In Love with you | Juke

Capítulo 29

Luke's PoV

Assim que o senhor Robert diz que quer falar comigo,meu pai se apressa a abrir a porta e pedir que ele se acomode.

Será que ele veio até aqui pra me dispensar do time? É uma viagem bem longa, quase dois dias. Ele viajaria isso tudo só pra dizer que o convite para o time não está mais de pé?

— Bom, Luke...– ele começa, limpando s garganta. Meu pai e a Julie foram até a cozinha, mas sei que estão ouvindo tudo lá de dentro.– Como eu disse, soube o que aconteceu com você e realmente sinto muito!

— Tudo bem... então o senhor veio até aqui para dizer que eu não tô mais no time?– pergunto.

— Não! Claro que não! Se eu fosse mesmo fazer isso, não precisaria vir até aqui!– ele  diz e concordo.– Vim para te dizer que assim que você se reestabelecer, sua vaga no nosso time continua sendo sua!  Você é um ótimo jogador, Luke! E tenho certeza que não vai demorar para recuperar seus capacidades de jogo, depois de voltar a andar!– ele diz e respiro aliviado com essa notícia. Pelo menos isso eu não vou perder

— E se quiser, podemos arrumar um fisioterapeuta pra você!

— Realmente não precisa!– digo.– Já agradeço demais o fato do senhor não ter me tirado do time! E saiba que vou me recuperar o mais rápido possível!– digo sorrindo e ele levanta, apertando minha mão.

Nessa hora, como se estivessem escutando a conversa~o que eles realmente estavam fazendo~ Julie e meu pai chegam na sala e meu pai acompanha o senhor Robert até a porta.

— Ouviram tudo não ouviram?– pergunto assim que meu pai volta.

— O que? Nãããão!— Julie diz– Chegamos no momento que vocês terminaram a conversa totalmente por acaso!

— E como sabiam que tínhamos terminado a conversa?

— Por que ele tava em pé e você tava apertando a mão dele!– Julie revida.

— É! Eu facilitei pra você!– digo e ela ri e me dá um beijo.

— Então, o que ele conversou com você?— Julie pergunta.

— Ele não me tirou do time!– digo– E ainda ofereceu um fisioterapeuta, mas não aceitei! E o que vocês estavam fazendo na cozinha?

— Seu pai achou um álbum seu de quando você era bebê! Ele me mostrou umas fotos! Você era um bebê muito fofo, Luke!

— Ah, meu Deus, pai! O senhor mostrou minhas fotos bebê pra ela?– pergunto e ele assente, rindo.– Que brochante!– digo e começo a rir– Não que ainda de pra fazer alguma coisa assim!

Julie me bate e fica vermelha, com vergonha

— Mas quem sabe depois...– digo ignorando o fato que ela me bateu e continuo falando

— Luke!– ela me bate de novo– Seu pai ainda tá aqui!– ela aponta pro meu pai, que sorri.

— Bom, meu filho, que bom que você não perdeu a sua chance no time! Agora eu vou lá pra cima adiantar alguns serviços e vocês podem ficar aí...ver um filme, uma série...fiquem à vontade!

— É né, não da pra fazer outra coisa!– digo e Julie me olha com um olhar ameaçador.

— Quer ajuda pra sentar no sofá, filho?– meu pai pergunta.

— Não pai, isso eu consigo fazer!– digo e passo da cadeira pro sofá. Então Julie escolhe o filme e começamos a assistir e a nos beijar algumas vezes, já que é a única coisa que dá pra fazer.

Por enquanto...

Semanas depois.

Comecei na fisioterapia há algumas semanas e tenho feito vários exercícios, porém ainda não consegui muitos resultados. Meus amigos, meu pai e o fisioterapeuta me dizem que é assim mesmo e que é preciso ter paciência, que cada pessoa reage de um jeito ao tratamento.

Julie, está sempre comigo. Ela está sentada numa das cadeiras da sala, lendo um dos livros do lugar, enquanto faço mais uma das sessões de fisioterapia, de vez em quando ela me olha por cima do livro e sorri e faço o mesmo. Poucas garotas no lugar dela, fariam o que ela faz por mim e eu tenho muita sorte de ter ela na minha vida.

Antes eram só duas vezes na semana, mas agora eu mudei para três e ela se desdobra pra sempre estar comigo. As aulas da escola voltam daqui umas semanas e ela me disse que  vai tentar continuar vindo.

O julgamento do Bobby por tentar matar eu e o Willie é daqui um mês e quero muito entrar no tribunal andando pra ver a cara de fúria dele. Não sei se realmente vou conseguir, mas que seria bom ver ele com uma cara de despeito ao ver eu conseguindo fazer de novo, o que ele disse que eu nunca mais ia conseguir.

Sou tirado dos meus pensamentos por uma pontada na minha coxa.

— Ai!– digo.

— Doeu?– o fisioterapeuta pergunta e assinto– Onde?

— Aqui!– digo e aponto pra minha coxa, onde havia sentido uma pontada.

— Então voce devia me agradecer.

— Agradecer por sentir dor?

— Sim! A dor significa que você está começando a recuperar os movimentos e a sensibilidade das suas pernas!

— Luke, isso é ótimo!– Julie diz sorrindo e sorrio também– Logo você volta a andar!

— É mesmo!– digo. Nem havia me dado conta daquilo, foi algo involuntário, como se sempre estivesse ali, mas adormecido e agora voltou. Peço que ele faça de novo o mesmo exercício e sinto a mesma pontada mais uma vez.

Pode parecer pouco pra alguns, mas pra mim é mais que especial. É um recomeço.

Não vai demorar até eu andar de novo. Tenho certeza.