Capítulo 1

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Morgan Davis

E eu achava que a minha vida fosse mudar, escolhi fazer advocacia em parte por que era - é - o sonho do meu pai para mim, mesmo que na minha opinião ele não seja a melhor pessoa para opinar na minha insignificante escolha de vida.

Meu sonho era... ser independente, bom... isso explica o porque eu me emancipei com 16 anos, mesmo que o meu pai tenha sido 100% contra, mas minha mãe deve ter sentido um pingo de pena de mim e por fim decidiu me presentear, com a liberdade momentânea.

Minha infância foi particularmente difícil e peculiar, com base nos padrões da sociedade, mas o meu pai não se importava com o necessariamente correto.

Na verdade, a alta sociedade faz tudo parecer feliz é lindo, enquanto empurram a escuridão para debaixo do tapete, em Londres isso não é diferente, muito menos na Alemanha - onde eu passei parte da minha vida - para todo e qualquer lugar que eu fosse, eu conseguia notar a infelicidade.

Durante muito tempo, eu achei que a culpa fosse minha, minha família falou que era culpa minha, mas eles não são a minha família, o significado da palavra "família" varia de um para o outro.

Se você pesquisar no Google, ele vai - provavelmente - te falar que família é o grupo de pessoas com quem você tem laços sanguíneos, na escola também aprendemos isso, mas para mim, família se resume as pessoas que te fazem bem, com laços sanguíneos ou sem.

Isso pode ser considerado irrelevante, mas a minha história começa daí, exatamente desse ponto: família.

A população de Londres, é uma população considerada familiar. Mas na minha opinião, eu não me encaixo, fui criada em Londres, meu pai: um empresário muito ocupado, que trai a própria esposa e de duas filhas, escolhe apenas uma para amar e cuidar.

Eu tenho meus segredos, que nem a Megan sabe, mas isso não signifique, que ela não é a minha família, a minha família sanguínea, se limita a apenas ela, a garotinha brilhante e sorridente, que ultimamente tem estado muito ranzinza para o meu gosto.

- eu vou enlouquecer - a minha pequena irmã murmura.

- você está na quinta taça de vinho, não acha melhor tomar da garrafa logo? - perguntei segurando a minha taça.

- posso? - ela pergunta com os olhos brilhantes.

Nossas reuniões tem acontecido no porão da mansão do papai, que tem uma adega - não que ele saiba disso.

Megan e eu tivemos a ideia de começar a trazer alguns vinhos para cá - anos atrás - nosso pai nem se deu conta - no começo - de que alguns sumirão, mas quando passamos da linha e ele percebeu, eu tive um encontro particular com um belo cinto de couro.

Depois disso, Megan decidiu que devíamos parar de pegar os vinhos dele.

Não que Megan saiba de todos os encontros que eu tive com aquele cinto de couro.

- não. Você não pode beber uma garrafa de vinho e não vai, conte-me logo o que está acontecendo.

- Ana voltou para Paris e eu tenho um desfile para organizar, mesmo que ainda falte muito tempo pela frente, eu não me sinto capacitada o suficiente e me sinto pressionada pela mamãe.

Eis mais um fato importante sobre a minha querida família - de acordo com a definição do Google - minha mãe e meu pai, são os pais do ano, mas nunca deixaram faltar nada para Megan, e não vão deixar faltar nada.

Minha mãe parece ter medo de mim, principalmente depois que meu porte foi liberado, apesar de que eu não ando armada o tempo todo, só quando estou em festas, mas isso não é assunto para agora...

Empresário imprevisível - livro 3 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora