Capítulo 51

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Morgan Davis

Uma das coisas mais difíceis da minha vida, foi ter que sair da cama sem acordar o Matheo, sei que ele tem um sono muito leve, então eu praticamente nem respirei enquanto ia na ponta do pé até o banheiro, lá encontrei o meu busto cheio de marcas.

Matheo é extremamente bom no que faz, não posso negar e falar que ele não me surpreendeu ontem, quando pegou as algemas, também não posso negar que escolhi aquela palavra em específico, para que ele soubesse separar as coisas.

Quem eu quero enganar? Eu mesma preciso separar as coisas.

Escolhi a palavra, mais para ser um símbolo do que não podemos ter em nossa relação, isso é sexo, apenas, só preciso entender isso.

Hoje o meu dia será extremamente corrido e para que tudo corra como o planejado, preciso evitar o Matheo ao máximo, senão ele vai acabar me desconcentrando e não preciso disso, eu preciso que ele me ajude e me dê orgasmos maravilhosos.

Fim.

Meu celular vibra na bolsa, mas sinceramente, não estou com cabeça para olhar ele antes de chegar na empresa, desço a escada pisando em ovos e agradecendo silenciosamente ao Matheo por ter levado a Madrid para a casa da Vitória.

Penso em pegar pelo menos uma maça, mas sei que não tenho fome de manhã e depois me sentiria obrigada a comer mesmo sem querer, então passo direto pela cozinha, falei com Elisa durante a madrugada, então ela sabe que estou de volta, isso facilita bastante a minha vida.

Paro perto da mesa de entrada tentando decidir qual carro pegar, penso no que mais irritaria Matheo e claro que pego a caminhonete, Londres não é exatamente o melhor lugar para se andar com carros grandes, sem ser limusine.

Nada tão grandioso para hoje, apenas o bebê do Matheo, espero que ele não fique tão revoltado.

Ele vai ficar, disso tenho certeza.

Ligo a caminhonete e faço questão de acelerar, apenas para talvez provocar um pouco a fera adormecida.

Não demora cerca de cinco segundos, para Matheo aparecer na porta de casa, usando apenas uma cueca box preta, ele estava sem ela quando eu sai da cama mais cedo.

- nem que me foda! - ele berra vindo na direção da picape, sorrio.

- cuidado com o que você fala - ele rosna quando eu falo isso.

- saia da porra do carro, Morgan.

- ou o quê? - provoco.

Matheo sai de perto da porta do carro, andando com uma mão no cabelo, ele parece extremamente preocupado, desesperado até.

- me espere e eu dirijo - ele fala.

- acho que não - acelero, fazendo o morto roncar como uma fera.

- quando eu te pegar, vou te foder com tanta força, que você vai me sentir dentro de você toda vez que andar, seja uma boa garota e saia do caralho do carro.

- e perder essa chance? Jamais, me dê um beijinho antes do trabalho - faço biquinho.

Matheo morde o dedão, provavelmente pensando se me estrangula com o cinto, ou se se joga na frente do carro.

Mas ele vem até a janela, sua mão agarra a minha nuca, deixo a boca entreaberta, passo a língua no lábio inferior e ele acompanha o movimento.

Seu olhar desce para o meu pescoço, que agora está limpo, sem nenhuma mancha, já que eu tive que colocar diversas camadas de maquiagem, para esconder parte dos hematomas, nada muito grave, isso se você considerar chupões uma coisa de boa.

Empresário imprevisível - livro 3 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora