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– Chagamos!– Anunciei enquanto batia meus dedos freneticamente no volante do carro.
– Nervosa?– Vinnie perguntou.
– Ansiosa.– Corrigi.

Descemos do carro e logo reconheci o lugar, eu e a Ana vínhamos aqui frequentemente. Era uma abandonada, que tem uma parte mais conservada onde as pessoas ficavam, e tinha outra parte, onde o mata já tinha se espalhado e quase ninguém ia lá . Eu e Ana costumávamos ficar na área mais isolada, pra termos mais privacidade.

– BEA!– Sou interrompida dos meus pensamentos. Sinto um corpo se chocar ao meu é um abraço, que logo é retribuído.
– Puta que pariu que saudade!– Ana quase berrou.
– Eu também tava com saudade.–
– Por que parou de responder minhas dm's?– Ela perguntou e parou de me abraçar.
– Eu só na respondi um vez Ana.–
– Que se foda, não respondeu do mesmo jeito!– Ela falou e eu ri.

Vinnie nos encarava com um olhar perdido, provavelmente por não entender absolutamente nada do que estávamos falando.

Ana sabia falar inglês também, fez curso comigo. Só não teve a oportunidade de viajar também.

– Você deve ser o Vicent.– Ana falou e estendeu a mão para cumprimentar Vinnie.

– Eu mesmo, e você...deve ser a Ana.– Vinnie falou.
– Eu mesma! Bea me falou que você era gostoso mas eu não imaginei que seria tanto assim...– Ela falou dando uma boa analisada no Vinnie. – Com todo respeito tá? Eu não gosto dessa fruta, se é que você me entende.– Ela fala com um olhar sugestivo e eu e Vinnie rimos.

– Cadê o resto do pessoal?– Perguntei.
– Já devem estar chegando. Mas Iai? Como é lá em Los Angeles? –
– É incrível Ana, você tem que ir lá. Iria ser incrível passear em Los Angeles com você, igual a aqueles nossos sonhos de criança.

Quando eu e Ana era pequenas, nosso sonho era se mudar para Los Angeles, passear de noite pelas ruas de lá e comprar os melhores doces da cidade. Detalhe a gente queria morar juntos também.

– Eu irei, assim que minha mãe volte de viajem, não quero deixar meu pai muito tempo sozinho.– O pai de Ana tem câncer no pulmão, ele terminou as quimioterapias mas ficou muito debilitado por conta do tratamento.
– Entendo...–

– Chegaram!– Ana falou animada e eu olhei na direção que seus dedos apontavam.
– BEA!– Sara gritou enquanto corria em minha direção.
– Caralho, da próxima vez que você passar tanto tempo longe, eu juro que vou te caçar!– Ela fala e me aperta mais contar ela.
– Iai Bea!– Danilo fala e me dá um abraço. Guilherme faz o mesmo.

– Iai cara! Vicent? Certo?– Danilo perguntou enquanto esticava sua mão para cumprimentar Vinnie.
– Sim, mas pode me chamar de Vinnei.– Ele falou com um sorriso no rosto.

Todos ali sabiam falar inglês, pois fizemos 5 anos de curso, o que facilitou muito a comunicação ali. Então o tempo todo nós conversamos em inglês, para que Vinnie pudesse compreender tudo.

Todos nós sentamos em um banco e ficamos conversando sobre assuntos aleatórios.

– Eu pensei que a Mia vinha.– Guilherme fala.
– Ela me disse que tava com dor de cabeça.– Sara responde.
– Você ainda gosta dela Gui?– Perguntei.
– Na...não!– Ele gaguejou.
– Não tenta enganar a gente Gui! Sério, desde o 7º ano que você é caldinho por ela.– Falei e todos concordaram. Menos Guilherme, que insistia em "omitir seus sentimentos".

– Oi!– Ouvi uma voz totalmente reconhecível.
Senti meu coração acelerar, minhas pernas começaram a se chacoalhar freneticamente.
– Amor, tá tudo bem?– Vinnie sussurrou no meu ouvido.
– T..tá..sim!– Falei tropeçando nas minhas próprias palavras.

–Vai mesmo me ignorar Bea?– O garoto me e encarou e sorriu com o canto da boca.

– Oi Paulo.– Fui mais seca do que esperava.

Paulo...eu e ele namoramos por quase dois anos. No começo era perfeito, mas depois ele foi demonstrando que realmente era, um cara possessivo, grudento é extremamente tóxico.
Ana sabia de tudo, então já se adiantou para falar comigo.

– Bea, eu tentei convencer o Danilo a não chamar ele, mas ele insistiu. Mas se você quiser a gente manda ele ir embora.– Ana falou.
– Não não. Tudo bem.– Falei mesmo sabendo que não estava nada bem.

– Aquele rio ainda existe? – Guilherme perguntou animado.
– O da trilha?– Perguntei.
– Existe sim! Um dia desses eu fui com meu pai.– Danilo falou.

– Que rio é esse?– Vinnie perguntou.
– É um que tem aqui pertinho. Tem uma trilha que é por ali.– Apontei na direção da ilha.
– Vamos lá!– Sara falou animada e todos concordaram.

Se levantando e nós direcionamos a trilha. Daqui para o rio dão no máximo 6 minutos.
Andamos por algum tempo até chegarmos no rio.

Vi Ana tirar seus pertences do bolso e colocar no chão, junto com os seus sapatos. A olhei com um expressão confusa e ela sorriu.

– O que foi? Já faz tempo que eu não venho aqui.– Ela falou e segundos depois já estava dentro da água.
– Vocês não vem? A água tá geladinha!–

Logo, os meninos, incluindo Vinnie, já estavam lá dentro.

– Vamos? – Sara me perguntou.
– Vamos!– Falei e dei alguns passos para trás pra pegar impulso e pular dentro da água.

A água estava gelada pra caralho! Eu senti falta disso, de momentos assim com meus amigos.

– Vem cá.– Vinnie falou me puxando para perto de si. Eu entrelacei minhas pernas em sua cintura e deixei meus braços em torno de sua nuca.

– Quem é aquele Paulo? Porque você foi vou tão nervosa?– Ee tinha um semblante preocupado em seu rosto.
– Ele é um ex meu. Super possessivo, grudento...e mesmo depois que nós terminamos, ele continua sendo chato sabe? Ele já tentou inúmeras vezes fazer algo que eu não quero...– Expliquei.

– Olha, não precisa se preocupar com isso tá? Não vou deixar ele tocar um dedo em você.– Ele falou e eu sorri.

Nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância, então logo eu acabei com esse espaço entre nós, juntado nossos lábios em um beijo calmo.

– Ei casal! Chega de pegação. Venham aqui!– Ana gritou. Nós nos separarmos e fomos na direção deles.

Desculpa pela demora para atualizar...eu ro sem tempo para escrever.

Sem revisão porque eu estou com sono, então se tiver algum erro me avisem p mim arrumar 😘