Antes que ela pudesse interromper, poncho continuou:
- Você arruma suas malas e as malas de Alan e voltamos os três para Pittsburgh, ou você pode me dar uma desculpa para ficar aqui. Mas de qualquer forma, eu ficarei com meu filho. Anahi queria tirar Alan dos braços de poncho e sair correndo. Encontrar um lugar para se esconder com seu bebê, até que ele perdesse o interesse e voltasse para o lugar de onde viera. Mas conhecia seu ex-marido, e sabia que ele preferiria parar de respirar a abandonar seu filho. Para qualquer lugar que ela fosse, ele a encontraria. Então, era melhor poupar tempo e trabalho, e enfrentar a situação. Uma situação que ela mesma havia criado. Também estivera disposta a lhe contar sobre a gravidez assim que descobrira. Apenas porque as coisas não tinham saído como o planejado não significava que Anahi desprezaria seus valores morais agora. Mas também não significava que estava pronta para arrumar as malas e segui-lo para Pittsburgh como um cãozinho perdido. Possuía uma vida em Summerville. Família, amigos, um negócio para administrar. Por outro lado, o pensamento de Poncho ficando em Summerville fazia seu coração palpitar de medo. Como ela poderia tê-lo sob o mesmo teto... Na padaria, e talvez até mesmo morando com eles na casa de tia Helen?
- Não posso voltar para Pittsburgh - declarou Anahi, fingindo que a visão de poncho segurando o filho deles naqueles braços grandes e fortes não mexia com ela. - Certo. - A expressão dele era resoluta. - Então, suponho que irei me mudar para cá. Oh, não, aquilo era pior ainda. O peito de Anahi se apertou com pânico.
- Você não pode ficar aqui para sempre - argumentou ela.
- E quanto a sua companhia? Sua família? - Minha sanidade?
- Não será para sempre - respondeu ele. Parecendo mais relutante do que ela já o vira, poncho devolveu-lhe Alan , cuidando para não acordá-lo. Então tirou um celular do bolso do paletó.
- Mas se você acha que qualquer coisa... Como a companhia ou minha família... É mais importante do que estar aqui com meu filho agora, está louca. Tenho condições de me afastar por algumas semanas, apenas preciso me certificar de que todos saibam onde estou, e posso manter as coisas funcionando tranquilamente em minha ausência. Com isso, ele virou-se e foi em direção à escada que levava à padaria, discando no celular enquanto andava. Anahi olhou para seu filho adormecido e sentiu lágrimas inundarem seus olhos. - Oh, bebê - sussurrou ela, beijando-lhe a testa.
- Nós estamos com um grande problema. Ter poncho se ―mudando para Summerville fazia Anahi se sentir como quando o conhecera pela primeira vez. Na época, ela servia mesas num restaurante perto do campus universitário para poder pagar a faculdade. Poncho estudava com o dinheiro do pai, e passava o tempo livre jogando futebol ou indo a festas. Ele tinha entrado no restaurante uma noite, com um grupo de amigos, todos parecendo modelos masculinos para algum perfume caro. Anahi lhes servira panquecas e ovos, e, apesar de tê-lo notado, não pensara muito sobre aquilo. Por que deveria, quando ele era apenas um de centenas de diferentes clientes que ela atendia todos os dias? Mas, então, ele havia aparecido novamente. Sentado em sua seção novamente. Às vezes com amigos, outras vezes, sozinho. Ele lhe sorria, deixava gorjetas muito generosas e conversava com ela. Não levou muito tempo para que Anahi percebesse que, de pedacinho em pedacinho, lhe contara toda a história de sua vida em poucas semanas. Finalmente, poncho a convidara para sair, e ela estivera muito enamorada para negar. Já meio apaixonada e sentindo-se de pernas para o ar. Sensações parecidas com as que ela experimentava agora. Choque, confusão, trepidação... Ele era uma força a ser reconhecida, muito semelhante a um desastre natural. Poncho era um tomado, um terremoto, virando sua vida de ponta-cabeça. Durante a hora seguinte, ele contatou todos que precisava contatar em Pittsburgh, avisando que ficaria em Summerville por tempo indeterminado, e delegando o comando da Corporação herrera para pessoas de sua confiança, até segunda ordem. Pelo que Anahi sabia, contudo, ele não explicou por que ficaria um tempo longe. Ela o ouvira ao telefone com o irmão, mas poncho dissera que o negócio no qual estava pensando em investir parecia promissor, e que ele precisava ficar mais tempo para estudar as premissas e finanças do estabelecimento. Guardar o verdadeiro motivo para si mesmo era provavelmente uma atitude sábia, admitiu ela com relutância. Sem dúvida, se Ruth Herrera soubesse que seu filho amado tinha um filho com a terrível ex-esposa, ela teria um ataque de proporções épicas e começaria á bolar planos para envolver Poncho e Alan no círculo de sua influência.
Mas não Anahi . Ruth bolaria planos para impedir que Anahi reentrasse na vida do filho. Anahi imaginava que, enquanto Poncho tivera certeza que era pai de Alan, a mãe dele insistiria num exame de DNA o mais brevemente possível. Rezaria por um resultado que provasse que Alan era filho de outro homem, é claro, deixando poncho livre. Livre de Anahi, e livre para se casar com outra mulher. Uma mulher que Ruth não apenas aprovasse, mas que provavelmente escolhesse. Todavia, ela não disse nada daquilo para poncho. Ele não sabia como Ruth tinha sido horrível com Anahi quando eles estavam casados, e não havia motivo para saber agora.
- Pronto — murmurou ele, entrando na cozinha pela porta vaivém, onde ela e tia Helen estavam ocupadas. Guardou o celular no bolso, então removeu o paletó.
- Isso deve me garantir algumas semanas de liberdade, antes que o lugar comece a desmoronar, e eles enviem um batalhão de busca atrás de mim. Tia Helen estava com farinha até os cotovelos, mas seus sentimentos sobre a estadia de poncho na cidadezinha estavam claros nos olhos estreitos e na força que ela usava para misturar a bola de massa à sua frente. Ela não gostava nem um pouco daquilo, mas, como Anahi lhe dissera enquanto Poncho dava telefonemas, elas não possuíam escolha. Ou poncho ficava lá até conseguir o que queria, ou ele arrastaria Anahi e Alan de volta para Pittsburgh. Ela considerara uma terceira opção... Enviá-lo sozinho de volta para Pittsburgh... Mas sabia que isso somente causaria problemas e hostilidade. Se recusasse que poncho passasse tempo com o filho, numa cidade ou em outra, seu ex-marido usaria os milhões e a influência da família para garantir acesso ao filho. E o que isso significava? Uma terrível batalha por custódia. Anahi era uma boa mãe, então, sabia que poncho não poderia lhe tirar Alan baseando-se nisso. Mas o dinheiro e influência dos Herrera seriam levados em conta, e Ruth era capaz de subornar, chantagear ou inventar uma série de histórias para pintar Anahi da forma mais negativa possível. Não, se houvesse um jeito de evitar uma briga na justiça, ou qualquer animosidade com poncho, então Anahi tentaria. Mesmo se isso significasse deixar seu ex-marido entrar em sua vida novamente - em seus negócios, e possivelmente em sua casa
- por um período indeterminado de tempo. Acabando de preencher uma bandeja com brownies de tartaruga, Anahi limpou as mãos num pano de prato.
- E quanto às suas coisas? - perguntou ela. - Você não precisa ir para casa e coletar seus itens pessoais?
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bebê secreto (adptada) aya
RomansaMentiras embaladas por canções de ninar. Cara a cara novamente com sua ex-mulher, o milionário Alfonso herrera tem uma surpresa eletrizante além do choque da atração que ainda sente por ela: descobre que é pai. Anahi ficara grávida quando se divorci...