Capítulo 12 - Inconscientemente. Você.

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Capítulo 12

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Obrigada por acompanhar! Boa Leitura!

Capítulo 12: Inconscientemente. Você.

.............................................☆ EDA YILDIZ ☆......................................

Duas semanas após todo rebuliço, causado pela suposta, mas bem real suspensão das bolsas de estudos, os ânimos se acalmaram logo após a notícia, que um misterioso benfeitor, realizou uma doação astronômica para a Universidade.

- Ninguém sabe quem é a pessoa. Até hoje não consegui descobrir.. - Falou Melo, toda desgostosa em frente a universidade. Ri da sua atitude. Melo sendo sempre Melo.

Estávamos próximo a algumas árvores aproveitando a sombra. O sol estava quente, mas a brisa agradável, quis fechar os olhos por um momento e aspirar o ar, mas apenas olhava o horizonte pensando em várias coisas ao mesmo tempo.

-Uma parte das pessoas diz que foram vários doadores - Ela gesticulava com as mãos enquanto falava - Outros dizem que foi um famoso arquiteto, mas que ele ou ela pediu sigilo, ah não sei o que pensar... - Ela olhou para mim, acho que algo em minha expressão revelou o quanto estava pensativa- Ah Eda... Você não esta curiosa, não é possível!

Chutei o chão, juntando um pouco de terra... Eu estava curiosa? Confesso que uma parte de mim, quis de imediato saber "Quem" "Como" e "Por que", mas em parte, não mudaria em nada. No fim, toda esse empasse, me fez ficar com cautela.

- Na verdade, eu não estou mais tão empolgada como antes Melo, acho que seja arriscado em parte ir para a Itália, agora que nem a universidade tem tanta autonomia... Não sei explicar, como pressentimento sabe?  Você já pensou o que pode acontecer, se de repente essa bolsa é cortada na metade do curso... O que eu vou fazer?

Ela viu minha expressão e sua empolgação foi diminuindo junto com minhas palavras. Não queria deixá-la com mal humor, por minha causa, mas minha realidade não era das melhores.

-Bem pensado. Precisamos pensar em uma reserva. - Ela colocou a mão no queixo e ficou reflexiva. - Você já pensou em vender o "Tio"- Como ela poderia colocar meu carro a ser vendido... quando ele é na verdade meu único recurso financeiro.

-Melo... Meu carro?  - Ri sem humor. Não. Não tenho muito. E não poderia cogitar entrar em contato com a família do meu pai. 

Olhei as flores do jardim da Universidade, tentando mudar o rumo do pensamento... A falta de coordenação na harmonização da flores, fez com que minha mente vagasse automaticamente para um novo projeto de arborização do lugar. Balancei a cabeça, tentando me concentrar no presente... Melo seguia incansável nas mais elaboradas teses de quem poderia ser a tal pessoa.

Ouvi alguém chamar meu nome e olhei de reflexo, vi a professora de design se aproximar, ela agitou as mãos para mim, e retribui com um sorriso.

- Querida, como você está? - Ela falou e me abraçou. Olhei na direção de Melo, espantada com o afeto repentino, vi Melo abrir a boca em choque, também sem entender.

-Eu estou bem, e a senhora? Imagino a quantidade de atividades acumuladas que a senhora tem nesses últimos dias... - Ela não deixou que eu continuasse a falar e entrou rapidamente no assunto ao qual provavelmente a levou até ali.

-É sobre exatamente isso que eu vim falar com você. Graças a você, conseguimos solucionar toda essa problemática, procurei você nas salas, mas sempre teve um desencontro nos últimos dias, e a secretaria, bem tudo estar uma confusão, a quantidade de papelada, dos contratos rompidos e depois no requerimentos de matrícula, todos os processos de contrato entre as universidades - Ela falava tão rapidamente que apenas absorvia a maior parte das palavras, principalmente depois do "Graças a você" - Tudo teria que ser cancelado, uma parte dos alunos, teve que voltar da Itália, alguns familiares vieram conversar conosco, e o como eu fiquei triste com cada situação incluindo da sua família - Gelei com suas palavras - Sua tia disse a mim, o quanto sofreu, sabendo que seu sonho não poderia ser realizado, ainda bem que não foi necessário que ela vendesse a floricultura, para conseguir o dinheiro para que você pudesse ir...

Olhei bem para seu rosto, mas enxergava na verdade, minha tia, sofrendo por mim em silêncio, planejando se desfazer daquilo que mais ama fazer na vida, para conseguir apoiar meu sonho. Apenas confirmei com a cabeça, para que ela pudesse continuar falando, se demonstrasse surpresa ela não prosseguiria. De lado, vi Melo cobrir a própria boca com as duas mãos, em espanto, apenas balancei a mão direita, para que ela não chamasse a atenção.

-Então, fiquei tão feliz, quando soube que seu projeto foi um dos escolhidos, pelo doador. Vamos organizar um evento em comemoração sabia, em agradecimento a doação e também para parabenizar, vocês jovens arquitetos que serão tão promissores no futuro.

Ela bateu as duas mãos e levou ao coração em felicidade em me parabenizar pelo feito, ao qual nem mesmo eu sabia ter conseguido.

-Professora, meu projeto foi escolhido?

-Sim, você já tinha conseguido a sua bolsa, graças a prova de admissão, mas, temos agora um novo projeto estudantil... No qual o aluno que tiver as melhores notas e ganhado o concurso do melhor projeto arquitetônico, também irá ser contemplado com um financiamento destinado aos estudantes, mas para estudar  em outros países.

Quis rir da situação, tinha conseguido a bolsa da bolsa?

-Gostaria de saber como estou sabendo disso agora... Obrigada. Eu poderia conhecer a pessoa que organizou tudo isso... Quero dizer, o doador que gostou do projeto

-Claro, minha querida, a uma altura dessas é quase impossível seu caminho não ter se cruzado com o dele, mas, assim que possível vamos revelar o nome dele para toda a escola. Pode até ser durante o evento em agradecimento quem sabe? - Dizendo isso, ela sorriu e deu alguns tapinhas no meu ombro, como se apenas ela fosse a vitoriosa por ter um grande segredo em mãos e retornou para o caminho do qual veio.

Suspirei profundamente. Não conseguia entender mais nada. Como minha vida, tão de repente, virou de cabeça para baixo dessa maneira...

-MELO - Falei tão alto que Melo, se levantou em um pulo - Você ouviu tudo o que ela acabou de falar não foi... - Ela balançou a cabeça confirmando e passando as mão na testa ...

-EDA! -disse segurando meu ombro - Ayfer ablam quer vender a floricultura?... Como ela não contou isso para nenhuma de nós duas?

Esse era o primeiro de todos os outros problemas...

-Tenho muitas coisas para resolver agora, você vem comigo. Não posso acreditar nisso, como ela pôde pensar que eu conseguiria ser feliz, em outro país, com ela sem ter como viver aqui, sem mim...

Saímos decididas até o caminho da floricultura, mas além desse pensamento que tanto estava me incomodando, pensei também na tal pessoa misteriosa, que tanto conseguiu financiar meu sonho como de tantos outros estudantes como eu. Uma pessoa que tinha em mãos mais sobre mim, do que eu sobre ela ou ele.

Descemos a rua, até o nosso próximo destino.

O caminho para o coração! 🤍 (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora