Dois anos depois... Alfonso andava ao longo da calçada da avenida principal de Summerville, acenando para amigos enquanto passava. E estava assobiando, pelo amor de Deus. Nunca tivera o hábito de assobiar, mas ultimamente se pegava fazendo isso cada vez com mais freqüência. O que provava que a vida numa cidade pequena não era tão tediosa ou restrita quanto um dia acreditara. Na verdade, ele gostava de lá. É claro, sua felicidade atual não tinha tanto a ver com o lugar onde estava vivendo, e mais com como estava vivendo... E com quem. Erguendo Alan mais alto no quadril, ele continuou assobiando, e sorriu da risadinha de seu filho. Alan estava usando calça jeans, uma camiseta com o logotipo de Doce Cabana na frente e pequenos tênis amarelos. A mercadoria de Doce Cabana tinha sido idéia de poncho, e se tornara sucesso imediato. Além das delícias da padaria, eles agora vendiam camisetas, moletons, roupas de bebê, canecas de café e até mesmo porta-chaves. Em sua opinião, essa era a melhor propaganda que Anahi podia conseguir, além da eficiente propaganda boca a boca. Os tênis eram porque Alan estava andando agora, e porque começava a querer se vestir mais como o pai. O coração de poncho se alegrou com o pensamento, e ele apertou mais o filho em sua lateral.
- Nós iremos ver mamãe - ele falou para o garotinho, então acrescentou: - Talvez ela lhe dê um cookie.
- Cookie! - gritou Alan do topo de seus pulmões, levantando os braços e batendo palmas acima de sua cabeça. Poncho riu, imaginando em que encrenca se meteria quando Anahi descobrisse que ele estava prometendo açúcar para o filho logo no começo da manhã. Mas, então, ela administrava uma padaria, portanto, não deveria se surpreender. Cookie havia sido a primeira palavra de Alan... Seguida por mamãe, papai e bolo. Chegando à frente de vidro de Doce Cabana, ele abriu a porta para o lado de distribuição da padaria. Anahi estava atrás do balcão, mas assim que os viu, sorriu e começou a se aproximar. Os cabelos castanhos, mais longos agora, estavam presos num rabo de cavalo frouxo, e um avental branco de Doce Cabana cobria a frente de sua blusa e shorts. - Cookie! - exclamou Alan, se contorcendo para ser colocado no chão. Anahi arqueou uma sobrancelha.
- Idéia dele, eu tenho certeza.
- É claro - replicou poncho. - Mas, então, o que você espera quando a mãe dele é dona da melhor padaria do estado? Tem sorte por ele não pedir doces de manhã, de tarde e de noite.
- Ele pede, mas isso não significa que irá recebê-los todas às vezes - a respondeu. Inclinando-se, Anahi beijou o rosto de Alan, passando os dedos nos cabelinhos dourados dele. Quando se ergueu na ponta dos pés para beijar poncho, também, ele rodeou-lhe a cintura com o braço livre e beijou-a de maneira muito mais longa e profunda. Preso entre os dois, Alan riu ao ver os lábios de ambos unidos, então começou a dar tapinhas nos rostos dos pais com suas pequenas mãos. Eles se separaram, e Anahi riu, enrubescendo. Poncho, todavia, não estava nem um pouco constrangido; estava ocupado calculando quantas horas levariam antes que eles pudessem fechar a padaria e ele pudesse convencê-la a ir para cama mais cedo. Muitas horas, infelizmente.
- Tenho uma surpresa para você - disse poncho quando ela voltou para trás do balcão. Observou Anahi tirando o avental, então enfiando a mão num pote de plástico, onde guardava cookies para Alan. Dando a volta no balcão mais uma vez, ela entregou o cookie a Alan, e poncho o sentou num dos balcões altos para comer, permanecendo perto o bastante para impedi-lo de cair. Sem o avental, os quatro meses de gravidez de Anahi eram muito mais notáveis. E, como toda vez que via o volume do pequeno bebê, seu peito se encheu de amor e orgulho, e com alívio de saber que ele não a deixara fugir. Apesar da suspeita, ela não estava grávida quando eles haviam partido da casa de sua família. Em vez disso, tiveram tempo para se instalar em Summerville e se ajustar à situação de viverem juntos novamente. Não que houvera necessidade de muitos ajustes, não de sua parte, pelo menos. Eles tinham comprado uma casa grande na cidade. Uma que fora construída anos antes por um homem de negócios rico que decidira se mudar para a cidade grande depois que se divorciara da esposa. Era menor do que Alfonso estava acostumado, mas incrivelmente grande e impressionante para a região. Também tinha muito espaço para a família que crescia, com jardim e uma grande área ao ar livre para Alan e seu futuro irmão ou irmã brincarem. Eles também haviam se casado novamente. No civil, dessa vez, com o mínimo de confusão e tumulto. Somente Helen estivera presente como testemunha e madrinha de Anahi. Alfonso acreditava que Helen poderia vir a gostar dele, mas sabia que teria de se provar digno das afeições da sobrinha dela, antes que pudesse recuperar a confiança da mulher. Depois de tudo pelo que eles tinham passado, foi fácil concordar que outro grande casamento não era necessário. Eles só queriam estar junto novamente, desfazer o divórcio que ambos desejavam que nunca tivesse acontecido, em primeiro lugar. Então, haviam discutido a idéia de ter outro filho. Um com o qual ele estaria envolvido desde o começo.
- Então - incentivou Anahi. - Qual é a minha surpresa? - Ela inclinou a cabeça e deu-lhe um sorriso travesso, e poncho não pôde resistir beijar-lhe os lábios. Afastando-se muito antes do que teria desejado, enfiou uma das mãos no bolso traseiro de sua calça cáqui e tirou um catálogo colorido dobrado. Abriu-o e estendeu-o para que ela visse.
- Oh, meu Deus! - Com um gritinho de prazer, Anahi agarrou o catálogo, estudando capa e contracapa, então folheando as páginas.
- Não acredito que está finalmente pronto. Está maravilhoso! Era o primeiro catálogo de vendas de Doce Cabana, mas poncho sinceramente esperava que fosse o último. Desde que deixara Pittsburgh, ele se jogara de corpo e alma na tarefa de ajudar Anahi a construir seu negócio. Ainda ia à cidade grande ocasionalmente, cuidar de assuntos da Corporação Herrera, mas estava contente em deixar seu irmão lidar com a administração diária da companhia e com outras ações da família. Em adição ao projeto do catálogo, ele criara uma web site para a padaria, e estava procurando espaços para alugar em outras cidades da região, com a intenção de abrir mais padarias Doce Cabana em diversos locais.
- Tenho mais notícias boas - disse ele enquanto ela continuava, admirando as páginas do catálogo.
- O quê? - perguntou ela, levantando a cabeça, e parecendo positivamente eufórica. Poncho sorriu.
- Oscar e eu finalizamos um acordo esta manhã para abrir uma padaria Doce Cabana no saguão do prédio da Corporação herrera. Alfonso esperava que ela gritasse de alegria e jogasse os braços ao redor de seu pescoço, mas, em vez disso, Anahi ficou quieta, estudando-o.
- Qual é o problema? - perguntou ele. - Pensei que você ficaria feliz com isso. Ela assentiu.
- Eu estou. Tudo que você tem feito é maravilhoso... Muito mais do que tia Helen e eu poderíamos ter sonhado.
- Mas...?
- Mas eu me preocupo com o que sua mãe vai pensar de você e Oscar trabalhando juntos para colocar meu negócio no saguão na matriz da companhia de sua família. E se nós realmente voltarmos para a cidade um dia desses, como temos discutido... Anahi parou, e ele pôde ver as dúvidas estampadas no rosto dela.
- Minha mãe já sabe. Ela abriu a boca, em choque. Segundo Oscar, ela tem perguntado sobre nós com freqüência, e ele a vem atualizando. Eu não quero lhe dar esperanças, mas Oscar parece pensar que nossa mãe quer fazer as pazes conosco. Anahi bufou com incredulidade, e ele riu.
- Certo, então ela nunca será o tipo de mãe ou avó que assa bolos e conta histórias, mas acho que o fato de eu ter ido embora e cortado-a de nossas vidas por um tempo mostrou a ela que minha devoção por você é muito séria. Você é minha esposa, e não permitirei que nada ou ninguém a machuque ou se coloque entre nós novamente. Nem mesmo a mulher que me pôs no mundo. Aproximando-se, Anahi descansou as mãos, e então a cabeça, no peito dele. - Você se arrepende de ter brigado com sua mãe? - perguntou ela contra sua camisa. Segurando-lhe o rosto nas mãos, ele inclinou-lhe o queixo e encontrou os olhos azuis.
- Nem um pouquinho. Nem mesmo pense uma coisa dessas, certo? Você e Alan e este pequeno ser que cresce aqui - poncho pressionou uma mão na barriga dela, são tudo que me importa. Eu não fechei a porta para reconstruir um relacionamento com minha mãe, mas não trocaria a vida que tenho agora com vocês três por nada nesse mundo. Você entende? Após um momento, Anahi assentiu, e ele fitou-lhe os olhos até ter certeza que ela acreditava em suas palavras. - Ótimo. Então vou limpar nosso pequeno devorador de cookies enquanto você vai mostrar o novo catálogo para sua tia. Esperançosamente, isso á deixará bem-humorada o bastante para que eu possa pedir-lhe que fique com Alan esta tarde.
- Por quê? - perguntou Anahi. Ele deu um sorriso travesso e inclinou-se para lhe beijar os lábios.
- Porque estou com vontade de alguma coisa doce. Inclinando a cabeça para um lado, ela estreitou os olhos, dando-lhe um olhar sedutor.
- Bem, esta é uma padaria. Doces estão por toda parte. Poncho gemeu baixinho e quase lhe disse quanta sorte ela possuía por Alan estar presente e pelos vidros do chão ao teto na frente da padaria. Do contrário, ele a ergueria sobre um dos balcões e a tomaria ali e agora.
- O que eu quero não está no cardápio.
-Então, você tem um pedido especial? - perguntou ela, batendo os cílios. Ele assentiu a boca se tornando muito seca para que respondesse.
- Para sua sorte, e graças ao meu marido muito astuto para fazer negócios, nós estamos prontas para receber pedidos especiais agora. Mas talvez você tenha de pagar uma taxa extra para entrega. Sorrindo, poncho sussurrou:
- Isso não será problema. Caso você não tenha ouvido falar, eu sou rico. Ela sorriu e envolveu os braços ao redor do pescoço dele.
- Eu também - sussurrou Anahi E nenhum deles estava falando sobre sua conta bancária.Fim.
N
otas finais :
Bom pessoal a história chegou ao fim
Espero que tenham gostado , agradeço a todos que leram deixaram seus comentários e estrelinhas , em breve prometo trazer novas histórias. Aproveitando queria divulgar a web da minha amiga Taty-aya que se chama algemas de diamante. Também e uma adaptação muito boa recomendo vocês vão adorar. bom e isso galera até breve bjs 😘❤️
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bebê secreto (adptada) aya
RomanceMentiras embaladas por canções de ninar. Cara a cara novamente com sua ex-mulher, o milionário Alfonso herrera tem uma surpresa eletrizante além do choque da atração que ainda sente por ela: descobre que é pai. Anahi ficara grávida quando se divorci...