—Bom dia amor. _disse Valentina entrando no banheiro enquanto Juliana saía do banho.
—Oi, amor. Eu acordei você?
—Não, eu já dormi o suficiente.
—Não é verdade, você ficou acordada. Esta com olheiras. _disse Juliana tocando seu rosto.
—Tudo bem, não dormi bem, mas não quero mais me deitar. _ela não conseguiu mentir quando a esposa a olhou.
Juliana suspirou, isso não podia continuar assim.
—Você vai tomar banho?
—Sim, um rápido.
—Bem, enquanto você faz isso, vou fazer o café da manhã e esperar por você no jardim.
Valentina sorriu levemente.
—Obrigada amor, vejo você lá fora.
Juliana foi até o armário e vestiu algo confortável e deixou o cabelo secar naturalmente.
Descendo as escadas ouviu barulho na cozinha, sua convidada já estava acordada.
—Mamãe Lu. _disse Juliana suavemente surpreendendo a sua convidada.
—Ai meu Deus, você quase me matou de susto Juliana.
A morena riu.
—Desculpe, não sabia que você não tinha me ouvido.
—Eu estava um pouco distraída. _ela disse enquanto virava uma omelete na frigideira.
—Vim preparar o café da manhã, mas vejo que está tudo sob controle. _falou vendo que já havia frutas picadas, o café dos dois tipos preparado, pão aquecido na torradeira e duas omeletes descansando perto do fogo.
—Digamos que estou tão animada com o possível bebê que mal consegui fechar os olhos.
—Outra que não conseguiu dormir.
—Sim, querida. Isso é uma loucura, mas estou tão feliz que o sono não veio para mim.
—Mamãe Lu, você me dá um abraço?
Lúcia se virou para olhar Juliana e percebeu que ela estava com os olhos marejados, abraçando a si mesma.
—É claro que sim, querida, isso não se pergunta. _Lúcia disse, colocando a espátula de lado e desligando o fogão.
Ela deu alguns passos e pegou sua filha nos braços.
—O que você tem minha vida?
Juliana só se enterrou mais no abraço deixando Lúcia embalá-la de um lado para o outro, como sua esposa fazia.
—Só ... obrigada por estar aqui.
Lúcia deu-lhe um beijo na testa e apoiou sua cabeça ali.
—Sempre que puder, eu estarei aqui.
—Lu, você acha que eles sabem o que está acontecendo?
Ah, eu já sei o que está acontecendo. Pensou Lucia.
—Claro que sabem, na verdade estão tão felizes quanto eu.
—Você realmente acha isso?
—Tenho quase certeza minha Juli, eles cuidam de você, de vocês. Eles sabem os passos que você está dando e acho que dançam de felicidade onde quer que estejam.
Juliana sorriu, era isso que ela precisava ouvir. Ela se lembrou de como em sua carta desejara ao pai que eles estivessem dançando como dançavam, que fossem felizes de novo.
