Você roubou o meu gato!

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Reki encarava a tela do computador, estava meio perdido, porque ele podia acessar a conta de fofoca como se fosse dele, ele poderia ver as mensagens enviadas e recebidas, os itens salvos, tweets nos rascunhos... nem sabia por onde começar, e nem sabia se deveria fuçar tudo ali. Koy tinha dito também que tinham descoberto o endereço de ip da conta, e que descobriram quem estava por trás da mesma.

— Quer que eu fale? ou você prefere descobrir por si próprio olhando a conta? — A irmã pergunta. Masae ainda está na mesa, mas agora está focada em algo em seu celular.

— O que? não, eu quero saber agora!

— É, imaginei. O endereço de IP tem todos os dados de um tal de Ainosuke Shindo, não sei quem é. Tem postagens que foram feitas de outro dispositivo também, pode ter sido outra pessoa, ou ele mesmo em outro celular ou computador.

— É o Adam... como eu não desconfiei? — Reki estava com raiva de Adam, eles não eram amigos, mas Reki imaginou que ao menos ele teria algum tipo de piedade? Talvez Reki fosse inocente demais. Masae tinha tirado o olhar do celular por um instante. — Eu sabia que ele era babaca, mas não a ponto de criar uma conta para falar dos outros.

— Falar dos outros? O cara ta tirando gente do armário, ta falando de pessoas com crises de depressão como se fosse a maior besteira, ele expos uma garota que tinha problemas sérios com os remédios fortes que a irmã tomava para a doença que tinha... Reki, ele é podre. Isso não é só falar, não. Isso está além...

— É... eu sei. — Ele diz, e suspira.

— O que você quer fazer, filho? — A mãe pergunta. Mas sinceramente, Reki não fazia ideia.

— Eu não sei... — Ele dá de ombros. — Preciso falar com o Langa.

— Se precisar de mim, pra qualquer coisa, me fala, tá bom? — A mãe diz.

Reki assente. Pega o celular e liga para Langa, que atende no terceiro toque.

— Oi amor. — Langa diz.

— Oi, você pode vir aqui? Descobrimos quem é.

— Sério? Meu Deus! Tô indo. — Langa diz rápido e desliga o celular.

— Meu genro vai vir aqui, é? — Masae sorri.

— Ai mãe... Por favor, não vou apresentar o Langa, você já conhece ele.

— Uhum. Tudo bem, meu amor — A mais velha diz, mas fica ali, com um sorrisinho no rosto.

— Ela vai te fazer passar vergonha, Reki. — Koy diz, ela tinha pegado o computador e agora olhava para a tela, enquanto provavelmente lia alguma mensagem que o Adam trocava pela conta de fofocas.

— Eu sei. — Reki suspira. Depois que Reki se assumiu, Langa não tinha se encontrado com a mãe do namorado ainda. Então Reki não sabia muito bem o que pensar.

Um toc, toc foi ouvido da porta e Reki foi correndo abrir. Isso antes que sua mãe fizesse. Torceu para Masae não fazer nenhum comentário vergonhoso.

Reki abraçou o namorado e deu um selinho rápido no mesmo. Langa era tão cheiroso.

— Eai, quem é?

— Adivinha.

— O sobrinho da coordenadora?

Reki revirou os olhos, o que fez Langa rir.

— To zoando. Sei que não tem nem cabimento ser ele.

— Realmente. Vem entra. Minha mãe ta aqui.

— Será que eu chamo ela de sogra? — Langa pergunta rindo, fazendo Reki ficar corado. — Não! você tá corado, amor? — Langa diz baixinho. Mas Reki não responde porque eles chegam na cozinha.