Ela lhe lançou um olhar que dizia que não acreditava estar tendo escolha, mas poncho não voltaria para casa mesmo para uma curta estadia sem seu filho. Tinha acabado de descobrir que era pai; não se afastaria de Alan assim tão facilmente. Além disso, acostumara-se tanto a ver seu filho todos os dias, a passar tempo de qualidade com ele, que 24 horas longe pareceria uma vida. O mesmo podia ser dito sobre estar longe de Anahi, ele supôs, mas então sua atração por ela nunca estivera em questionamento. Não, seus pensamentos agora tinham de ser para seu filho. E embora não quisesse aborrecer sua ex-esposa intencionalmente, não podia ter certeza que ela não pegaria Alan e fugiria no minuto que ele saísse da cidade. Isso significaria deixar tia Helen, a padaria e a vida que Anahi construíra em Summerville, mas ela mantivera a existência de Alan em segredo antes. Quem garantia que não tentaria roubar o bebê dele dessa vez? Havia também a questão da condição física atual de Anahi. Gostasse ou não, existia uma chance de que ela estivesse grávida novamente, e até que poncho tivesse certeza de uma coisa ou de outra, não pretendia deixá-la escapar ou esconder outra criança dele por mais um ano ou coisa assim. O que significava que, se não podia ficar em Summerville, vigiando Anahi e Alan o tempo inteiro, então teria de levar Alan para Pittsburgh. Anahi podia ir junto ou não, mas uma coisa era certa: se Alan estivesse com ele, ela não fugiria para lugar algum. Com lábios comprimidos, Anahi murmurou:
- Isso é extorsão, sabia? Poncho arqueou uma sobrancelha e resistiu à vontade de rir.
- Eu dificilmente chamaria assim. -
- Como você chamaria isso, então? - Paternidade - replicou ele. - Estou apenas exercendo meus direitos de pai. Lembra-se de quais são eles, certo? Aqueles que você me negou durante o último ano, enquanto mantinha Alan só para si. Ele não pretendera soar amargo, mas pela expressão no rosto de Anahi, podia dizer que ela ouvira a amargura em sua voz.
- Eu não o deixarei levar Alan para lugar algum sem mim - disse ela com teimosia. Estava implícito naquela declaração que, se ele insistisse em levar Alan para visitar sua família, Anahi iria junto, mesmo que com relutância.
- Se você puder estar pronta até amanhã, partiremos por volta do meio-dia.
- Não tenho certeza se posso estar pronta tão cedo. Poncho inclinou a cabeça e assentiu.
- Tudo bem, nós partiremos à 13h, então. A ultima coisa que Anahi queria fazer era sair de Summerville e deixar a vida tranqüila e organizada que tinha construído para si mesma, a fim de retornar à jaula dos leões que era a Mansão herrera. Aquilo podia ser temporário, muito temporário se a promessa de poncho fosse verdadeira, mas cinco dias ou um dia, cada minuto pareceria uma eternidade. Motivo pelo qual ela não se apressou quando chegou à hora de arrumar as malas. Discutiu calmamente sua ausência com tia Helen e organizou alguns trabalhadores extras para cobri-la, querendo se certificar de que tudo corresse bem em Doce Cabana enquanto ela estivesse longe. Então pediu que poncho a ajudasse a reunir tudo que eles precisariam para Alan, mesmo numa viagem curta. Ela sabia que ele não tinha idéia do que viajar com um bebê poderia envolver. Enquanto decidia sobre que roupas, levar para si mesma incumbiu-o de separar as roupas e brinquedos de Alan. Assim como fraldas, lenços umedecidos, mamadeiras e fórmula. Cobertores, botinhas, bonés, protetor solar infantil e mais. Anahi continuava pensando em novas coisas para adicionar à lista, escondendo seu divertimento quando poncho começou a resmungar e relembrando-o de que a idéia de retornar a Pittsburgh; tinha sido dele. Eles poderiam acabar com todo aquele trabalho se poncho concordasse em deixar Alan e ela em Summerville. Cada vez que ela mencionava cancelar a viagem, todavia, o maxilar de poncho enrijecia, e ele voltava a coletar as coisas de Alan silenciosamente, ou fixar a cadeirinha de carro no banco de trás do Mercedes. Por volta das 13h da tarde seguinte, eles estavam prontos para partir. Alan estava em sua cadeirinha, chutando as pernas e brincando com seu conjunto de chaves coloridas de plástico, enquanto poncho esperava perto da porta de passageiro. A uma pequena distância na calçada, Anahi e tia Helen estavam de mãos dadas.
- Tem certeza que você quer fazer isso? - sua tia perguntou com voz rouca. Oh, Anahi tinha certeza que não queria. Mas não poderia dizer isso. Em parte, porque concordada em ir, e em parte, porque não queria preocupar tia Helen.
- Tenho certeza - mentiu Anahi, mesmo que seus dedos estivessem gelados dentro da mão firme de sua tia.
- Tudo vai dar certo. Poncho só quer apresentar Alan para a família e cuidar de alguns negócios da companhia. Estaremos de volta até o fim da semana. Tia Helen arqueou uma sobrancelha.
- Espero que sim. Não os deixe puxá-la para baixo de novo, querida - acrescentou ela com suavidade. Você sabe em que estado emocional ficou da última vez, vivendo sob aquele teto. Não permita que isso aconteça de novamente. Um nó se formou na garganta de Anahi, tão grande que ela mal conseguia engolir. Ela abraçou sua tia com força, e esperou até que conseguisse falar.
- Eu não permitirei - prometeu Anahi, lutando contra as lágrimas. Quando ia sair do abraço da tia, virou-se em direção a poncho e ao carro. Apesar de saber que ele estava ansioso para chegar à estrada.
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bebê secreto (adptada) aya
RomansaMentiras embaladas por canções de ninar. Cara a cara novamente com sua ex-mulher, o milionário Alfonso herrera tem uma surpresa eletrizante além do choque da atração que ainda sente por ela: descobre que é pai. Anahi ficara grávida quando se divorci...