—Aqui está o seu chá de frutas. _disse Valentina entrando na casa de hóspedes.
Juliana recebeu a xícara enquanto se movia para se sentar.
—Muito obrigada, Val. _ela tomou um gole enquanto Valentina se sentava ao lado dela na cama.
—Como é estranho acordar aqui.
—Do que você está falando?
—Não sei, é que dormimos nesta casa há tanto tempo que às vezes me lembro de quando morava aqui. Aí penso em como tudo mudou, é estranho, mas tão bom.
—Eu sei. Que bom que eu convidei você para ficar aqui e não em um hotel, não teria sido a mesma coisa...
—Mesmo que você tenha me expulsado umas mil vezes?
—Ah nem me lembre, que idiota eu fui. _Valentina balançou a cabeça levemente.
—Ei, não diga isso. _Juliana deu-lhe um beijo na têmpora.
—Um pouco impulsiva sim, mas ainda assim consegui me apaixonar pelo seu lindo traseiro.
Valentina riu.
—Bendito braço quebrado. _falou deixando sua caneca na mesa de cabeceira.
—#quebrameubraço." _disse Juliana erguendo as sobrancelhas de forma provocativa, pois Valentina estava subindo nas suas pernas esticadas.
—Aha. _Valentina se inclinou para beijar o pescoço dela enquanto montava em sua esposa.
—Eu acho... _e a campainha tocou. O rosnado de frustração de Valentina foi muito evidente.
—Vai, vai morrita. Não reclame. _Juliana deu um tapa na bunda dela.
—Quanto mais ansiosa, melhor será, eu prometo. Agora vá atender.
—Ugh! Juliana, você não ajuda
a minha situação quando fica mandona.
***
Prepararam-se para o dia, deixando Lúcia em casa esperando Ana. Renata chegaria mais tarde.
Ana era uma mulher discreta, quieta e muito educada. Ela fazia o seu trabalho com perfeição e demonstrava isso, pois as meninas nunca a trocaram, ela trabalhava com elas desde que foi contratada, sabia que seu celular deveria ficar sempre na caixa com a pessoa que abria a porta para ela. Ela concordava com isso, não gostaria de incomodar quem lhes deu um trabalho consistente e a tratava mais que bem com os seus benefícios, gratificações e detalhes para os seus filhos. Isso era feito pela Dona Juliana, era assim que ela a chamava.
—Ana, o que você acha se começar com os móveis do jardim, com isso enquanto você estiver lá dentro eu posso avançar a decoração lá fora.
—Como quiser Dona Lúcia, você vai abrir a casa de hóspedes para eu limpá-la?
—Não, as meninas disseram que é pra deixar isso para depois.
—Tudo bem, vou me trocar e começar.
—Obrigada, Ana.
O telefone de Lúcia tocou.
—Você já saiu? _era Renata.
—Sim, eu estou levando as coisas que você pediu. Você pode abrir?
—Achei que você tivesse a chave
—Não, você sabe que elas mudam o tempo todo.
—Eu já te abro.
****
—Juliana, Valentina, que bom ver vocês.
—Igualmente doutora.
A médica fez algumas perguntas a Juliana e anotou, depois verificou sua pressão e a pesou.
