho em sua barriga, agora ainda maior. Fez uma pequena reverência, se aproximando da, até então, amiga, para tocar seu baixo ventre com as mãos cuidadosas.

— Eu sinto que vai ser uma menininha toda vez que toco. — Confessou risonho, sentindo seu coração acelerado demais ao imaginar a sensação de ter um bebezinho crescendo em seu ventre. — Já está nos últimos meses, animada?

— Céus Jimin, te colocaram na bateria essa manhã? —Questionou brincalhona, referindo-se ao excesso de energia no mais novo. — Eu estou é com medo, isso sim.

Passando um pouco mais de tempo naquela mansão, mesmo ainda achando o loirinho irritante e infantil, a garota havia passado a admira-lo de certa forma. Ele estava com as mãos em carne viva depois de quase morrer queimado por causa de seus irmãos e mãe, mas ainda assim, não tirava o sorriso do rosto, e muito menos demonstrava rancor, era incrível.

— Oh não tem o que temer! Ela vai vir uma bebezinha linda. — Confortou, sentindo seu lobo revirar todinho em seu interior, choramingando baixinho. — Só de imaginar segurar um desses, bem pequenininho, já me deixa...ah me deixa sem fôlego.

A ômega somente sorriu, segurando a mão do Park com certo cuidado para não tocar nas áreas machucadas.

— Você vai ser um pai incrível, Jimin. — Falou certa, segura de suas palavras. Era nítido para qualquer um, o instinto crescente no pequeno ômega de cuidar, aflorava de forma tão natural que chegava a ser bonito. — Agora, me deixe subir, se ficar um pouco mais em pé minhas pernas vão virar balões! — Reclamou divertida, andando um pouco torta em direção a escada.

Agora sozinho, o loiro suspirou demorado, mordendo seu lábio para tentar pensar em uma forma de passar despercebido por seu pai, que provavelmente, estaria no telhado junto dos outros que trabalhavam na reforma. Era quase tradição os vizinhos virem ajudar quando acontecia alguma tragédia como aquela, e o velho Park não queria passar como preguiçoso pelo olhar de seus amigos nobres.

Ainda pensativo, tomou rumo para a cozinha, farejando o aroma acalentador dos doces e pães recém saídos do forno. Os mesmo que havia pedido para prepararem.

— Luci, eles já estão prontos? — Questionou docemente, se esticando no balcão para roubar uma gotinha de chocolate.

— Estão sim, filhote, todos os que pediu, é melhor que tenha planos muito importantes para eles, não foi fácil fazer tudo. — A mais velha comentou, derramando a última formada das empadinhas na cesta grande de madeira trançada, com seu cabo enfeitado de flores coloridas, escolhidas por Jimin,ainda quando filhote.

— É um agrado ao alfa que me salvou. — Confessou, subindo seus dedinhos arteiros bem devagarinho para roubar uma empadinha fresquinha. — Só preciso descobrir como passar por toda aquela gente sem ser visto. — Resmungou de boca cheia, com seus lábios formando um biquínho fofo a medida que as palavras saiam.

— Vai sair de fininho? — Perguntou Luci, pegando as inúmeras formas para as lavar, já com seus cabelos enrolados escapando do uniforme pelo suor. — Sabe que pode se meter em encrenca, não é?

— A mamãe deixou, só não posso contar para o papai. — Defendeu-se, limpando a boca suja com as costas da mão, antes de colocar o indicador na frente dos lábios, fazer um “shiii”. — Não conte a ninguém, não quero Yoongi ou Seungmin indo me procurar.

— Vai aprontar? — Questionou colocando a última forma dentro da água, fazendo Jimin armar um biquínho. — Juízo, garoto, juízo, não faça nada que vá se arrepender. — Avisou, jogando um pouquinho de espuma no ômega, que sorriu doce.

— Pode deixar, eu não vou fazer nada demais. — Avisou ansioso, querendo sair logo de casa, quanto mais demorasse, menos tempo teria com o alfa. — Mas...eu estava pensando, se pode me ajudar, só um pouquinho assim. — Mostrou com seus dedinhos, aproximado o polegar do indicador.

— Hm, no que está pensando, pestinha? — Perguntou curiosa, secando suas mãos no pano para dar atenção ao menor. — Desembuche.

— Eu...eu estava pensando, se você poderia levar alguns doces aos alfas lá fora, só para me dar tempo de correr pro celeiro. — Explicou formando um biquínho nos lábios outra vez, com um olhar pedinte a mulher.

Luci pensou em negar, era o mais certo que passava em sua mente, afinal poderia entrar em problemas por causa dele, mas ao ter em sua mente o quão sozinho aquele ômega devia estar se sentindo na casa somente com sua mãe livre, essa que, não era melhor quando se tratava de seu filhote, acabou suspirando, rendida. Gostava de seu pequeno chefe, queria vê-lo feliz.

— Tudo bem, mas se algo acontecer, eu não sei de nada! — Falou segura, pegando um prato para colocar alguns doces, rindo ao perceber o garoto afastando as empadinhas, não querendo que pegasse.

— Eu prometo não te colocar em encrenca! — Se inclinou sobre a mesa, passando os braços curtos pelos ombros da mais velha, a puxando para um abraço desajeitado. — Muito, muito obrigado!

— Não foi nada, pitoco. — Sorriu soprado, dando tapinhas nas costas do menor, antes de afasta-lo. — Vamos logo, antes que fique muito tarde, é perigoso você sozinho lá fora de noite.

O garotinho assentou, mesmo sabendo que não ficaria sozinho, nem por um segundo sequer, mas decidiu não contar esse detalhe. Desceu do banco alto, pegando a cesta, não mais tão cheia, esperando que Luci o seguisse com o prato. Estava tão ansioso para ver Jungkook outra vez que mau conseguia se conter, saltitando como uma criancinha.

Andaram juntos até a grande porta de madeira, Jimin já sentia seu coração acelerado com aquela adrenalina gostosa que sempre o pareava ao quebrar as regras de seu pai, a satisfação crescente de não ser o bom menino dele. O loiro queria ser um bom menino, mas o bom menino de Jungkook!

— Vá primeiro, tome a atenção deles, depois eu vou. — Explicou já segurando a maçaneta em sua mão pequenininha, pronto para executar seu plano maldoso.

— Cuidado e juízo, Jimin. — Avisou uma última vez, bagunçando os cabelos do garoto.

Deixou que ele abrisse uma frestinha da porta de madeira escura, enfeitada com adornos de prata, e depois de respirar bem fundo, Luci saiu tentando manter uma face confiante, mesmo que já suasse em preocupação de ser pega no flagra. Ah, aquele garotinho era dono de meter a si próprio, e a todos ao seu redor em problemas.

Indo de acordo com o planejado, assim que a mais velha parou a frente dos alfas, a atenção daqueles homens e mulheres esfomeados foi diretamente para o prato em suas mãos, que tremia com sua ansiedade perante os superiores.

E pela fresta da porta, Jimin observava tudo com um sorriso enorme no rosto, satisfeito com seu desempenho na hora de criar um plano para fugir. Contou até cinco em seus dedinhos, e com o coração acelerado em uma taquicardia comedida, mas insigne, passou a açodar-se com presteza. Suas pernas musculosas davam passadas rápidas, em contraste com os pés pequenos que pisavam no chão com tanta suavidade como um gato a caçar.

Essa com certeza era sua maior trapaça quando se tratava de regras. Estava saindo bem debaixo do nariz de seu pai.

Quando finalmente pisou seus pés na terra firme do chão batido dos estábulos, escondeu-se atrás de uma das paredes, seu peito subindo e descendo rapidamente, os dedos segurando a cesta com força. Sentia-se tão aliviado, que simplesmente começou a rir, liberto da pressão que aquela casa tinha, que sua família fazia, Jimin sorriu até seus olhos se fecharem totalmente.

E, de olhos fechados, não foi capaz de perceber a atenção do par de olhos de jabuticaba acometida somente em si, transbordando curiosidade e carinho. Poucos passos do ômega, Jungkook o observava, segurando meia dúzia de sacas de feijão em seus braços poderosos e robustos. Fortes.

Acabará de empilhar outros quinze próximos ao silo e pretendia levar esses ao mesmo destino, quando foi interceptado pela visita ilustre, mas muito bem vinda de seu pequeno chefe. Seu coração palpitava de saudade em cada anoitecer por seu garoto, não aguentava mais esperar, e aparentemente, ele também não. 

O empregado largou as sacas no chão, jogando seus cabelos molhados pelo suor para trás e sem que percebesse um sorriso bonito iluminou seus lábios de imediato.

— Meu coelhinho fugiu da toca, foi? — Perguntou risonho, limpando as mãos sujas e calejadas em um trapo, sem tirar seus olhos do menino.

Esse que, ao ouvir a voz suave, pouco rouca, Jimin sentiu seu corpo todo arrepiar, e fez questão de encher seus pulmões com força para ter o cheiro gostoso de laranjeira, potencializado pelo suor, o máximo que conseguia. Abriu seus olhos só por alguns segundos, afinal, assim que teve o jeon em seu campo de visão, o sorriso voltou a ser grande demais para manter suas pálpebras separadas.

Abriu seus braços, chamando com as duas mãos para que o mais velho viesse só seu encontro, e ele não pensou duas vezes antes de faze-lo, sem se importar nem um pouquinho com a sujeira, abraçou Jimin com força, tirando seus pés do chão e enchendo o pescoço branquinho de selares castos, respirando fundo o cheiro de rosas que tanto mexia com as poucas estruturas que ainda tinha.

— Jungkook! Eu estava com tanta, tanta saudade, que precisei dar um jeito de vir te ver! — Expôs, apoiando seus braços nos ombros fortes, ainda segurando a cesta em sua mão. — Está feliz em me ver?

— Muito, meu pequeno, já estava enlouquecendo sem tuas visitas. — Confessou o colocando no chão, sem verdadeiramente solta-lo. — Você está tão bonito, Jimin. — Afirmou, segurando o rostinho do garoto em suas mãos, para depositar um selar em sua testa.

Jungkook mesmo cansado, agora já havia se acostumado com o trabalho pesado, e pelo menos para seu corpo, sua vida antiga já estava no passado, mas sua mente, seu íntimo ainda almejava poder dar a vida que o pequeno Park merecia ter ao seu lado, todas as vezes em que estava com ele em seus braços, sentia-se segurando o diamante mais precioso do mundo, não queria suja-lo com suas mãos sujas de terra como fazia agora.

— Você sempre está bonito, Jungkook. — Foi verdadeiro ao elogiar, sorrindo ainda mais. — Hm, eu trouxe alguns... pães e doces, para agradecer o que fez por mim, veja. — Mostrou a cesta orgulhoso. — Luci fez tudo isso, as empadinhas são as minhas favoritas, você precisa provar!

O alfa riu enasalado da animação exagerada do pequeno, descendo seu olhar para a cesta com atenção. Era ele quem devia mimar seu ômega, não ao contrário, pensou, mas não deixou transparecer.

— E seu pai deixou que trouxesse tudo isso pra mim, pinguinho? — Perguntou pegando um dos pãezinhos, colocando em sua boca de uma vez e suspirando deleitoso. Sentia falta do gosto de pão recém feito.

— Ele não faz ideia. — Contou com um sorriso doce em seus lábios. — Mas a mamãe sabe, dessa vez eu pedi permissão para vir aqui. — Falou com seu queixo erguido, como se essa fosse sua maior conquista.

— Meu pinguinho está ficando obediente. — Brincou divertido, se inclinando para deixar um selar na bochecha fofa do garoto. — Venha, vamos subir.

Jimin assentiu, seguindo o alfa pelas escadas de mão vagarosamente, deixando que o guiasse passo por passo até o colchão surrado despojado ao chão de madeira do casebre acima dos estábulos. Jungkook sentou-se em seu meio vagaroso, aconchegando o garotinho entre suas coxas, com o rosto apoiado em seu peito forte.

— Me conte, como estão seus braços, se sente melhor? — Perguntou acariciando com todo o cuidado os dedinhos, ainda um pouco vermelhos do ômega, trazendo a mãozinha pequena para junto da sua. — Não está mais tão dolorido, certo?

E aquela pergunta singela, foi o suficiente para fazer as palavras da Park mais velha virem a tona na cabeça de Jimin, rondando como fantasmas envolta de suas ataduras, o fazendo resmungar baixinho, fechando seus olhos e escondendo seu rosto no peitoral do alfa.

— Está horrível Jungkook, meus braços, minhas mãos, está tudo feio! — Reclamou sentindo um nó enorme pesar em sua garganta, quase a ponto de ser sufocante. — Eu não sei como conseguiu olhar para elas aquela noite.

Assustado com a reação do pequeno, o moreno separou os lábios em surpresa, tentando imaginar de onde poderia vir tanta repulsa com algo que, para ele, não parecia grande coisa, como um machucado ou uma cicatriz. Segurou ambas as mãos do menino, as trazendo para perto de seus lábios, deixando um selar demorado em cada uma.

— Pinguinho, é impossível algo que, esteja em você, ser feio, você é o ômega mais lindo que já pus meus olhos, não vai ser uma detalhe desses que vai mudar isso. — Falou calmamente, olhando nos olhos piticos de Jimin. — Seja quem for que tenha lhe falado que isso o deixa menos bonito, está errado em todas as formas, suas mãos continuam lindas, com ou sem cicatriz. — Explicou, sem desviar seu olhar do loiro, subindo beijos suaves e lentos por cima das faixas apertadas em seus braços. — Você é lindo, pequeno.

Aquilo foi o suficiente para deixar as bochechas do ômega em um tom de rosa tão forte que se assemelhavam a dois pêssegos recém maduros, e seu coraçãozinho batia rápido, quase saindo para fora com sua animação. Os elogios do empregado sempre lhe pareciam sinceros, dos mais simples aos mais elaborados sempre tinham o poder de fazer Jimin acreditar.

— Koo... — Chamou baixinho, se inclinando para deitar o rosto no ombro do alfa. — Aquele dia, que você entrou em hut, eu estava querendo te pedir uma coisa. — Falou bem baixinho, sentindo-se constrangido, amedrontado.

— Você pode me pedir o que quiser, pequeno. — Alertou o maior, fazendo carinho nas costas do ômega, como faria com um filhotinho manhoso.

O Park engoliu seco, suspirando para juntar a sua coragem. Não podia desistir, não agora.

— Eu queria que você me beijasse. — Confessou fechando os olhos, com medo de ver a reação do mais velho, mas vencido pela curiosidade, acabou abrindo só um pouquinho, o olhando pela frestinha. — Ainda quero.

O alfa sentiu seu mundo dar uma volta completa ao ouvir aquelas palavras. O garotinho inocente que lhe roubava o coração cada dia mais, queria receber um beijo seu. O pequeno chefe desejava seu empregado.

Me perdoem, isso não está como eu gostaria

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Me perdoem, isso não está como eu gostaria.

•O Céu Ainda É Azul• jkk🦋pjm°Onde histórias criam vida. Descubra agora