capítulo 01

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um ano depois...

Alfonso herrera flexionou  os  dedos  no  couro  momo  do  volante,  seu  elegante Mercedes  preto  abraçando  a  estrada  enquanto  ele  fazia  as  curvas  fechadas  que levavam  a Summerville  numa velocidade  maior  do  que  provavelmente seria prudente.

A  pequena  cidade  da  Pensilvânia  ficava  a  apenas  três  horas  de  sua  própria  casa em  Pittsburgh,  mas  também  podia  ficar  a  um  mundo  de  distância.  Enquanto  Pittsburgh era  noventa  por  cento  concreto  e  luzes  da  cidade,  Summerville  era  composta  de florestas,  áreas  verdes,  casas  singulares,  e  um  pequeno  centro  que  lembrava  a  Alfonso uma versão  moderna de  Mayberry.

Ele  diminuiu a velocidade,  observando  as fachadas  das lojas pelas  quais passava.   Uma  farmácia,  um  correio,  uma  churrascaria,  uma  loja  de  presentes...  E  uma padaria. Tirando  o  pé  do  acelerador,  diminuiu  ainda  mais  a  velocidade,  estudando  o brilhante  toldo  amarelo  e  as  letras  pretas  extravagantes  nomeando  o  estabelecimento como  Doce  Cabana  -  a  placa  de  neon  na  janela,  informando  aos  clientes  que  eles estavam  abertos  e  a  pequena  multidão  de  pessoas  do  lado  de  dentro,  apreciando delícias recentemente  assadas.   O  lugar  parecia  convidativo,  o  que  era  importante  na  indústria  de  serviços  de alimentação.  Ele  ficou  tentado  a  abrir  o  vidro  do  carro  e  ver  se,  podia  sentir  os aromas  de  pães,  cookies  e  tortas  no  ar.

Mas  era  preciso  mais  do  que  um  nome  bonitinho  e  uma  fachada  atraente  para tornar  um  empreendimento  bem-sucedido,  e  se  ele  ia  pôr  dinheiro  em  Doce  Cabana, queria saber  se  era um  bom  investimento. Na  esquina,  virou  à  esquerda  e  continuou  pela  rua  lateral,  seguindo  as  instruções que  tinha  recebido  para  chegar  aos  escritórios  de  Chavéz Garza  conselheiros financeiros.  Ele  trabalhara  com  Christian chavéz antes,  embora  nunca  num  investimento  tão longe  de  casa,  ou  tão  perto  dos  escritórios  de  chavéz .  Entretanto,  o  homem  nunca errara  em  seus  conselhos,  o  que  tomara  Alfonso mais  disposto  a  tirar  folga  do trabalho  para fazer  a  longa  viagem.

Ainda  seguindo  pela  mão  lateral,  ele  notou  uma  mulher  andando  rapidamente  em saltos  altos.  Considerando  o  asfalto  irregular  e  as  pedrinhas  na  calçada,  não  estava sendo  uma  tarefa  fácil.  Também  parecia  distraída,  mexendo  dentro  de  uma  bolsa enorme,  em  vez  de  manter  a atenção onde  estava indo. Um  estranho  desconforto  o  percorreu.  Ela  o  lembrava  de  sua  ex-esposa.  Um pouco  mais  "cheinha"  e  curvilínea,  os  cabelos  castanhos-longos,  em  vez  de  dourados,  mas  ainda  assim,  muito  parecida.  Especialmente  o  jeito  que  ela  andava  e  se vestia.  Esta  mulher  estava  de  blusa  branca  e  saia  preta,  com  uma  abertura  atrás, revelando  pernas  longas  e  adoráveis.  Sem  jaqueta  ou  acessórios,  exatamente  como  era o  estilo de Anahi. Voltando  o  olhar  para  a  estrada,  Alfonso  reprimiu  a  emoção  que  comprimiu  seu peito. 

Culpa?  Arrependimento?  Simples  sentimentalismo?  Não  sabia  ao  certo,  e  não queria analisar  os  sentimentos  inesperados. Eles  tinham  se  divorciado  havia  mais  de  um  ano.  Era  melhor  esquecer  o  passado  e seguir  em  frente,  como  Anahi certamente fizera. Avistando  os  escritórios  de  Chavéz Garza,  ele  parou  no  pequeno  estacionamento nos  fundos  do  prédio,  desligou  o  motor  e  saiu  no  dia  quente  de  primavera.  Com  sorte, essa  reunião,  e  o  subseqüente  tour  por  Doce  Cabana,  levaria  apenas  algumas  horas, então  poderia  pegar  a  estrada  e  voltar  para  casa.  Vida  de  cidade  pequena  podia  ser boa  para  algumas  pessoas,  mas  Alfonso ficaria  feliz  em  voltar  para  a  agitação  da cidade  grande  e  para  a vida que construíra para si mesmo  lá.

Anahi  parou  do  lado  de  fora  do  escritório  de  Christian chavéz,  levando  um  momento para  endireitar  sua  saia  e  blusa,  passar  uma  mão  pelos  cabelos  castanhos  e  um pouco  de  batom.  Fazia  muito  tempo  que  não  se  arrumava assim,  e  estava sem  prática. Também  não  ajudava  que  todas  as  roupas  boas  que  adquirira  enquanto  estivera casada  com  Alfonso eram  agora  um  número  menor  que  o  seu.  Isso  significava  que  a blusa  estava  apertada  no  peito,  a  saia  mais  curta  do  que  gostaria  e  o  cós  da  cintura prendendo  sua circulação.  Felizmente,  a  pequena  cidade  de  Summerville  não  exigia  que  ela  se  arrumasse com  freqüência.  Do  contrário,  precisaria  ter  investido  num  novo  guarda-roupa,  e, considerando  a  dificuldade  que  estava  tendo  de  manter  seu  negócio  e  ganhar  seu sustento  básico,  essa  era  uma  despesa com  a qual  definitivamente não  podia arcar.

Respirando  fundo,  Anahi abriu  a  porta.  A  recepcionista  de  Chavéz Garza cumprimentou-a  com  um  sorriso  amplo,  informando-a  que  Christian  e  o  investidor  em potencial  a esperavam  na  sala dele. Antes  de  entrar,  Anahi fez  uma  breve  prece  para  que  o  investidor  rico  que Cristian encontrara considerasse  Doce Cabana digna  de  seu apoio  financeiro. A  primeira  coisa  que  ela  viu  foi  Christian  sentado  atrás  da  mesa,  sorrindo  enquanto conversava  com  o  visitante,  que  estava  sentado  de  costas  para  ela.  O  homem  tinha cabelos  escuros  que  mal  tocavam  a  parte  traseira  do  paletó  cinza-chumbo,  e tamborilava um  dedo  longo  bronzeado  na  cadeira,  como  se  estivesse  impaciente. Assim  que Christian  a viu,  sorriu-lhe  e  levantou-se.

-  Anahi,  você  chegou  pontualmente.  Quero  lhe  apresentar  ao  homem  que espero  que  se  torne  um  investidor  de  sua  padaria  maravilhosa.  Alfonso herrera,  esta  é Anahi portilla. Anahi , este  é...

-  Nós  nos  conhecemos. A  voz  de  Alfonso a  fez  tremer,  mas  este  foi  apenas  um  dos  muitos  choques  que seu  sistema  nervoso  sofreu.  Ao  ouvir  o  nome  de  seu ex-marido,  um  nó  se  formara  em seu  estômago,  e  quando  Alfonso se  levantou  e  virou-se  para  encará-la,  o  coração  de Anahi disparou violentamente contra as  costelas.  Ela  o  viu  parado  à  sua  frente,  os  cabelos  pretos  brilhando  na  luz  do  sol  que  se infiltrava pelas  janelas  da sala, os  olhos  verdes  reluzindo  com  travessura.

-  Olá,  Anahi -  murmurou  ele suavemente.

Poncho pôs  uma das  mãos  no  bolso,  adotando  uma  postura  negligente.  Ele  parecia tão  à  vontade  e  divertido  enquanto  ela  sentia  como  se  um  exército  de  formigas estivesse  rastejando  sob  sua pele. Como,  em  nome  de  Deus,  isso  podia  ter  acontecido?  Como  ela  pudera  não  saber que  ele  era  o  investidor  em  potencial?  Como  Christian podia  não  ter  percebido  que  Alfonso era seu ex-marido? Anahi censurou-se  por  não  ter  feito  mais  perguntas  ou  insistido  em  mais detalhes  sobre  a  reunião  de  hoje.  Mas,  então,  não  tinha  se  importado  com  quem  era  o investidor  misterioso  de  Christian, tinha?  Importara-se  apenas  que  ele  era  rico  e  parecia disposto  a  ser  sócio  de  pequenos  empreendedores,  na  esperança  de  obter  bom  lucro dos  negócios. Convencera a  si mesma que estava desesperada e precisava de  uma rápida infusão de  dinheiro  para  manter  as  portas  de  Doce  Cabana  abertas.  Mas  nunca  estaria desesperada  o  bastante  para  aceitar  caridade  de  um  homem  que  partira  seu  coração, e  lhe  virara as  costas  quando  ela  mais precisava dele. Ignorando  Alfonso,  ela  olhou para Christian

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