Capítulo 44

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Quando chegamos em casa meu pai como sempre foi babar as netas, ele era muito coruja, eu imaginava quando eu me mudasse o que seria semana que vem.

Eu e Ricardo fomos até a cozinha, a minha mãe estava lá terminando de fazer a janta.

-Quer que eu faça a salada, mãe? –perguntei

-Quero sim filha –ela falou e eu fui pegar as coisas pra fazer.

-E como a senhora tá sogrinha? –Ricardo perguntou a minha mãe.

Ela o considera um filho e as vezes quando discutíamos ela o apoiava o que me deixava intrigada, ela é minha mãe deveria me apoiar até nessas coisas.

-Tô bem meu filho -ela disse

 Ficaram ali conversando e dando risada, eu adorava a amizade que ele tinha com a minha família, sempre tão prestativo. 

 Depois de algum tempo todos sentamos a mesa, meu pai dava comida a Analu, ela era muito apegada ao avô também .

-Eu preciso falar uma coisa –minha mãe falou

-O que houve Rita? –meu pai perguntou

-Eu fui no medico hoje, estava sentindo umas coisas estranhas, só que como tô velha não quis acreditar que era que que eu estava pensando. –minha mãe falou

-Você está doente? O que aconteceu mulher, diz –meu pai falou assustado.

A essa altura eu sabia o  que era, a tontura que ela sentiu semana passada e o enjoo me fez suspeitar, minha mãe tinha seus quarenta e um anos, estava nova ainda.

-Eu estou gravida –ela soltou.

 Meu pai arregalou os olhos e de repente ele caiu da cadeira, ele desmaiou, eu não sabia se sorria de felicidade por ter ganhado um irmão ou ficava assustada por meu pai ter caído. 

Minha mãe chorava preocupada, mas acho que os hormônios de gravida ajudavam.

Ricardo havia levado meu pai até o sofá, apesar dele ser muito pesado, meu noivo suou pra caramba, eu tentei ajudar mas força é algo que não tenho muito. 

Eu já estava preocupada tinha uns cinco minutos que ele estava deitado, mas logo acordou.

-Roberto, você está bem? –minha mãe perguntou desesperada

-Ai eu estou, não foi um sonho? –meu pai perguntou

-Toma vovô –Vitória falou o entregando um copo de agua.

-Nossa pai como o senhor é dramático, minha mãe avisa que o senhor vai ser papai e o senhor desmaia –falei dando risada

-Daiane eu estou velho, um homem com quarenta e cinco anos sendo pai, meu Deus eu não esperava isso, mas obrigada meu amor, eu amo vocês –meu pai falou e abraçou a minha mãe, alguém bateu na porta e fui até a mesma atender.

-Oi amiga, me ajuda –Ravena falou desesperada, tinha os olhos marejados

-Oi, o que houve? – perguntei a abraçando

- Eu tô gravida - falou e eu sorri, pelo visto esse ano seria o ano mesmo.

-Parabéns amiga, mas espera, estamos felizes com isso? –falei

-eu não sei, estou com medo Ane, medo de não saber cuidar - ela falou.

-Você vai conseguir e eu vou tá do seu lado. E o Henrique já sabe? –perguntei

-Não, não falei pra ele ainda –ela disse chorosa, eu raramente via minha amiga vulnerável então vou por a culpa nos hormônios de gravida

-Pelo visto vão ser duas mamães esse ano –falei

-Você também amiga? –perguntou

-Não, minha mãe que tá –falei e ela arregalou os olhos.

-Não acredito –ela falou e bateu palmas típico da Ravena. 

Fomos até a sala onde todo mundo estava, meu pai parecia estar mais calmo.

Conversamos horrores, minha mãe não sabia se sorria ou chorava com todos os acontecimentos, provavelmente ela e a Ravena teriam o bebê na mesma época.

O Amor para AneOnde histórias criam vida. Descubra agora