Capítulo 46

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Ricardo

Depois do grande dia erámos apenas nós em casa. 

Compramos uma casa maior já que a família estava crescendo.

Eu não contei a ela sobre o encontro com o Marcos que aconteceu há algumas semanas atrás, eu não quero a preocupar de maneira alguma. O vi de relance no casamento, ele parecia abatido.

Me levanto e faço as minhas higienes, Daiane já não esta  na cama. Após meia hora estou pronto para o trabalho.

- Bom dia -falei com Maria que fazia o café da manhã.

Ela ficaria conosco, já que trabalha comigo há tanto tempo.

- Bom dia meu filho -falou 

- Onde está a Ane?

-Ela saiu cedo -Maria falou e eu estranhei.

Ane não saía cedo assim. Analu também não estava.  

[...]

- Ricardo, entra -falou minha sogra 

- Oi, como a senhora está? -perguntei 

- Eu estou bem meu filho, fora os enjoos -ela disse e eu ri.

- Mãe, a senhora - Ane vem falando até me ver 

- Oi Ricardo, achei que já tinha ido pra empresa -falou e eu alinhei os lábios, ache que tivesse acontecido algo.

- Não te vi quando acordei, então resolvi ver se estava aqui e se estava tudo bem -falei 

- Analu acordou cedo e quis vim ver os meus pais, você estava cansado ontem não quis incomodar 

- Tudo bem então, eu vou indo, te vejo mais tarde -falei, não nego que estava furioso com isso, na minha cabeça ela estava com ele, mas que besteira a minha, a essa altura do campeonato com ciúmes? 

[...] 

- Ricardo, tem esses documentos pra você assinar - Daiane falou ao entrar na minha sala, ela se negava a subir de cargo ou a parar de trabalhar.

 Daqui há um mês seria sua formatura e sua gestação estava com apenas um mês e duas semana.

- Porque não me acordou? -perguntei o que estava assolando a minha mente durante toda manhã 

- Eu só não quis acordar você, eu caminhei um pouco com a Analu no parque e depois fui até a casa da minha mãe 

- Entendo 

-Achou que eu estivesse com ele? 

- Não nego que pensei isso, ele sumiu depois que nos casamos -falei 

- Se um dia eu for ver ele novamente eu te aviso. 

-Eu sei, e como tá o nosso filho? 

-está bem, não sei porque você acha que é um menino. 

Ficamos conversando por mais um tempo. 

O resto do dia foi tranquilo, apesar de Daiane estar um pouco distante, aquilo me incomodava demais, até mesmo no carro fomos em silêncio pegar a Analu e Vitoria.

- Mamãe, você vai na minha escola amanhã? -Vitória perguntou a Ane.

Amanhã seria sua apresentação de teatro. Ela seria a bela.  Não nego que ver a minha filha de onze anos dançar com um menino não seria nada agradável. 

- Vou sim meu amor -ela disse tentando parecer animada, mas algo estava estranho.

Logo pegamos a Analu com os meus sogros e fomos para casa, no caminho as meninas foram com um papo animado entre elas, era lindo ver a ligação que as duas criaram, normalmente Ane também entraria na conversa, mas hoje não aconteceu. Eu estava aflito, afina eu não sabia o que estava acontecendo.



O Amor para AneOnde histórias criam vida. Descubra agora