12. Bom show!

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Ri e pedi pra ela vestir alguma coisa, mandando a minha amiga esperar. Quando estava com algo que era uma saída de praia, eu abri a porta e ela entrou.

- Chris, amei a pousada, maravilhoso aqui e você dormindo. - Disse rindo e parou ao avistar Dulce olhando pra nós dois enquanto eu fechava a porta. - Allie, essa é Dulce. - Disse e sorri.

Ela foi muito simpática com Dulce e ficava me olhando com sorrisos cínicos. Tinha achado ela linda, eu tinha certeza, era impossível não achar.

- Bom, você quer que o segurança vá junto? - Perguntou pra mim antes de sair.

- Claro que não. - Disse revirando os olhos. - Não quero que ele vá junto. Nenhum de vocês. - Ela riu.

- Você vai estar pronto às 19h? - Perguntou. - Precisamos jantar e ir. Vou pedir a sua comida para às 19h!

- Não começa. - Disse olhando feio pra ela.

- Só esteja pronto essa hora. - Ela disse erguendo os braços e saiu se despedindo com simpatia de Dulce.

- Ela é legal! - Ela disse.

- E já chegou dando ordens. - Disse calçando meu chinelo e pegando as coisas pra ir. - Eu ainda não estou trabalhando.

Ela riu e não disse nada, me dando a mão em direção à garagem pra encontrar com Emiliano pro nosso passeio flutuante próximo ao sítio arqueológico.

Foi fantástico. Ganhamos roupas de mergulho e Dulce ficou toda animada.

Ela ficou toda nervosa quando entramos no mar, pela quantidade de tartarugas enormes. Ela teve medo delas machucarem ela, e eu me dividi em rir e dar a mão pra acalmar a minha mulher.

- Elas não vão fazer nada com você. - Disse rindo. - Você não acha elas bonitas?

- Acho, mas por isso mesmo.

- Para de ser medrosa. - Selei seus lábios.

- E se eu tocar elas, Chris? - Ela perguntou e deu um grito com a aproximação de outra.

- Calma. - Ri. Era proibido tocar as tartaturas. - Toma cuidado onde encosta.

- Meu Deus!

- Quer ir embora? - Perguntei rindo.

- Claro que não, eu não desisto nunca. - Disse me olhando torto e riu.

Depois de uma leve preparação, ela estava mais calma. Emiliano acompanhou a gente todo o tempo, e ajudou com as fotografias, até embaixo d'agua. Foi fantástico. A sensação era de estar num aquário. Dulce apertava firme minha mão, demonstrando o medo.

- Gostou? - Disse parando ela e rindo.

- Gostei, muita adrenalina. - Disse. - Mas não solta minha mão. - Disse voltando pra baixo d'agua.

Foi incrível ser quem dessa vez passava a calma.

Chegamos na pousada por volta das 17h, depois de uma tarde intensa. Enquanto pedi comida, Dulce foi tomar banho, e eu descansei. Comemos logo, com muita fome, e conversando sobre a tarde incrível em contato com a natureza. Então ela foi se arrumar e eu dormi, pedindo pra ela me chamar um pouco antes das 19h.

Acordei com seu chamado baixo e dei de cara com ela toda produzida e linda. Estava muito bem maquiada e vestida, toda sexy.

- Como você está linda. - Selei seus lábios. - Hoje eu sou um homem de sorte.

- Para com isso, menino, vai tomar banho. - Ri do seu jeitinho e saí pro banheiro.

Quando saí, encontrei Dulce toda linda, e é claro que me aproveitei bem dela, até que a porta bateu pouco tempo depois, às 19h. Allie estava alí com o serviço de quarto e logo o nosso jantar estava pronto com agilidade pro Christopher von Uckermann. Eu não gostei daquilo, Dulce estava sem graça e eu irritado.

Allie comeu com a gente, conversando com Dulce pra conhecer ela. Ela estava tímida, e foi então que percebi como ela é soltinha só comigo. Dei as instruções pra Allie: ela deveria ficar com Dulce a noite toda enquanto eu não pudesse, e fazer de tudo pra preservar ela da imprensa que estaria no local.

- Sem correria, você entendeu? - Avisei. - Quero que Dul se sinta bem no nosso ambiente hoje. - Disse.

- Tudo bem. - Ela concordou e Dulce estava toda envergonhada.

Não demoramos pra sair rumo a cidade de Mérida, há umas três horas dali, e apresentei ela na van pro resto, meio a contra gosto. Eles perceberam meu humor e não ficaram com a conversa alta de sempre, enquanto me sentei lá no fundo com ela. Entrei no show por trás, e saí da van de mãos dadas com ela depois que Allie disse que estava tudo bem. Alí as fotos não seriam evitadas.

No camarim, ficamos juntos e dei uma forma de explicar tudo que acontecia alí. Mostrei como fazia a preparação da voz e como funcionava tudo, e ela me ajudou a escolher uma roupa e arrumar meu cabelo.

- Está gostando? - Perguntei preocupado acariciando seu rosto.

- Claro que sim, adorei! - Ela sorriu com os olhinhos de quem via algo pela primeira vez, aqueles que eu amava. Ela conhecia tanta coisa, ficava feliz de ser quem estava mostrando novas.

Durante o atendimento ela foi pra outro lugar, não ficou alí, mas voltou logo depois. Estava animado por ela estar lá pra me ver essa noite, e fiquei feliz quando ela me deu a mão até o palco.

- Bom show! - Disse sorrindo e selou meus lábios.

- Espero que você goste.

- Eu gosto de tudo que você faz, Christopher, não percebeu? - Disse rindo e eu fui entrar no palco.

Fiquei o tempo todo olhando pra lateral onde ela estava bem escondidinha e sorrindo cantando baixinho com Allie na sua cola. Dei tudo de mim, e comecei a perceber como sentia sua falta já que ela ia embora no dia seguinte.

Dulce dormiu na van depois de dizer o quanto me achou incrível no palco e com os meus fãs, por várias vezes. O caminho até Tulum era longo até, e ela descansou no meu colo enquanto o silêncio reinou no local. Fiquei extremamente feliz por ter dado tudo certo, e feliz por estarem respeitando meus limites com ela. Tinha sido uma experiência agradável, não o desastre que eu havia imaginado. Ela podia estar sempre alí, sempre. E claro, e trazer com ela essa paz que ela dava a todo ambiente que frequentava.

Entrei com ela na pousada de mãos dadas e segurando seus saltos. Ela estava sonolenta pelo dia agitado, e não demorou pra se jogar na cama com a bunda pra cima. Quando Allie foi entrando eu já fui cobrindo, e ela começou a rir.

- Foi como você imaginava? - Perguntou na porta depois de deixar minhas coisas.

- Foi. Obrigado por segurar a galera. Ela gostou muito, tudo foi calmo, acho que não era o que ela imaginava.

- Foi, mas não é assim que são as coisas lá. - Me alertou.

- Se ela voltar, vai ter que mudar. - Avisei.

- Uckermann, vou te falar porque sou sua amiga. - Ela disse e eu fiquei nervoso. - Ela é uma boa mulher, e por isso você tem que tomar cuidado onde você está pisando! - Disse séria com o dedo apontado pra mim. - Aqui não é pra ela, você sabe disso. Você não vai querer magoar ela, vai?

Quando é pra acontecer... (VONDY)Onde histórias criam vida. Descubra agora