Capítulo 22

526 56 3
                                    

Matheo Mendonça

Vai fazer uma hora que eu cheguei na empresa com a Morgan, ela foi resolver o dia que eu tenho para entregar a nova coleção, já que nem isso eu estou conseguindo fazer direito, enquanto Gabriel está me evitando, o desgraçado está fugindo de mim o dia todo, ele saiu para almoçar, voltou e ainda está fugindo de mim.

Mas a Vitória disse que ele estava na administração, só não acharia que pegaria ele no depósito, fodendo uma funcionária.

- que porra? - ele berra, enquanto a mulher enterra o rosto no seu pescoço, para esconder o rosto, como se eu não soubesse bem quem é ela, eu conheço todos os funcionários da minha família.

Gabriel me conhece bem o suficiente para não parar de foder, só porque eu cheguei, seus movimentos continuam frequentes, enquanto a garota geme como se ele fosse um Deus grego superdotado.

A garota goza, ou finge que goza, enfim, Gabriel para os movimentos, saindo de dentro da sua intimidade e andando até a lixeira, sem se importar com a nudez da cintura para baixo, olho para mulher, que está se vestindo mais rápido do que é possível, tanto é que ela bota o braço no lugar da cabeça.

- na próxima, me diga que você quer participar - Gabriel diz para mim, enquanto pega a calça social que estava na cadeira de uma mesa qualquer.

- foi bom para você? - a garota pergunta se aproximando dele, ela tenta sussurrar, mas eu consigo ouvir muito bem nesse cubículo, ele assente - Mas você... ainda está...

- pode ir - Gabriel a corta.

Esse filho da puta sem coração, está agindo igual ao nosso pai, que ótimo tipo de pessoa para se espelhar, o seguro pela nuca quando ele termina de fechar o zíper da calça.

- que porra você está fazendo? - digo, estreitando os olhos.

- desde quando, você se importa com a minha vida sexual? - ele zomba.

- desde quando você, - eu toco sua bochecha com indicador - enfiou o seu pau, na amiga da Estela.

Seus olhos se arregalam, enquanto ele me olha como se eu fosse de outro planeta.

- eu não fodi com a mimada - eu o olho, com a testa franzida.

- não estou falando da Megan, - ele solta a respiração, enquanto murmura um "graças a Deus" - isso não muda o fato de que a Estela, não quer ir para o evento da semana que vem, por causa disso.

- que besteira, - ele faz uma cara de desgosto - quem escutar isso, vai achar que ela saiu insatisfeita.

- foda-se, quero que você cuida disso, agora! - Gabriel me olha antes de me imitar com uma voz fina e falar que vai conversar com a Estela, solto sua nuca, andando até a porta - Não quero ouvir que você transou com mais ninguém dessa empresa, entendeu?

- sim senhor - ele diz.

- e se quiser se inspirar em alguém, use o Henrique, ou o Júlio como exemplo, não o bastardo do Bernardo.

Bato a porta, percebendo que só consigo respirar de verdade, agora, só me resta responder a mensagem da minha mãe, que por acaso, eu venho evitando o dia todo, sinto que isso vai ser ruim, em diversos níveis.

[ Daiana ] Filho! Vamos almoçar no restaurante perto da empresa, traga sua bunda para cá.

Reviro os olhos, enquanto ando até o elevador, minha mãe se supera todos os dias, maldita hora que o Gabriel explicou para ela, como mexer no celular, pelo menos ela não pode me ligar, acabei bloqueando isso, e foi a melhor decisão da minha vida.

Empresário imprevisível - livro 3 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora