Anahi deu de ombros.
- Eu precisava fazer alguma coisa. Nada me restava em Pittsburgh, e eu logo teria um filho para sustentar.
- Você poderia ter me procurado - disse ele, mal conseguindo esconder a raiva e o desapontamento da voz.
- Eu teria cuidado de você e do meu filho... E você sabe disso, Anahi. Ela o fitou por um momento, a expressão inescrutável. - Eu não queria que você cuidasse de nós. Não por pena ou responsabilidade. Estávamos divorciados. Já tínhamos dito tudo que tínhamos a dizer e seguido caminhos separados. Eu não ia nos colocar de volta numa posição que não queríamos estar, apenas porque engravidei na hora errada.
- Então você veio para cá. Ela assentiu. - Tia Helen estava morando aqui havia poucos anos. Mudou-se para cá com a irmã quando tia Clara ficou doente. Depois que ela morreu, tia Helen falou que a casa era muito grande para uma única pessoa e que gostaria de companhia. Infelizmente, ela nunca encontrou um problema que não pudesse ser resolvido... Ou pelo menos amenizado... Com comida, então Helen cozinhava e eu comia. Até que um dia, tive a brilhante idéia de abrirmos uma padaria juntas. As receitas de minha tia são incríveis, e eu também sempre fui habilidosa na cozinha.
- Bom para você - observou poncho. E falava com sinceridade. Doía perceber que ele nunca soubera dos talentos de sua esposa, ou que ela preferira ir morar com a tia numa comunidade rural a procurá-lo quando descobrira que estava grávida. Mesmo se reconciliação não tivesse sido possível, ele a teria estabelecido numa casa ou apartamento, algum lugar onde pudesse visitar e passar o máximo de tempo possível com seu filho. Ele poderia ter lhe dado uma vida muito mais confortável do que qualquer padaria - por mais bem-sucedida que fosse - lhe ofereceria numa área rural. Mas, então, Anahi sabia disso, não sabia? Tinha total consciência da situação financeira dele. Enquanto eles estavam casados, se ela tivesse lhe pedido uma ilha particular no paraíso, ele poderia ter comprado com a facilidade com que a maioria das pessoas comprava um pacote de balas. Motivo pelo qual ela provavelmente escolhera mudar-se e conseguir se sustentar sozinha. O dinheiro dele nunca a impressionara. Oh, Anahi apreciara as duas semanas de lua de mel nas ilhas gregas, mas nunca quisera jóias inestimáveis ou um avião particular, nem mesmo um cartão de crédito sem limite para compras. Quando eles haviam se casado, ela não quisera se mudar para sua casa de família, embora o irmão de Poncho e a família residissem lá, e a propriedade fosse grande o bastante para acomodar doze famílias com conforto. Possivelmente sem que as famílias entrassem em contato umas com as outras por longos períodos de cada vez. A Mansão herrera era do tamanho de seis campos de futebol com alas separadas, assim como com três chalés isolados nos arredores de seus duzentos acres. Mas Anahi quisera encontrar um apartamento só para eles na cidade, dizendo que talvez pudessem se mudar para uma casa quando as crianças chegassem. Poncho imaginou agora se não deveria ter aceitado aquela idéia. Na época, ficar na mansão tinha sido fácil, conveniente. Acreditara que esse seria o jeito mais rápido de fazer Anahi se unir com sua família e começar a se sentir uma verdadeira herrera. Agora, todavia... Começava a pensar que tomara muitas decisões erradas enquanto eles estavam juntos. Depois de bater nas costas do bebê por uns cinco minutos - para fazê-lo arrotar, poncho supunha - Anahi andou até o berço e começou a inclinar-se, presumivelmente para acomodar Alan para o resto de sua soneca.
- Espere - disse poncho, estendendo uma das mãos e dando um passo à frente.
- Posso segurá-lo? Ela olhou para a criança adormecida em seus braços, a fisionomia indecisa.- Se isso não for acordá-lo - acrescentou ele. Levantando a cabeça, Anahi encontrou-lhe o olhar. Não era medo de acordar o bebê que lhe causava hesitação, Alfonso percebeu - era medo de tê-lo perto do filho deles, de compartilhar uma criança que tinha sido só sua até agora. Sem mencionar um segredo que ela não tivera intenção de compartilhar, mas que fora inesperadamente revelado, de qualquer forma. Finalmente, com um suspiro, Anahi pareceu tomar uma decisão.
- É claro - respondeu ela, as palavras soando muito mais cordatas do que ela se sentia, ele tinha certeza. Cuidadosamente, transferiu o bebê de seus braços para os de poncho. A última criança que poncho segurara daquele tamanho devia ter sido sua sobrinha, que agora estava com três anos. Porém, por mais adoráveis que os filhos de seu irmão fossem, por mais que ele os amasse nada se comparava à sensação de aninhar seu próprio filho contra o peito. Ele era tão pequenino, tão lindo, e dormia tão pacificamente. Poncho estudou cada feição minúscula, desde os poucos cabelinhos levemente dourados até a pele sedosa e os pequenos dedos que se abriam e fechavam sobre o queixinho. Tentou imaginar a aparência de Alan no dia de seu nascimento... Seu primeiro dia em casa chegando do hospital... Como Anahi tinha ficado com uma grande barriga e iluminada pela gravidez. Tentou e fracassou, porque não estivera lá. Uma onda de irritação o fez unir as sobrancelhas, e ele soube que não poderia ir embora de Summerville sem seu filho, sem passar mais tempo com ele e ouvir cada detalhe dos meses que perdera da vida de seu bebê. Voltando sua atenção para Anahi, murmurou:
- Parece que temos um problema aqui. Eu fui deixado de fora, e agora preciso recuperar o que perdi. Então, eu lhe darei duas escolhas.
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bebê secreto (adptada) aya
RomanceMentiras embaladas por canções de ninar. Cara a cara novamente com sua ex-mulher, o milionário Alfonso herrera tem uma surpresa eletrizante além do choque da atração que ainda sente por ela: descobre que é pai. Anahi ficara grávida quando se divorci...