sueño surreal

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| Narrado por Christopher |

É manhã de quinta-feira e não caibo em mim de tanta felicidade. Sim, isso realmente está acontecendo. Acordo com um peso em meu braço e logo sorrio quando vejo a mulher da minha vida dormindo serena colada em meu corpo.
Desde que reatamos nossa história, na noite de domingo, ainda custa-me acreditar. Nos amamos naquela noite e na segunda-feira acordamos juntinhos, mas por conta dos compromissos, só voltamos a nos ver ontem, quando Dul veio almoçar em casa e conhecer a Dona Alexandra, que está encantada pela nora e não a largou mais pelo resto do dia.
Agora estamos aqui, nús e abraçados na cama do meu quarto após uma noite e madrugada intensa de amor.

- Você é tão linda, eu te amo tanto... - Sussurro acariciando seus cabelos enquanto a observo dormir lindamente.

Mesmo não estando no direito de sofrer, os meses longe dela foram terríveis, a vida tinha perdido a cor e os meus dias perdido a melodia, e agora ela trouxe tudo novamente, e em dobro. Talvez fosse necessário passarmos por tudo aquilo, e agora não troco por nada nesse mundo.

- Huuum... - Minha mulher resmungou de olhos fechados se aconchegando ainda mais em mim. A apertei em meus braços e funguei seu pescoço. O cheiro dela me enlouquece. - Bom dia, meu amor. - Disse sonolenta.

- Bom dia, minha linda! - Depositei um selinho demorado e depois distribuí vários beijos pelo seu rosto, ela gargalhou. Ouvir aquele som me deu alguns anos à mais de vida. - Sabia que eu ainda não acredito que você está aqui? Tão minha... - Dei um beijo de esquimó nela.
Céus, que poder Dulce tem sobre mim que só sei sentir vontade de amá-la incondicionalmente, acariciá-la, protegê-la, transbordar toda minha adoração e paixão por ela? Nesses nossos beijos de esquimó deposito todos os meus sentimentos por ela, é um ato tão genuíno mas de uma grandeza imensa de amor e conexão entre nós.

- Toda sua! - Sorriu lindamente e nocauteou meu coração bobo apaixonado.

- É como um sonho surreal, eu achei que não te teria mais em meus braços e agora tenho você aqui, vivendo um amor tão maduro e que superou tudo que passamos. Até conheceu minha mãe e antes mesmo disso já tinha feito ela se apaixonar por você também. - Rimos.

- Mesmo sendo tudo tão de repente apesar de todo o tempo de nossa história, não senti nem vergonha desse momento. E adorei o quadro que ela fez. - Riu.

- Tudo entre nós desde o primeiro instante fluiu de uma maneira tão natural, não é? Já estávamos predestinados a viver esse amor. Nos amamos, nos queremos, nada é cedo demais pra nós dois. Temos que, juntos, viver intensamente cada segundo. Vou te levar pra conhecer meu pai e meus irmãos também, sei o quanto vão torcer por nós dois.

- Com a minha família vai ser um pouco mais complicado conseguir um tempo na agenda deles para isso, mas vou marcar um jantar com eles também.

- A partir de agora eu não te solto mais, você nem imagina a saudade que senti nesses últimos dois dias longe. - Rimos.

- Coitadinho, tão carente! - Riu enquanto me afundei em seu pescoço inalando seu cheiro delicioso e a apertando nos meus braços cada vez mais. - Tenho um compromisso mais tarde e amanhã, mas no sábado de manhã você pode ir lá pra casa e passamos o fim de semana juntinhos.

- Vai ser difícil ficar longe de novo, mas faço esse sacrifício pra te ter só pra mim no fim de semana.

- Bobo! - Riu. - Vai ser uma saudade boa agora.

- Dul, é tão bom amar você! - Disse hipnotizado olhando nos olhos dela e selei nossos lábios. Só paramos quando o ar nos faltou.

- Te amo! Te amo! - Sorriu.

- Eu mais ainda, você nem imagina o quanto, minha linda! - Sorri olhando bobo para ela. Que mulher!

- Agora vamos levantar e tomar um banho para descermos pro café antes que sua mãe venha nos chamar ou pense que estamos fazendo alguma coisa aqui na casa dela.

- Como se não tivéssemos feito 'alguma coisa aqui na casa dela' a noite toda e ela não imaginasse que isso aconteceria, não é mesmo? - Ri.

- Christopher Alexander Luís! - Me deu um tapa. - Anda, levanta logo e vamos tomar um banho!

- Só mais um beijo antes? Umzinho só?

- Bobo! - Dulce riu e selou nossos lábios.

Como eu amo essa mulher!

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