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Eles comiam sopa, era estranho comer sopa assim no acampamento, mas estava muito boa, o grupo de amigos estava em uma mesa no refeitório. Embora várias outas pessoas já estivessem sentadas em volta da fogueira com seus pratos de sopa quente.

- Algum de vocês vão cantar na fogueira? - Hiromi perguntou.

- Nem que me pagassem. - Miya diz - E eu acho que não vou ficar na fogueira, de qualquer forma.

- Sério Miya, para de ficar naquele quarto isolado, você não veio pra isso. - Reki advertiu o amigo.

Miya olhou para o amigo e não disse mais nada. Não ia discutir com Reki. Ficaria na fogueira por um tempo e depois iria para o quarto. Talvez isso bastasse.

- Beleza. - É só o que ele diz.

- O Reki deveria cantar. - Langa diz enquanto mexia no celular.

- Eu não deveria. - ele diz.

- Ué... Reki, o Langa já te ouviu? - Miya pergunta, extremamente curioso. Reki nunca tinha cantado e tocado violão para ninguém além de Miya r Kojiro... E claro, Langa.

- Ah... É. - Reki fica sem graça diante do olhar de Miya. - Eu cantei. E toquei violão.

- Eu quero ouvir também. - Hiromi diz.

- Reki não canta pra ninguém. Porquê ele é um idiota... - Miya diz e Reki o olha indignado

- Porque eu não canto bem, você quis dizer, né?

- O Reki tem a voz mais doce possível. - Kojiro diz se intrometendo.

- Então... Porquê você não participa hoje, Reki? Sua voz deve ser incrível pelo que estão dizendo. - Hiromi insiste.

- De jeito nenhum. Mas obrigada pela disposição de tentar né convencer.

- É uma pena, mesmo. Eu queria muito poder ouvir você cantar de novo. - Langa diz. Naquele dia, ele tinha sentido-se preenchido pela voz de Reki, era insano o que uma voz conseguiu fazer com ele.

Reki sentiu umas borboletas passearem pelo seu estômago. Mas dessa vez não mudaria de idéia. A verdade é que, não adianta o que as pessoas digam de sua voz, ele não se sentia confiante para cantar. Uma coisa era estar entre amigos e ele começar a cantar na brincadeira, mas isso não era pra qualquer pessoa ouvir. Porque não era com qualquer pessoa que ele sentia tão confortável a ponto de expor sua voz.

Kaoru estava sentado perto de Kojiro, ele sentia o outro um tanto distante. Não era nada que dissessem "nossa, acho que o Joe nunca mais vai olhar na cara do Cherry", até porque Kojiro mesmo não mudou com o outro, só estava um pouco chateado. Mas, Miya sim estava estranho, Kaoru não entendia porque as vezes o mais novo revirava os olhos para si quando ele estava falando. Ele nem sabia se tinha feito algo de errado, mas começava a se sentir mal.

- Gente, vamos pra fogueira? Aqui tá ficando frio. - Cherry se manifesta, ele passava as mãos nos braços como se tentasse se esquentar.

- Coloca um casaco. - Miya diz. E logo sente um chute em sua canela. Era Kojiro o repreendendo.

- Qual foi, Miya? - Kaoru perguntou.

- Nada. Enfim, vamos pra fogueira.

Eles levam os pratos para a cozinha e vão se sentar na fogueira. Deixando Langa e Reki pra trás.

- O Miya tá estranho com o Cherry ou é impressão minha? - Langa pergunta.

- uhm... Ele ta.

- Vocês três estão.

Você roubou o meu gato!Onde histórias criam vida. Descubra agora