Observei a Torre Eiffel, que parecia ter um tamanho infinito, por estarmos tão próximos dela. Vi tudo ao meu redor, aquelas cores eram tão vivas, uma sensação única poder contemplar cada ângulo. Mas logo senti alguém tocar em meu ombro, tirando-me dos meus devaneios. Nesse instante, eu me virei para trás e nossos olhares se cruzaram.
Inevitavelmente, sorrimos um para o outro.
Karlos: - Olá. - disse, com um sorriso meigo entre os lábios. - Você é nova por aqui, certo? Nunca te vi por essas bandas.
Theo: - Ah! - Fui pega de surpresa, mas respondi gentil. - Sou, sim, é a minha primeira vez em Paris e eu estou muito encantada com tudo.
Karlos: - Poxa, que bacana! Seja muito bem-vinda! - exclamou enquanto estendeu a mão, a fim de me cumprimentar.
Theo: - Nossa, que falta de educação a minha. - Estendi minha mão de volta, apertando a mão dele. - Sou Theodora, mas pode me chamar de Theo.
Karlos: - Muito prazer, Theo. Eu me chamo Karlos.
Theo: - Ah, então é você o responsável - olhei para a paisagem ao meu redor - por tudo isso aqui. - Ele coçou a nuca, um pouco sem graça. - É incrível e surpreendente!
Karlos: - Eu não sou o "responsável", apenas me esforço para fazer alguém sorrir. - Foi inevitável eu aumentar o sorriso entre os meus lábios, ali ele riu baixo. - Viu, é esse sorriso que eu te falei.
Uau, sem perceber, fiquei um pouco... corada nas bochechas. A forma que ele falou, sendo tão educado e gentil, me pegou um tanto de surpresa. Apenas puxei uns fios dos meus cabelos para trás da orelha, enquanto desviei o olhar para o chão, tentando não demonstrar minha súbita vulnerabilidade a ele; que ficou contente e animado por me ver daquele jeito.
Atentos um no outro por aqueles segundos que nem reparamos que outra pessoa se aproximou em passos rápidos, logo me tocando em um dos meus ombros.
Soll: - Parece que você já conheceu a minha prima, Karlos - falou alegremente, acariciando meu ombro enquanto olhava para o homem na nossa frente.
Karlos: - Nossa, sua prima? Acho que faz sentido - meio brincalhão, ele apoiou o queixo com uma das mãos - e é notório a semelhança entre as duas, uma vez que, aparentemente, a beleza é de família. Vocês duas, são lindas.
Soll riu da brincadeira dele, mas eu não pude resistir e ri também para voltar a fitá-lo. Karlos riu conosco, ainda feliz por conseguir manter o clima leve e descontraído entre nós. No entanto, em um instante, meus olhos se fixaram nos lábios de Karlos, especialmente em seu sorriso. Eu nunca havia visto um tão belo assim. Tive a impressão de tudo ter ficado em câmera lenta ao meu redor enquanto todas as luzes permaneciam sobre o rosto encantador de Karlos.
Ainda tão distraída, que nem reparei que ele se despediu de nós com um aceno gentil e caminhou até o seu carro, um gip verde, estacionado do outro lado da rua. Eu apenas o vi movimentar os lábios antes de ir embora, como se estivesse dizendo algo, talvez dizendo um "até mais", algo assim, mas eu realmente fiquei tão... aérea.
Soll: - Theo? - ela chamou por mim, depois que Karlos foi embora. - Ei, Theo! - Me chacoalhou, fazendo eu voltar ao meu eixo.
Thame: - Quem era aquele? - indagou a outra menina, se aproximando da gente.
Soll: - Karlos - quando ela disse o nome dele, minha irmã colocou as mãos nos olhos para poder ver melhor ele entrando em seu carro, uma vez que o sol impediu um pouco daquele processo dela vê-lo com clareza. - Curiosa, hein?
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Casei Com O Meu Cunhado (EM REVISÃO)
Roman d'amourTheodora Thelles é uma jovem de família humilde. Depois que ela, sua irmã e sua mãe se mudaram para Paris, a vida se complicou para Theo. Ela se apaixona por um dos irmãos Willson. Obrigada a casar pela sua mãe, para salvar o nome da família, deixan...