- Isso é diferente - disse ela. Poncho inclinou a cabeça.
- A maneira que você se sente sobre isso não muda os fatos - murmurou ele lentamente. - Ficarei em Summerville,
conhecendo meu filho e compensando pelo tempo perdido, por diversas semanas, no mínimo. Você pode tirar vantagem disso... E em minha disposição de investir dinheiro em sua padaria. Saindo da cama, ele foi parar na frente dela, segurando-lhe os ombros, o calor das mãos másculas penetrando os poros de Anahi.
- Pense sobre isso, Any - sussurrou ele. Os olhos, verdes como musgo de verão, prenderam os seus.
- Use a cabeça aqui, em vez de seu orgulho teimoso. A mulher de negócios inteligente sabe que eu estou certo, sabe que você seria louca se perdesse essa oportunidade. Mesmo que tal oportunidade venha de seu ex-marido desprezível. Ele falou a última sentença com uma piscadela e um sorriso auto depreciativo nos lábios sexies. Foi aquela piscadela, e o fato que poncho sabia que ela não o queria por perto, mas aparentemente estava usando isso contra ela que fez Anahi parar para pensar, como ele sugerira. Pensar na oferta de poncho de maneira lógica e racional. Pesar suas opções. Pesar seu desejo de expandir a padaria e aceitar uma infusão de dinheiro e apoio contra seu desejo de manter Alan para si, mesma, manter quilômetros de distância entre ela e Alfonso figurativa e literalmente. E manter controle completo sobre seus negócios, em vez de compartilhá-lo com uma terceira parte que talvez não estivesse tão comprometido com o sucesso do negócio quanto, Anahi e sua tia estavam. Ou pior, com alguém que tinha o poder de destruir seus negócios e a ela diante da menor provocação. E haveria provocação, não haveria? Alfonso sempre falaria que ela escondera primeiro a gravidez, depois a existência de Alan , dele. Por tudo que Anahi sabia, ele poderia estar escondendo seus verdadeiros sentimentos, sendo gentil e generoso num esforço de induzi-la a uma falsa sensação de segurança. Então, no minuto que ela concordasse em ser sua sócia na padaria e para fazer parte da vida de Alan , poncho lhe tiraria tudo. Sua padaria, sua segurança, seu filho. Mas ela realmente acreditava nisso? Apesar da amargura envolvida em ambas as partes do divórcio, Alfonso nunca fora uma pessoa cruel. Não tentara machucá-la, não usara sua influência poderosa ou a fortuna da família para deixá-la destituída. Graças ao acordo pré-nupcial no qual a mãe de Alfonso insistira antes do casamento deles, Anahi saíra do casamento praticamente com o mesmo que entrara, mas tinha ciência de que poderia ter sido pior. Algumas mulheres se casavam com homens extremamente ricos e, quando pediam o divórcio, eram colocadas na rua com a roupa do corpo, às vezes até mesmo com os filhos. Alfonso não era esse tipo de homem. Possuía uma personalidade reservada, preferindo fúria silenciosa a ataques de ira. A resposta dele aos conflitos maritais sempre tinham sido se fechar no escritório e trabalhar longas horas, o que os afastava ainda mais. Alfonso também era o homem mais honesto que ela conhecia. Ele separaria o relacionamento atual deles em compartimentos. Qualquer coisa que envolvesse Alan seria pessoal, e ele lidaria com Anahi num nível pessoal, de pai para mãe. Qualquer coisa que envolvesse a padaria seria tratada como assunto profissional. Se Alfonso saísse da sociedade em Doce Cabana, seriam apenas seus laços profissionais e seu dinheiro que o acompanhariam, não seu amor por Alan ou sua determinação de estar na vida do filho. Por outro lado, se eles estivessem em divergência sobre alguma coisa que dizia respeito a Alan, ele não tiraria seu apoio financeiro da padaria apenas para tomar sua vida miserável. Infelizmente, Anahi nunca fora boa em manter seu trabalho e vida pessoal separados. Amava Doce Cabana que era parte sua construída de sangue, suor, lágrimas, e, acima de tudo, de coração. Se alguma coisa acontecesse e ela precisasse fechar as portas, uma grande parte sua morreria com o estabelecimento. Todavia, até mesmo mais importante que isso, e definitivamente o que possuía uma parte muito maior de seu coração e alma, era Alan. Ela demoliria Doce Cabana se isso significasse ter seu bebê feliz e seguro. E para o bem e para o mal, Alfonso era pai de Alan, uma parte do seu filho. Ele também era provavelmente o único investidor que estava disposto a colocar uma boa soma de dinheiro na padaria, e que parecia acreditar que suas idéias de expansão tinham mérito. Depois de tanta reflexão, e de todos aqueles momentos de silêncio, Anahi não seguiu sua cabeça nem seu coração. Seguiu sua intuição.
- Tudo bem - ela falou para poncho, as palavras parecendo se rasgar de uma garganta apertada pela luta interna. Mas não quero sua caridade. Se vamos fazer isso, então quero que seja completamente oficial e transparente. Pediremos que Christian redija os papéis de investimento, ou faça um documento legal, dizendo que eu pagarei o empréstimo, ou qualquer coisa que normalmente é feita nesses casos. Poncho sorriu, o tipo de sorriso que um pai oferece para uma criança rebelde, quase como se estivesse se preparando para atender a um capricho seu.
- Certo. Eu ligarei para Christian pela manhã e cuidarei disso. Anahi assentiu ainda relutante, ainda incerta. Intuição ou não, concordar em deixar Alfonso se tomar sócio da padaria que ela possuía com sua tia ainda a deixava desconfortável.
- Bem, fim do assunto negócios. Cuidaremos dos detalhes amanhã disse ele. Então deslizou as mãos ao longo dos braços desnudos dela e sussurrou:
- Agora, vamos a algo um pouco mais pessoal.
VOCÊ ESTÁ LENDO
bebê secreto (adptada) aya
RomanceMentiras embaladas por canções de ninar. Cara a cara novamente com sua ex-mulher, o milionário Alfonso herrera tem uma surpresa eletrizante além do choque da atração que ainda sente por ela: descobre que é pai. Anahi ficara grávida quando se divorci...