Bem vinda

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—Você está bem? _Valentina perguntou ajudando a esposa a se levantar depois de seu movimento nada sutil que fez com que sua esposa caísse da cama.

—Valentina Carvajal Valdez, depois não venha reclamar que eu não faço massagens em você.

—Vamos ver, deixe-me dar uma olhada em você. _Valentina disse ficando atrás de sua esposa.

Seus olhos se arregalaram quando viu uma mancha vermelha estendendo-se da pompa esquerda até a base de suas costas e estendeu a mão para tocá-la.

—AI, NÃO! _Juliana bateu rapidamente na mão de Valentina ao sentir a dor que irradiava.
—Não me toque.

—Meu amor, me perdoe.

—Esta doendo onde você tocou. _Juliana disse indo até o espelho e se virando levemente e fazendo um som de surpresa.
—Isso vai ficar roxo. _Juliana disse fazendo uma cara triste.

Valentina se aproximou da esposa novamente e a pegou pela mão levando-a para a cama.

—Deite.

—Não, Val, dói.

—É por isso boba, fique de barriga para baixo e se alongue.

Valentina foi ao banheiro e procurou na bolsa de higiene pessoal o creme que usava quando o braço incomodava, pensando que seria uma boa opção passar na esposa depois do tremendo golpe que ela levou.

Juliana estava com os olhos fechados e uma das mãos na pompa cada vez mais vermelha.

—Juls, vou colocar um pouco disso em você para não doer tanto.

Juliana assentiu e baixou a mão para que Valentina ocupasse seu lugar. Valentina colocou um pouco na mão e começou a massagear suavemente e em círculos. Primeiro pela pompa e Juliana mordeu o lábio suprimindo um gemido de dor. Em seguida, subiu para a parte inferior das costas.

Enquanto massageava sua esposa ela perguntou.

—Meu amor, você vai me perdoar?

—O que você queria fazer?

—Primeiro queria te atacar com beijos e depois que você massageasse outra coisa... mas não saiu tão bem quanto da última vez.

Juliana reclamou e pediu à esposa que parasse.

—Tire as mãos Val.

—Mas... _Valentina colocou a mão na outra nádega.
—Meu pobre duraznito precisa de atenção.

—Não, nada de duraznito. _Juliana disse apontando para ela se levantar e ficar de lado.

Valentina moveu-se suavemente e deitou-se ao lado da esposa.

—Arruinei a nossa noite.

—Não, morrita, você não estragou tudo, apenas machucou o pobre duraznito.

Valentina fez beicinho.

—Você sabe o que quero dizer...

Juliana se aproximou de Valentina e deitou-se sobre o peito nu da esposa.

—Bem, eu não estou mais com esse tipo de humor. _Juliana acariciou o peito de Valentina.
—Mas isso não quer dizer que eu não tenha vontade de me aconchegar na minha mulher... sem roupa.

—Hmm, gosto de como você pensa. _disse Valentina desabotoando o sutiã de Juliana.

***

Poucas horas antes da viagem, as meninas acordaram para fazer as malas e tomar banho. Valentina colocou mais um pouco de creme na protuberância agora completamente roxa.

Juliana havia adormecido no peito de Valentina enquanto assistiam ao segundo filme. Valentina a acariciou até ela cair no sono profundo e por isso as malas não puderam ser arrumadas como haviam planejado e agora corriam para sair do apartamento a tempo.

—Juls os conversores de energia.

—Eu já os guardei.

—E nossos papéis?

—Na minha bolsa.

Valentina ficava listando o que pensava enquanto terminava de arrumar a mala e Juliana respondia se já estava certo ou não.

–Val pegamos tudo, já olhei três vezes no apartamento. Vamos logo. _Juliana informou enquanto olhava para o telefone.
—O carro já está chegando.

Valentina e Juliana entraram no carro após entregar as chaves do apartamento para a gerente.

—Para o aeroporto senhoras? _o motorista perguntou.

—Sim, por favor.

Ao chegarem ao aeroporto, Juliana encarregou-se de expor as reservas no balcão enquanto Valentina carregava as malas para que fossem pesadas e registradas.

Uma vez no avião, elas foram capazes de respirar facilmente e esperar para chegar ao seu novo destino.

***

—Juls, este lugar é lindo.

Juliana vinha planejando esse destino em detalhes. Bem, não só tinha sido um lugar que ela queria ir quando criança, mas agora ela o estava visitando com sua esposa. Mais importante de tudo, o primeiro aniversário delas cairia no dia seguinte e ela esperava que elas o celebrassem durante dias.

—Amor da minha vida, eu te disse que cuidaria de tudo.

—Eu sei vida. Desistir de ter o controle das coisas é difícil para mim, mas eu confio em você, amor.

Valentina aprendera que sua esposa apreciava que ela a deixasse mimá-la. Assim como quando ela cuidou dela quando seu braço estava quebrado. Compartilhar sua vida com alguém novamente a apavorava, na verdade ela nunca pensou em fazer isso de novo, se casar e tudo mais. Mas Juliana entrou em sua vida mudando tudo para melhor.

—A única coisa que tira um pouco minha emoção é que o golpe está me machucando muito e aqui teremos que andar muito.

—Juls, e se eu for à farmácia e comprar algo para as dores?

—Não amor, mas eu aceito um pouco mais daquele creme e um descanso de meia hora para recarregar as energias.

—Ok, então desfazemos as malas mais tarde. _Valentina disse abrindo sua mala.
—Deixe-me pegar o creme.

Juliana se despiu e ficou apenas de calcinha. Ela e sua esposa sentiam-se muito confortáveis ​​em se verem de calcinhas ou sem roupa alguma. Cada uma sempre admirou o corpo da outra e agora ainda mais. Não havia nada a esconder, até mesmo o hematoma horrível que seu pobre duraznito estava mostrando.

***

Aquela meia hora se transformou em uma hora inteira e quando as duas se vestiram novamente após o cochilo, elas saíram em busca de seu primeiro alimento naquelas terras.

—Juliana, jura que se sente bem?

—Sim morrita, obrigada pela massagem.

Valentina deu-lhe um beijo e elas continuaram subindo a rua. Em cerca de dez minutos, elas chegaram a um café pitoresco, em um dos cantos de uma das ruas mais conhecidas daquela cidade. Elas foram conduzidas a uma mesa e se sentaram, Valentina pediu dois copos de vinho e uma água.

—O que você quer comer? _Perguntou Valentina à esposa.
—Juls?

Juliana não havia respondido e quando Valentina levantou a cabeça viu que sua esposa estava perdida na paisagem à sua frente e sorriu ao ver seus olhos marejados. Ela não estava contendo as lágrimas de alegria. Valentina amava o quanto os olhos de Juliana eram expressivos.

As taças de vinho foram trazidas e Juliana voltou sua atenção para o garçom. Elas agradeceram e ambas ergueram as taças para brindar.

—Bienvenue dans la ville de la vie amoureuse. (Bem-vinda à cidade do amor, vida) _disse Valentina à esposa.

—Pour notre amour. (Para o nosso amor)

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