apaga la maquina pt.2

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| Narrado por Christopher |

Exatamente 10h48 da manhã quando o Uber me deixa na porta de minha casa. Pegamos voo cedo em Ciudad Victoria e chegamos na Cidade do México uma hora e meia depois. Como não avisei Dulce que já tinha chego na capital, decido fazer uma surpresa. Me despeço da equipe e digo que vou pedir um Uber para me levar em casa, assim o faço. Chegamos no condomínio e autorizo a entrada na portaria, ele para o carro um pouco longe da minha casa para minha mulher não ouvir o barulho. Desço do carro e caminho segurando a mala para que não ouçam o barulho das rodinhas. Abro um pouco e devagar a porta principal e consigo ouvi-los, estão na sala.

- Papaiiiiiii! - Digo animado quando abro toda a porta e entro. Alexander, que está brincando em seu tapete no chão da sala, levanta correndo em minha direção. Deixo a mala de canto e me abaixo um pouco abrindo os braços para receber meu pequeno que pula em meu colo enquanto grita ”papai” também em tom de animação. - Que saudade! - Me levanto com ele em meu colo, o apertando e distribuindo vários beijos em seu rostinho.

- Saudade! - Ele repete do seu jeitinho, pronunciando a palavra de um jeito fofo de quem está desenvolvendo a fala. A tão esperada primeira palavra dele, veio logo quando ele completou um aninho, e adivinhem qual foi? Acertou quem disse ”papá”. Depois aprendeu a chamar pela mãe, depois pela ”Ti”, que é a Triana, aí aprendeu a pedir água, e assim foi se desenvolvendo cada vez mais. Próximo dos dois anos seu vocabulário aumentou e ele aprendeu a formar frases simples e que estava habituado a ouvir, e agora com dois anos e meio já está começando a entender e falar frases um pouco mais complexas, está cada dia mais falante.

- Estava com saudade do papai? Porque o papai estava muito triste longe de você. - O pequeno assente.

- O dinossauro, papai! - Fala enquanto brinca com o colar que está em meu pescoço.

- O que tem o dinossauro? - Pergunto procurando seu olhar.

- Grandão! - E aponta para os lápis e papéis que estão em seu tapete.

- Você desenhou um dinossauro bem grandão, filho? - Pergunto animado e ele assente. - Vamos lá ver ele então e dar um beijo nas nossas meninas que eu também estou com saudades.

Caminho com ele em meu colo até o centro da sala onde Dulce está sentada no sofá amamentando María Luna e nos olhando sorrindo.

- Por que não avisou que já tinha chego? Iríamos no aeroporto te buscar.

Coloco meu pequeno em seu tapete e digo para ele pegar seu desenho. Me sento no sofá ao lado de Dulce, coloco um braço ao redor dela e nos cumprimentamos com um selinho demorado, depois deposito um beijo delicado no bracinho de minha filha.

- Quis fazer uma surpresa! - Falo enquanto pego o desenho que meu menino me entrega. É um rabisco todo verde, e eu achei o mais lindo do mundo, assim como todos os outros que ele faz. - Que dinossauro bacana, filho! Ele é muito grandão mesmo. Como é que ele faz?

- Raaawr! - Diz fazendo careta e levantando as mãozinhas.

- Que medo, filho! - Finjo que estou assustado.

- Ele é amiguinho. - O pequeno diz tranquilo.

- Ah, então o papai não tem mais medo dele! - Dulce e eu rimos.

Assim que termina de se alimentar, Luna estende seus bracinhos e a pego do colo de Dulce e a coloco para arrotar.

- E como está a minha princesa, ein? - A encho de beijos.

Passo o resto da manhã dando toda a atenção aos meus filhos que não desgrudaram mais de mim desde que cheguei.

Pouco antes de Dulce terminar o almoço, subo para o nosso quarto tomar um banho.

Quando é pra acontecer... (VONDY)Onde histórias criam vida. Descubra agora