O Amor para Ane

Capítulo 28

Logo eu fui encaminhada para o quarto, e meus pais estavam lá.

-Foi um sucesso Ane, vai ficar tudo bem, sua filha nasceu perfeita, logo depois da Pediatra examinar pra ver se está tudo ok e a enfermeira limpa-la ela vem para o seu quarto – falou e eu assenti

-Obrigada Gustavo, você é um excelente médico –falei sorrindo e ele saiu.

- Minha filha, esse rapaz é um homem de ouro -minha mãe falou sobre Ricardo, ele tinha ido ao banheiro

-Eu sei mãe -fale

-Não deixe ele escapar Ane, o amor de verdade bate na nossa porta em momentos que nós nem imaginamos -falou e encerrou o assunto quando Ricardo entrou no quarto

- Ane, eu terei de ir a empresa agora, mas a Analu é linda, meus parabéns -falou me dando um beijo na testa

- Obrigada por tudo Ricardo -falei e ele saiu dali se despedindo da minha mãe, realmente aquele homem era perfeito, eu seria tola de não aceitar tê-lo do meu lado.

Depois de uns quarenta minutos mais ou menos a enfermeira trouxe minha filha, e eu me apaixonei outra vez, ela era tão linda, estava em um daqueles berços de maternidade, com uma roupinha rosa e branca, ela era extremamente perfeita, meus pais olhavam encantados, Ravena já chorava ao observa-la, a enfermeira a pegou daquele pequeno berço e me entregou. Ricardo não estava mais lá teve uma emergência na empresa e teve que ir.

-Põe ela pra mamar um pouco. -ela disse calma me entregando a Analu. Eu a peguei e coloquei no meu seio esquerdo e ela sugou, para minha felicidade havia leite ali.

Após ela se alimentar minha mãe a pegou no colo e colocou para arrotar, ela era tão pequena, um rostinho bem desenhado, ela tinha muita semelhança com ele, e por um instante imaginei se ele ficaria feliz em saber que ela existia, e como não ficar feliz não é? Minha filha é perfeita e duvido que alguém discorde.

Após três dias eu sai daquele hospital, tudo estava bem, o corte não doía muito, mas o Gustavo pediu que eu nem sonhasse em me esforçar demais.

Quando cheguei em casa estava tudo pronto, minha mãe havia perguntado a nutricionista do hospital e ao Gustavo quais seriam minhas restrições alimentares e aí já viu, ela pegaria muito no meu pé. 

Eu estou tão realizada de estar aqui com a minha família, sabendo que eu fiquei com tanto medo de acabar só e depois do que Marcos me fez passar.

Me deitei e esperei minha mãe me entregar a Analu para que eu pudesse amamenta-la, ela sugava com força, minha pequena era esfomeada, sorri passando a mão em seus cabelos que me fizeram sentir muita azia na gravidez.

-Filha e a certidão dela, seu pai disse que vai tirar pra você! –minha mãe falou e eu assenti

- certo –falei e minha mãe se aproximou e beijou minha testa e a de Analu.

-Eu tenho muito orgulho de você, e sei que você vai se tornar uma excelente mãe, eu amo você minha filha -falou e eu sorri me emocionando, meu pai entrou no quarto e me olhou

- Eu também tenho muito orgulho de você Ane, e eu te amo muito minha filha, espero que me perdoe um dia, mas eu me arrependo todo santo dia do que eu fiz, você vai ser uma mãe maravilhosa para minha netinha. –ele falou e a essa altura minhas lagrimas já estavam rolando eu tinha os melhores pais do universo.

- Pai não tem mais o que perdoar, eu amo vocês. – falei.

Ravena pegou a Analu no colo e começou a olhá-la

-Ela é linda amiga –ela falou

-Muito, ela parece com ele –falei e ela me olhou

-Parece, mas é linda ainda assim –falou e eu sorri

-Eu sou linda amiga, minha filha é igual a mim –falei

-Convencida nem um pouco –falou

-O Ricardo quer assumir ela –falei

- Ane, essa decisão só cabe a você, e se um dia ele descobrir da filha? –perguntou se referindo ao Marcos

-Não vai amiga, eu espero que não –falei

-Mas o Ricardo é um paizão também, não tenho duvidas que ele ama a sua filha, não mais que a dinda aqui, mas ama –falou e eu ri do seu convencimento, essa era uma das coisas que eu pensava. 

Passei a noite vendo minha filha dormir, como podia ser tão linda? Depois acabei dormindo, estava cansada.

No outro dia a tarde a minha mãe entrou no quarto me avisando da visita que tinha pra mim, nesse momento eu estava dando de mamar pra Analu então pedi pra ela mandar entrar, era o Ricardo e a Vitória, ele tinha um grande buquê de rosas vermelhas nas mãos, sorri para ele.

- Boa tarde titia, esse presente é pra sua bebê – a Vitoria falou me entregando uma sacolinha que tinha um embrulho infantil dentro.

-Obrigada meu amor, nem precisava –falei deixando o mesmo em cima do criado mudo que estava perto da cadeira na qual eu estava sentada.

- Vocês estão bem? –Ricardo perguntou

-Estamos, e você como tá? –perguntei

-Tranquilo, ela é linda, parece com você. –falou

-Não parece não papai –Vitoria falou enquanto segurava a mãozinha da minha filha e eu ri, realmente ela não tinha nada a ver comigo, apenas a cor do cabelo.

-Meu Deus, minha filha – ele falou sem graça

- Mas ela não parece mesmo, eu sei disso –falei pra ele que formou uma linha rígida nos lábios

-Eu queria conversar com você, sobre aquela proposta, sem pressão, seu pai disse que vai lá registrar ela –Ricardo falou e eu assenti

-É , já tem 4 dias, acho que está na hora já –falei

-Eu gostaria muito de assumi-la, mas isso não quer dizer que você tem que ficar comigo, eu só quero o bem de vocês –falou e eu sorri

- Está bem –falei

- Serio? –disse surpreso

-Muito serio. Você tem se mostrado ser um homem maravilhoso ao longo dessa jornada e não tenho duvidas que a minha filha mereça um pai como você –falei e ele sorriu e Vitoria também

-Ela vai ser minha irmãzinha titia? –perguntou Vitória

- Vai sim –falei

-Poderia ser minha segunda mamãe ne –falou a criança

-Acho que sim, eu e seu pai temos que falar disso ainda –falei e ela sorriu.

Ricardo pegou a Analu no meu colo e a pôs para arrotar, ele levava jeito com criança e dava pra ver que ele realmente gostava da minha filha.

- Vou lá conversar com os seus pais, a Vitoria fica aqui com você –ele falou me deixando surpresa, eu não esperava isso.