Amamentação

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Naquela noite, enquanto as duas dormiam no quarto com o bebê no berço, Valentina teve um susto terrível quando o alarme de um dos aparelhos a que sua esposa estava conectada começou a soar.

Então Juliana começou a tossir, o que fez Valentina se levantar muito rapidamente do sofá-cama para apertar o botão de ajuda.

Em segundos, algumas enfermeiras estavam entrando.

Valentina afastou o berço com o bebê para o lado, que dormia pacificamente.

—Ela não está saturando bem. _foi o que Valentina ouviu, as enfermeiras correram para colocar o oxigênio de volta. Embora a máscara tenha sido removida algumas horas antes de ela dormir, porque ela tinha bons níveis e foi autorizada pelo doutora, mas aparentemente ela ainda precisava de um pouco mais de oxigênio.

O modo de reação rápida que a loira havia desenvolvido ajudava-a a se adaptar cada vez mais a essas situações, a não entrar em pânico, ao invés disso agir rapidamente para encontrar uma solução, a terapia estava servindo demais para ela.

Isso permitiu que ajudasse a esposa nos momentos em que ela precisava e ela mantivesse a calma sem desmoronar assim que Juliana saísse de seus braços.

Sua imaginação sombria não a controlava mais como antes e isso foi um belo avanço para ela e sua pequena família.

Assim, quando sua esposa foi nivelada, Valentina conseguiu abraçá-la e beijar sua testa, dizendo "Estou aqui", sem que ela se sentisse culpada por assustá-la como antes.

Desnecessário dizer que Juliana e o bebê tiveram que ficar mais alguns dias para ter certeza de que ambos estavam bem. Valentina nunca saiu do seu lado, a não ser para tomar banho e se trocar.

Não, ela não estava suprimindo seu medo, ao invés disso, ela o estava deixando ir. Pronta mais uma vez para viver no agora sem ficar tão obcecada com o que acontecerá com minha esposa no futuro, ao invés de aproveitar o momento presente com sua pequena família arco-íris. Porque esta realidade, superava tudo o que ela poderia ter imaginado...

—Eu sei, eu sei meu amor. _Valentina ergueu sua pequena do berço.
—Eu sei que ser humano é um pouco estranho, não é?

Juliana sorriu com a interação enquanto preparava as roupas para trocar.

Valentina a levou para a cama pronta para trocar a fralda. Era uma fralda tão pequena que parecia de boneca.

—Estamos deixando este lugar agora. _explicou Valentina.
—Mamãe e você finalmente podem deixar este lugar frio.

Juliana não falava ela não queria interromper aquele momento, ela apenas observava que Valentina limpava e trocava bem sua bolinha rosa.

—Vamos vestir você com algumas roupas que a babá trouxe. Por que a outra ficou um pouco grande demais para você?

Valentina recebeu as roupas e para começar a vesti-las com cuidado, era tão pequena que ela tinha todo cuidado, como se fosse machucá-la.

A morena tocou levemente seu ombro como se quisesse dizer que ela estava bem, para relaxar. Valentina beijou rapidamente aquela mão em seu ombro e se moveu novamente para terminar de aconchegar seu bebê e deu a Juliana para que ela pudesse alimentá-la antes de partirem.

—Olá, meu pedacinho de céu. O que me diz, está com fome?

A menina virou o rosto como sempre fazia.

Valentina ajudou-a a acomodá-la com o travesseiro para que ficassem em uma posição confortável. As duas ficaram em silêncio nos primeiros minutos enquanto Luna mamava.

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