13. Somos amigos

489 43 19
                                    

- É só sexo. - Disse firme. - Mas ainda sim quero que ela se sinta bem enquanto estiver aqui. - Afirmei. - Mas não vai se prolongar, você sabe que esses lances sem compromisso não são longos.

- Eu sei. - Ela disse. - Só toma cuidado onde você está pisando. Não vá se apaixonar, Chris! - Falou como se eu fosse uma criança. - Se isso acontecer, você sabe que vai magoar ela. - Allie era uma amiga muito sincera. - Vocês tem uma sintonia muito grande.

- Eu sei, não vou me apaixonar. - Afirmei já sem paciência.

- Então, boa noite, amanhã eu vejo vocês no almoço?

- Vamos andar de quadriciclo depois do almoço, e às 15h pegamos o avião e deixamos ela na Cidade do México antes de ir pra Monterrey.

- Perfeito. - Disse batendo no meu ombro e saindo depois de dar boa noite.

Voltei pro quarto, acordei Dulce e tirei sua roupa, deixando ela dormir só de calcinha em vez do vestido apertado. E então desmaiei abraçado na cintura dela.

Acordei com a ligação de Allie e chamei minha linda que estava dormindo ainda. Allie já tinha pedido a comida e Emiliano já tinha mandado mensagem sobre o passeio de hoje. Até o momento estava tudo um sucesso, sem contar que ninguém tinha fotografado a gente. Claro que haviam boatos rolando na internet, mas não havia fotos.
Dulce tomou um banho, já que havia dormido de maquiagem, e eu decidi tomar com ela na volta do passeio. Me vesti de moletom, e ela estava logo com uma calça legging e um tênis. Estava linda como sempre, e eu fiz dar uma voltinha.

Almoçamos sozinhos, depois Allie veio pra levar a gente até o estacionamento. Quis dizer que me virava bem sem ela, mas ela era minha amiga e eu aceitei.

Emiliano disse que a trilha na selva Maia era bem próxima e que havia monitores esperando. Quando chegamos, encontramos os quadriciclos já preparados, e Dul ficou com medo. Perguntei se ela queria ir comigo e ela acabou aceitando. Subi e puxei ela, ficando nas minhas costas. Ela agarrou minha cintura e me fez prometer que não iria correr. Andamos devagar, por quase um hora, até chegar num cenote lindo e voltar. A paisagem no caminho era linda e valia a pena o passeio, e eu amei só de ter Dulce grudada na minha cintura.

Pra encerrar com chave de ouro, transamos no banho e fiquei horas agarrado com ela enquanto voltava pra Cidade do México. Dulce tinha amado a viagem, e eu amei mais ainda sua companhia.

Meu dia estava sendo péssimo. Acordei em um dos únicos dias em casa com a minha mãe me chamando dizendo que meu pai ligou e que era pra eu levar ele no hospital. Levantei ainda meio assustado com a notícia repentina, e depois de me trocar, fui até a casa dele e depois dirigi rápido até o hospital mais próximo da casa. Ele estava passando muito mal, e quando fomos atendidos, descobrimos que ele estava tendo um infarto.

Logo minha madrasta apareceu e ficou muito nervosa, e quase passou mal junto, enquanto eu, ainda assustado, tentava acalmar ela e estava preocupado. Avisei meus irmãos assim que controlei a situação e pedi ajuda da Allie para levar minha madrasta para casa. O médico avisou que ele ainda faria exames, e quando Allie chegou, a mulher aceitou ir, então acabei ficando sozinho aguardando notícias sendo que meus irmãos não podiam vir naquele momento.

Dulce me mandou uma mensagem lá pelas 10h, brincando que eu tinha caído da cama por conta de ter visualizado logo cedo. Conversávamos muito por WhatsApp, e ela era uma grande amiga. Acabei contando por alto o que tinha acontecido e onde estava, e depois bloqueei o celular sentando no sofá e respirando fundo pra não surtar. Meu pai tinha que ficar bem, eu não sabia o que faria se ele piorasse.

- Oh meu Deus! - Ouvi uma voz conhecida dizer e me assustei, encontrando Dulce vindo na minha direção.

- Dul! - Falei abraçando ela. - O que você tá fazendo aqui?

- Você disse que estava sozinho, eu tinha que vir. - Ela falou se afastando e acariciou meu rosto. - Como ele está?

- Eu não sei ainda. Estou esperando notícias. - Disse suspirando e então selei seus lábios. - Obrigado por vir, minha linda. - Sorri. - É muito bom te ver. - Abracei ela de lado.

- Fiquei em dúvida se devia, mas somos amigos, né? E eu não podia te deixar sozinho numa hora dessas. - Falou com a sua calma que começou logo a me contagiar.

- Você me dá uma calma que eu precisava muito agora. - Disse beijando sua mão.

Quando é pra acontecer... (VONDY)Onde histórias criam vida. Descubra agora