Morgan Davis
Meyer ficou parado, junto comigo, sinceramente não sabia o que fazer, podia ficar parada que ele também ficaria, podia sair andando, que ele andaria comigo, então fiz o que pude para isso não parecer estranho - pelo menos, não muito estranho.
- então? Você quer que eu seja sua amiga? - pergunto andando para só Deus sabe onde.
- pode ser. Eu me contento com isso - que elogio.
- para onde vamos agora? - já estou curiosa com isso faz séculos.
- você quer levar o terno junto? Quem sabe a gente não arruma uma cadeira para ele? - ele sorri, parece sincero, pela primeira vez, como se ele estivesse brincando, ele está zombando! que safado.
- primeiro - faço com o dedo enquanto paramos no meio da calçada - se livre dos seus seguranças, afinal, que risco eu passo? Segundo - não espero ele responder - preciso realmente que alguém leve este terno para o Matheo e terceiro; minha barriga está colando nas costas, eu definitivamente estou morrendo de fome - isso o faz gargalhar - e quarto, quero dirigir um carro, qualquer um.
- você é exigente para uma baixinha - ele brinca dando tapinhas na minha cabeça.
Palhaço, se ele não tivesse ajudado a salvar a Lia, eu provavelmente nem tentaria ser amiga de um mafioso, meu pai não vai aprovar... mas ele supera. Meyer distribui ordens, e o mesmo homem que segurou, - para que a minha bela pessoa não acabasse sendo pisoteada no mar de sapatos de Londres - debate se deve mesmo deixar o chefe na minha ilustre companhia, ele parece ser o chefe da segurança.
Meyer no fim faz alguma ameaça em holandês, o que prova que ele puxou minha ficha e descobriu o único idioma que eu não quis aprender, que orgulho! Vou começar as aulas ainda hoje... quem sabe semana que vem?
- vamos? - Meyer pergunta apoiando a mão na minha lombar, atravessamos a rua, parando perto de um La Voiture Noire, esse é o carro mais carro do mundo e é uma puta máquina.
- uau - deixo escapar, Meyer joga a chave do carro para mim, com um sorriso e um olhar divertido, - eu não vou me responsabilizar se... uau - eu não tenho palavras para descrever esse carro - vem cá, esse deveria ser o carro do batman.
- ah, o Henrique enlouqueceria se visse a minha mais nova aquisição.
Entro no carro para ser tomada por um conforto maravilhoso, o banco de couro vermelho além de ser aquecido, parece me abraçar, fico boquiaberta olhando para o painel e o volante que parece se encaixar nas minhas mãos.
- vai largar a Lamborghini? - Meyer pergunta.
- não me tente! - brinco de volta.
Ele sorri ainda mais ao ouvir o ronronar do carro, quase solto um gemido, esse carro é simplesmente - na verdade ele não tem nada de simples - mas, ele é realmente perfeito, maravilhoso, incrível. Tudo que eu idolatro.
- para onde vamos? - consigo falar mas a minha voz falha um pouco no final.
- minha casa - ele diz, me fazendo finalmente retirar os olhos do velocímetro.
- negativo, vamos para um restaurante, quero ver o grande Meyer em um restaurante de estrada - que grande dia.
Sigo para um restaurante que eu costumava frequentar, quando minha família era do tipo feliz e reunida, mesmo quando meu pai não me tratava como a filha do ano, no caso ele nunca me tratou assim, sem ser na frente das pessoas da grande sociedade.
Meyer age pacientemente, porém de vez em quando, vejo sua perna batendo contra o chão do carro, ele olha para a janela e morde as pontas dos dedos.
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Empresário imprevisível - livro 3 da série: Os Mendonça
RomansaMorgan finalmente mostrará como é difícil ser livre em uma sociedade opressora, com o coração cheio de cicatrizes, ela voltará para o jogo do amor, mas não exatamente com quem ela deseja, muito menos com quem ela espera. Lidar com os pais nunca pare...