Morgan Davis
A Elsa que me proteja.
Eu sempre acabo me metendo em lugares que eu não deveria estar, muito bem, Morgan, como você pretende fugir desta sala? É isso que eu pretendo, não é?
Pelo amor de Deus, a Elsa não pode me ajudar e eu não sei exatamente o que eu mesma quero fazer, se ele sequer se virar... tudo bem, plano número um: pegar de volta o robe, plano número dois: colocar a Elsa de volta no seu lugar de descanso e correr até a porta, ou até a janela e me jogar, pode ser que eu sobreviva, quem sabe? Não custa tentar.
Mas enquanto eu encaro robe - que ainda está no sofá -, Matheo sai da porta e me olha, congelo, meu olhar viaja do robe, para ele, visto o robe novamente, enquanto seguro a Elsa.
- coloque-a de volta no lugar - ele diz.
- negativo - falo, mas ele começa a andar na minha direção, corro para ficar do outro lado da sala, com o sofá entre nós.
- você pode acabar com isso... - jogo uma almofada nele - aí!
Ele coloca a mão no ombro e faz cara de dor, mas ele pula o sofá, me fazendo correr para perto da prateleira novamente, mas ele consegue me alcançar, me abraçando por trás e me puxando, quando ele se senta no sofá.
- porque eu sempre termino no seu colo? - pergunto segurando a Elsa longe do alcance dele.
- deve ser alguma mensagem subliminar, - ele me puxa mais, me acomodando no seu colo, enquanto sua mão se estica para tentar pegar a Elsa.
- não, isso não é nada subliminar, você que sempre me pega desprevenida.
- o que eu deveria fazer? Eu gosto de você nessa posição, ficaria melhor...
- você ainda tem a capa da foto? - mudo bruscamente de assunto, precisando de uma distração, então percebo que o Matheo estava me distraindo, sua mão está a centímetros da minha mão que está segurando a Elsa, me abaixo, evitando que sua mão pegue a Elsa.
Matheo rosna, e um sorrisinho me escapa, mas logo some, quando ele simplesmente abraça o meu corpo.
- o que diabos, você está fazendo? - pergunto.
- vou esperar você se render, afinal, não tenho pressa - olho por cima do ombro e sigo o seu olhar.
Ele está olhando para janela, observando a chuva cair fortemente contra ela.
- então você assistiu Frozen quantas vezes? - pergunto, mesmo sabendo que foram mais de dez vezes.
- dezessete - ele murmura, tenho certeza que se os seus braços não estivessem enrolados ao redor da minha barriga, eu sei que ele estaria com os braços cruzados, na pose de emburrado de sete anos, mas isso não muda o fato de que eu não consigo evitar a gargalhada que escapa da minha garganta.
Acho que ninguém nunca assistiu tantas vezes um filme.
Antes que eu possa prever, Matheo se levanta, me levando junto com ele, até a parte maior do sofá, a maior parte do "L", acomoda perfeitamente umas três pessoas, mas dessa vez, vai acomodar um Matheo e uma Morgan, já que ele me deita - ele nós deita - no sofá.
- o que estamos fazendo? - pergunto novamente.
Matheo é um desgraçado imprevisível.
- você falou para a mulher arrumar o seu quarto, agora está se deitando aqui? Que tipo de pessoa estranha você é? - digo, minhas costas estavam coladas no seu peito, mas ele muda a posição ficando entre as minhas pernas.
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Empresário imprevisível - livro 3 da série: Os Mendonça
RomansaMorgan finalmente mostrará como é difícil ser livre em uma sociedade opressora, com o coração cheio de cicatrizes, ela voltará para o jogo do amor, mas não exatamente com quem ela deseja, muito menos com quem ela espera. Lidar com os pais nunca pare...