capítulo 23

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-  Sim.  O  proprietário  sabe  que  estou  interessada  em  alugar  o  espaço,  e  às  vezes me  deixa  usá-lo  para  estocar  algumas  mercadorias.  Além  disso,  posso  mostrar  a  casa  a outros  clientes  interessados  se  ele não  estiver  disponível.
-  Ótimo  -  replicou poncho.
  -  Vou precisar  da chave.
-  Por  quê? - 
- Para  deixar  aqueles  sujeitos  entrarem  -  respondeu  ele,  inclinando  a  cabeça  na direção  do  vidro  e  da  rua  adiante.  A  menos  que  você  queira  que  eles  entrem  pela  sua padaria e arrastem  toda a sujeira e  equipamento  para lá. Seguindo-lhe  o  olhar,  Anahi piscou,  somente  agora  notando  que  a  calçada  do lado  de  fora  estava  repleta  de  homens  em  jeans  e  camisetas,  descarregando  caixas grandes,  cavalete  para  serrar  madeira,  pranchas  de  madeira  e  várias  ferramentas  de cortar  da caçamba  de  uma caminhonete  parada na  esquina.
-  Quem  são eles? -  Sua equipe  de  marceneiros. Ela o  olhou com  expressão interrogativa, e  ele explicou:
-  Eles  estão  aqui  para  limpar  o  lugar  e  começar  a  montar  suas  prateleiras  e balcões.
-  O  quê? Por  quê? A  expressão  de  seu ex-marido  passou de  divertida para exasperada.
-  É  tudo  parte  do  plano  de  expansão,  lembra?  Precisamos  reformar  essa  parte  da casa para a  distribuição de  vendas  por  catálogo  de  Doce Cabana, e  para aquela  coisa do Cookie  do  Mês  que  você  tem  em  mente. Anahi olhou  de poncho para  os  trabalhadores  do  lado  de  fora,  então  de  volta para Poncho .
-  Não  entendo  -  disse  ela,  meneando  a  cabeça. Eu  não  os  contratei.  Eles  não podem  começar  a  trabalhar  aqui,  porque  ainda  não  aluguei  o  espaço.  Não  tenho  o dinheiro. Poncho suspirou.
-  Por  que  acha  que  estou  aqui,  Anahi?  A  parte  por  querer  passar  tempo  com Alan. Não se  lembra  do  que  discutimos  ontem  à noite? Ela se  lembrava da noite anterior. Vividamente.  E  lembrava-se  da  declaração final de  que Poncho não  tinha  usado  preservativo,  e  que  ela  podia  estar  grávida  de  um  filho dele.  De  novo.  O  resto  era  um  pouco  nebuloso,  principalmente  nesse  momento  em particular. Um  dos  trabalhadores  se  aproximou  da  porta.  Poncho  gesticulou  com  a  mão, indicando  que  precisava  de  mais  alguns  instantes,  e  o  homem  assentiu,  voltando  para  a caminhonete.
-  Ouça,  já  está  tudo  resolvido  -  murmurou  Poncho.  Falei  com  o  proprietário  da casa  sobre  as  modificações  que  queremos  fazer.  O  espaço  será  alugado  em  seu  nome, e  parte  do  acordo  incluirá  permissão  para  fazermos  as  mudanças  que  se  adequarem melhor  aos  nossos  negócios. Christian está  preparando  a  papelada,  e  entregará  os contratos  hoje.  Pedi  que  ele  me  conseguisse  uma  cópia  da  chave  com  o  proprietário, mas  por enquanto,  preciso  da que você  tem. -  Mas...  Se  Christian ainda  não  falou  com  Sr. Albert,  como  você  sabe  que  ele  irá concordar  em  nos  deixar...  Em  me  deixar...  Alugar  esse  espaço? Os  olhos  verde-mel brilharam  com  segurança.
-  Any -  disse  ele  lentamente,  como  se  estivesse  conversando  com  uma criança. 
-  Isso  já  está  resolvido.  A  casa  está  para  alugar,  pedi  que  Christian  a  alugasse.  O que mais você  precisa  saber? Ela estava finalmente  entendendo.
-  Deixe-me  adivinhar Dinheiro  não  é  objeção  -  ela  imitou  uma  voz  masculina baixa,  supostamente  a  dele. 
-  Você  disse  a  Christian o  que  queria...  Sem  limites  do  quanto estava  disposto  a  gastar...  E  nós  estamos  deixando  Christian fazer  qualquer  coisa  que  for necessária para conseguir  o  que  você  quer. Liberando-lhe  o  cotovelo,  Poncho  pôs  as  mãos  nos  quadris,  dando  um  suspiro frustrado.
-  O  que há de  errado  com  isso? Anahi desejou  que  não  se  importasse  por  ele  estar  usando  riqueza  e  prestígio para ajudá-la em  seus  negócios,  e  ajudar  a  padaria se  tornar  um  sucesso  ainda maior. Houvera uma  época em  que  esse  tipo  de  poder e  confiança a  teria impressionado.   Agora, todavia,  somente  á  deixava nervosa.
-  Não  quero  ficar  em  débito  com  você, poncho  -  murmurou  ela,  honestamente. Não  quero  lhe  dever  nada,  ou  saber  que  Doce  Cabana  só  expandiu  e  se  tornou  um sucesso  porque  você  chegou à cidade  e  salvou o  dia com  a fortuna da família herrera.
-  Por  que  importa  de  onde  vem  o  capital,  Anahi?  O  importante  é  que  você  está conseguindo  seu  espaço  adicional  e  iniciando  vendas  por  catálogo. Meneando  a cabeça,  ela cruzou os  braços  abaixo  dos  seios  e  deu  um  passo  atrás.
-  Você  não  entende.  Isso  importa,  porque  se  você  fica  dando  cheques  por  aqui  e sendo  arrogante  comigo  e  com  todos  na  cidade,  então  a  padaria  já  não  é  mais  o  meu negócio  próprio,  e  sim  mais  uma  aquisição  insignificante  para  a  multimilionária Corporação herrera. Poncho cruzou  os  braços,  copiando  a postura defensiva dela.
-  Não  venha  com  essa.  Você  pediu  para  Christian Chavéz procurar  um  investidor  com quem  você  pudesse  trabalhar.  De  preferência,  um  investidor  silencioso,  que  estivesse disposto  a pôr  bastante dinheiro  na  padaria, mas não  palpitar  sobre  a administração do negócio  ou  sobre  como  você  gastaria  o  dinheiro.  Pela  maior  parte,  isso  é  exatamente  o que  estou  fazendo.  Então,  seu  problema  não  é  o  fato  de  eu  ficar dando  cheques  por aí,  mas  o  fato  de  os  cheques  serem  meus.
-  É  claro  que  este  é  o  meu  problema  -  retrucou-a.  -  Já  percorremos  essa  estrada antes,  Poncho.  O  dinheiro,  a  influência,  esperando  que  todos  e  tudo  lhe  obedeçam simplesmente porque  seu sobrenome  é  Herrera.

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