Na tarde dourada, Karlos dirigiu-se à imponente mansão de sua família, carregando no peito uma angústia sem fim. Após tudo o que havia passado, decidiu que era hora de revelar sua verdadeira essência, libertando-se da mentira que o machucava e o afastava de quem amava.Ao estacionar o carro diante da majestosa mansão, ele contemplou a escadaria de estilo europeu, cada degrau uma lembrança de sua infância. Com um suspiro profundo, subiu os degraus, sentindo o peso de suas decisões.
— Meu amor! — Emma surgiu pela porta, braços abertos e um sorriso radiante moldando seus lábios. — Seja bem-vindo à sua casa! — disse ela, com um toque de sarcasmo que fez Karlos sorrir e estender os braços para um abraço reconfortante.
— Oi, minha rainha. Como estão as coisas por aqui? — perguntou Karlos, soltando sua mãe após o abraço. Caminharam juntos pelos corredores amplos da mansão, onde cada canto guardava histórias.
— Tudo indo bem. Seu irmão vai se casar, e estou muito feliz. — Emma quase saltava de alegria, enquanto Karlos deixava escapar um sorriso, suas covinhas profundas revelando um misto de sentimentos.
A notícia trouxe uma angústia inesperada a Karlos. Seu irmão Fred nunca fora de namorar, muito menos de pedir a mão de alguém. A curiosidade sobre a noiva o consumia.
— Confesso que essa notícia me pegou de surpresa, mamãe. O Fred? Noivo! — disse ele, com um sorriso sarcástico, sentando-se no sofá. — Achei que não viveria para ver isso.
Emma respirou fundo, cruzando os braços enquanto fitava o filho mais novo. Não gostava quando Karlos falava assim de Fred.
— Não fale assim, meu filho, como se não estivesse feliz pelo seu irmão. — Emma sentou-se no outro sofá, o olhar firme.
— Claro que estou, mãe. Mas vai dizer que não achou essa história estranha também? — Karlos cruzou os braços, semicerrando os olhos.
— Talvez ele não tenha contado antes por vergonha, sei lá! — disse Emma, pegando o chá que a empregada Lili havia colocado sobre a mesa de vidro.
— Claro, — Karlos esticou-se para pegar uma xícara também — como sempre, na defesa do Fred! — Ele fez aspas com os dedos livres.
— Nada disso. Sei que gosta de implicar com seu irmão, e isso me chateia. — Emma revirou os olhos, colocando a xícara de volta na mesa. — Mas me diga, você não vai arrumar uma namorada também? E aquela moça que você mencionou uma vez? — Ela cruzou os braços, fitando o filho.
— Não estamos juntos! — disse Karlos, e sua expressão mudou, lembrando-se da perda que ainda doía. Sentia que nunca reconquistaria a minha confiança.
— O que aconteceu, filho? — Emma o fitou com preocupação, a voz suave.
— Não deu certo, mãe, infelizmente. — Ele apertou os lábios, suas covinhas à mostra. — Mudando de assunto, quem é a noiva? Estou curioso para conhecer. — Levantou-se do sofá, colocando a xícara sobre a mesa.
— Se você tivesse vindo pela manhã, teria conhecido ela pessoalmente. Estava aqui experimentando o vestido de noiva. — Emma sorriu, feliz.
— Mas já? — Karlos retrucou, surpreso.
— Claro, meu filho. Tem que ser logo, antes que a barriga dela cresça. — Emma disse, empolgada, revelando que seria avó.
— Como assim, a barriga? — Karlos ergueu uma sobrancelha, confuso, mas depois sorriu. — Então está explicado, — balançou a cabeça, ainda sorrindo. — Por isso a pressa para o casamento.
— Sim, ela está grávida, mas não é só por isso que vão se casar. Eles se amam de verdade.
— Hanram, sei! — Karlos passou uma das mãos pelos cabelos lisos que caíam delicadamente sobre seus olhos. — Espero de verdade que meu irmão esteja feliz e que não esteja obrigando a moça a se casar porque a engravidou. Você sabe como ele é! — Cruzou os braços, a expressão séria.
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Casei Com O Meu Cunhado (EM REVISÃO)
Roman d'amourTheodora Thelles é uma jovem de família humilde. Depois que ela, sua irmã e sua mãe se mudaram para Paris, a vida se complicou para Theo. Ela se apaixona por um dos irmãos Willson. Obrigada a casar pela sua mãe, para salvar o nome da família, deixan...