—Está na hora de tentar dar de mamar ao seu bebê. _disse-lhe uma das enfermeiras poucos minutos depois de Juliana acordar, ela gostaria de dormir mais um pouco, mas bom, haveria tempo para isso, agora o importante era dar comida para seu bebê.
Juliana estava nervosa, mas também animada para fazê-lo. A mulher pegou o bebê das mãos de Eva e a levou até a mãe.
Juliana havia se descoberto novamente, sem preocupação de ser vista, ela confiava completamente em todos naquela sala.
A enfermeira deu-lhe o bebê e colocou uma almofada de apoio para manter a elevação de que ela precisava, que, ao sentir aquele cheiro, começou a buscar por puro instinto.
—Veja se a boca dela fica bem presa o tempo todo, para evitar rasgos na pele e para que ela possa sugar bem. Todo o mamilo e parcialmente a aréola precisam entrar em sua boquinha e se ela parar de chupar, estimule os arredores de sua boca ou queixo com os dedos e ela respondera reflexivamente novamente.
—É uma sensação estranha, não consigo descrever bem. _comentou Juliana quando o bebê começou a mamar, enquanto trocava um breve olhar com a esposa, que dava outro sorriso de orelha a orelha, voltando a se concentrar em sua bolinha rosa que estava tentando comer.
—A primeira coisa que ela vai sugar é o colostro, o leite vai descer depois. O colostro é uma substância aquosa amarelada composta de água, proteínas gordurosas, carboidratos e imunoglobulinas, de que o bebê precisa.
—Bom... _ela disse fazendo uma careta de aborrecimento, o bebê havia aumentado sua sucção.
Aliás, um dos maiores benefícios daquele contato pele a pele com Juliana nas primeiras duas horas foi vital para que a produção de prolactina se ativasse mais rapidamente e o leite seguisse seu curso normal.
—E não se preocupe se não for o suficiente. _disse a enfermeira.
—Ela se ajustará ao que precisa, ele logo descerá.Enquanto Valentina parecia estupefata ao olhar para a família, como era maravilhoso aquele momento diante de seus olhos.
***
Valentina sentiu que esse ser que estava em seus braços não poderia ser mais perfeito.
Uma menina que unia de forma poética o amor e o apoio que tinham com sua esposa.
Na verdade, se ambas não tivessem trabalhado em equipe, esta pequena alma que lhes foi concedida não teria podido chegar. Ela agradecia a sua bela companheira que arriscou sua vida para trazer aquele ser ao mundo, e pela sua total disposição e apoio para que Valentina superasse seus medos.
O bebê mudou um pouco em seu cochilo, buscando calor novamente. E quando ele não podia a sentir, ele fez um som e lentamente abriu seus olhinhos, fechando-os novamente e tentando abri-los novamente. Exausta após a amamentação.