Capítulo 15

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Morgan Davis

Faz uma semana exatamente, que o Matheo, me pediu para sair da sua casa e deixar a Madrid para trás, mas a Zu, tem me deixado entrar, enquanto o Matheo está fora, o que por mim, já basta, afinal, eu tenho evitado o meu chefe, tenho evitado o Matheo como: chefe, colega, pessoa, alma.

Tenho evitado ele de todas as formas, mas não tenho feito, isso por estar com raiva, até porque, eu não estou com raiva dele, mas também não diria, que eu o abraçaria caso encontrasse com ele na rua, na verdade, eu acho que seria mais provável que eu atravessasse a rua, apenas para não ter que falar com ele, eu sou introvertida, não posso fazer nada sobre isso.

- onde você tem dormido? - Vitória pergunta.

Essa é uma ótima pergunta, passei algumas noites na casa do Meyer - em um quarto só meu e com a porta muito bem fechada. Passei algumas noites na empresa, e outra eu dormi na adega, mas obviamente, eu não voltaria para casa, para ser saco de pancadas novamente, nem incomodaria ninguém, então eu só fiquei onde tecnicamente, eu poderia ficar, o Meyer, fez questão de me levar para lá.

- eu vou arrumar um lugar - eu digo bebendo um pouco do chocolate quente, em seguida.

- você pode ficar lá em casa - ela fala, enquanto olha para os filhos, Aurora e Oliver, estão enormes.

Henrique está empurrando o carrinho, com enormes fones nos ouvidos, ele falou que não queria ouvir a conversa e depois ser torturado para falar sobre isso, dai os fones.

Oliver começa a chorar, baixinho e depois, recomeça, só que mais alto.

- ele odeia quando eu faço isso - Vitória para na frente do carrinho, e Henrique para bruscamente, antes de se juntar a nós.

Vitória pega a garrafa de água e bebe, até a metade, Oliver fica boquiaberto, enquanto Aurora dá um mini sorriso, de repente, todos nós estamos parados como várias estátuas, até que Aurora gargalha, Henrique sorri e Vitória termina de beber a garrafa de água, bebo meu chocolate quente, agradecendo as luvas, Londres esfriou rapidamente.

Acho uma graça a roupa que Vitória escolheu para os gêmeos, o goro felpudo deixa tudo mais fofo.

- você não vai trabalhar hoje? Ou ainda está evitando o Matheo? - Henrique pergunta.

- qual é o seu problema? - Vitória diz.

- o quê? - Henrique rebate.

- isso não é coisa que se diga - Vitória repreende.

- mas é verdade, - interrompo - eu estou evitando ele e só porque sei, que hoje ele trabalha o dia todo, eu não vou para o trabalho. Se quiser dizer isso para ele, pode dizer, mas eu não vou fingir que não me senti mal, por ele ter dito para Clarisse, que me queria por perto, então me desculpe se eu me senti confusa, por logo em seguida, ele ter agido, como o cretino que eu sempre achei que ele fosse e ter chutado minha bunda para fora da sua cobertura luxuosa.

Só então eu percebo Vitória mexendo a cabeça e Henrique olhando para trás de mim, fecho os olhos, deixando os ombros caírem.

- ele está bem atrás de mim, não é? - digo.

- podemos conversar? - Matheo pergunta atrás de mim, sua voz faz os pelos da minha nuca se arrepiarem.

- não - é tudo o que eu digo, antes de empertigar meus ombros e abrir os olhos novamente.

Vitória assobia, enquanto Henrique volta a empurrar o carrinho, Matheo começa a andar junto com eles e eu também volto a acompanhar.

Minha vontade agora era de bater nele, mas não posso traumatizar a Aurora, muito menos o Oliver, não quero que eles sejam parecidos comigo, mesmo que eu duvide que a Vitória e o Henrique, sequer seriam parecidos aos meus pais.

Empresário imprevisível - livro 3 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora