- Eu gostaria de pegá-lo por um minuto - disse ele, olhando entre seu terno caro e seu filho, que tinha papinha de bebê desde os fiozinhos dos cabelinhos dourados até os dedos dos pés - mas... - Definitivamente não - Anahi concordou, pegando um pano úmido para limpar o pior do excesso de comida da boca e queixo de Alan.
- Vamos deixar tia Helen limpálo, e talvez você possa segurá-lo quando nós voltarmos se ele ainda estiver acordado. Poncho não pareceu muito satisfeito com a idéia, mas assentiu mesmo assim.
- Vamos - incentivou-a quando ele se levantou e tia Helen rodeou a mesa para tirar Alan do cadeirão. Ainda parecendo relutante em partir, poncho a seguiu para a porta da frente. Do lado de fora, conduziu-a para seu carro, e ajudou-a a entrar.
- O que você faz quando ele está assim todo sujo? - perguntou poncho quando se sentou atrás do volante.
- O que você quer dizer? - Como você não pega seu próprio filho? Anahi piscou. Havia uma ponta de culpa por trás daquelas palavras? Culpa de um homem que ela não pensou que entendesse esse conceito? Que a deixara ir embora sem uma luta, sem uma explicação decente? - poncho - Meneando a cabeça, ela abaixou o queixo para tentar esconder o sorriso divertido nos lábios.
- Eu sei que isso tudo é novo para você, que descobrir sobre Alan foi um choque, mas você não tem nada pelo que se culpar. Ele é um bebê. Contanto que tenha suas necessidades atendidas, não se importa com quem o está alimentando, quem o está abraçando ou trocando sua fralda.
- Isso não é verdade - disse poncho.
- Bebês sabem a diferença entre seus pais e uma babá, entre a mãe e o pai. - Certo - concordou ela.
- Mas muitas vezes eu não o pego depois que ele comeu, porque não quero que Alan suje as minhas roupas com comida. Sem pensar no que estava fazendo, ela estendeu a mão e deu-lhe um tapinha na perna.
- Se você vai ficar um tempo na cidade, compre algumas calças jeans e camisetas, e espere que elas fiquem sujas com freqüência Mas não se preocupe sobre esta noite. Eu não o segurei esta manhã também porque estava arrumada para a reunião com você. Essa é uma das grandes vantagens em ter tia Helen por perto. Não posso fazer tudo sozinha, e ela me ajuda muito. Prendendo-lhe o olhar, poncho entrelaçou os dedos nos dela, segurando-lhe a mão com firmeza, mesmo quando ela tentou puxá-la. - Deveria ser eu ajudando-a com Alan, não sua tia. Mas nós conversaremos sobre isso durante o jantar. Entre outras coisas. Apesar da ameaçada grande conversa o jantar foi bastante agradável. Ele a levou para o restaurante do hotel, que era um dos melhores da cidade, e tentou manipulá-la com vinho e o prato de caranguejo crab cake. É claro, uma vez que estava amamentando, ela teve de recusar o vinho, mas o caranguejo estava delicioso. Principalmente porque ele a deixou comer em paz. Assim que o garçom levou o café e eles escolheram a sobremesa, todavia, o interrogatório começou:
- Como foi à gravidez? - perguntou ele, indo diretamente ao ponto, como sempre. Anahi suspirou, aliviada que ele estava começando com uma pergunta fácil, em vez de com acusações.
- Foi típica, eu acho - respondeu ela. - Não houve complicações, e mesmo os enjôos matinais não foram tão ruins. Eles não se limitavam às manhãs, o que fazia abrir a padaria e trabalhar 12 horas por dia ser uma aventura. - acrescentou com uma risada.
- Mas não foi tão terrível quanto eu esperava. Depois, poncho quis saber cada detalhe do nascimento de Alan . Data, hora, peso, altura, quanto tempo o parto tinha durado...
- Eu deveria ter estado lá -
- murmurou ele suavemente, olhando para a mesa. Então, ergueu os olhos para ela. - Eu merecia estar lá. Para vivenciar tudo. Anahi se preparou para o ataque, para receber toda raiva e ressentimento que sabia que ele estava sentindo... E que ela provavelmente merecia. Mas em vez disso, poncho murmurou:
- Por mais que isso me incomode, não há como voltar no tempo, e só podemos seguir em frente. Então, aqui vai à oferta de um acordo, Anahi. Os olhos verdes a encararam com determinação.
- Agora que sei sobre Alan, quero participar de tudo. Ficarei aqui por um tempo, até que você se acostume com essa idéia. Até que eu pegue o jeito de ser pai e ele comece a me reconhecer como tal. Mas depois disso irei querer levá-lo para casa. E com aquilo, Anahi enrijeceu, fechando os dedos ao redor da xícara de café.
- Isso não é uma ameaça - acrescentou ele, obviamente notando a tensão dela.
- Não estou dizendo que quero levá-lo para Pittsburgh para sempre. Honestamente, ainda não sei como resolveremos essa questão, mas podemos deixar para mais tarde. Só estou falando sobre uma visita, de modo que eu possa apresentá-lo para minha família, informar minha mãe que ela tem outro neto. Oh, Ruth adoraria isso, pensou Anahi com sarcasmo. Ficaria radiante com outro neto, especialmente outro menino para carregar o sobrenome herrera. Mas a mãe de seu neto era outra história... E a mãe de poncho ficaria feliz com Anahi fora de cena. - E se eu não concordar? Com nada disso? Uma sobrancelha escura se arqueou.
- Então, eu serei forçado a ameaçar, suponho. Mas é essa a direção que você quer tomar? Tenho sido bastante amigável sobre toda a situação até agora, embora nós dois saibamos que tenho motivos suficientes para estar furioso. Dando um gole de seu café, poncho inclinou a cabeça de lado, parecendo muito mais calmo do que ela se sentia.
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bebê secreto (adptada) aya
RomanceMentiras embaladas por canções de ninar. Cara a cara novamente com sua ex-mulher, o milionário Alfonso herrera tem uma surpresa eletrizante além do choque da atração que ainda sente por ela: descobre que é pai. Anahi ficara grávida quando se divorci...