Casei Com O Meu Cunhado (EM REVISÃO)

32° CAPÍTULO

Depois da conversa com Fred, era como se meus problemas só se agravassem. Acaricio minhas têmporas, tentando encontrar foco para voltar ao trabalho. Suspiro, e por alguns minutos, esqueço todos os problemas que me cercam. Já era fim de tarde, e o vento suave fazia as folhas da árvore dançarem uma melodia calma e serena, projetando sombras através da grande janela do chão ao teto. Admiro a paisagem por alguns instantes, até que tia Carla me chama, trazendo-me de volta à realidade.

— Theo? Está pronta para irmos? — Ela sorri, e seu cheiro doce paira no ar. Levanto-me da cadeira, ajeitando-me.

— Claro, tia, só estava esperando por você. — Pego minha bolsa e caminhamos juntas até o elevador, conversando. Ao entrar, suspiro profundamente.

— Como foi seu dia? — Ela me pergunta, ajeitando sua bolsa.

— Tenso — respondo, encarando meus saltos pretos. — Hoje, alguns repórteres apareceram na empresa, tia, e me fizeram várias perguntas sobre o casamento, sobre o noivado. — A encaro por alguns segundos e depois volto a olhar para meus saltos.

— Sério, Theo? Mas isso não era segredo? — Tia Carla me olha com preocupação.

— Também achava. Disse ao Fred que, se isso sair nas revistas ou jornais, vou cancelar tudo. — A encaro novamente.

— Verdade, minha flor, ele não foi honesto ao falar com a imprensa. E se isso se espalhar, não vai ser bom. — Ela aperta os lábios.

— Se isso se espalhar, estou perdida. Eu ia desistir dessa loucura hoje, depois de descobrir que Karlos é irmão dele. Não podia continuar com isso, tia, seria demais para mim e para o Karlos também.

— Ele vai ficar arrasado, Theo. Ele te ama...

Depois desse comentário, saímos do elevador e pegamos o ônibus. Ao chegar em casa, vejo as meninas conversando alto sobre algo, até minha mãe estava participando da conversa, o que fez tia Carla e eu nos olharmos com curiosidade enquanto entrávamos na sala.

— Graças a Deus você chegou, Theo! — Você já leu os jornais? — Ela estica um jornal na minha direção, com uma expressão de profunda preocupação. Arregalo os olhos, fitando minha prima, e pego o jornal com agressividade das mãos dela. Soll cruza os braços, nervosa.

— Está na primeira página. — Ela diz, fazendo-me tremer e atrapalhar ao abrir o jornal.

— Também quero ver — tia Carla se pronuncia, e Thame estica a mão para lhe entregar o que segurava. — Obrigada! — Ela começa a ler.

— Hoje, nesta manhã, recebemos um telefonema anônimo, informando que a noiva do Sr. Fred Willson Smith, o CEO da famosa empresa WS, estava presente na empresa. O mais surpreendente, ela era a secretária do CEO. Nossa equipe tentou entrevistar a jovem, mas foram retirados à força da empresa. Por que tanta brutalidade? O que estão escondendo? Será que Fred Willson ainda não divulgou seu casamento nas redes sociais ou até mesmo o relacionamento com sua secretária? Vamos buscar novas respostas. — Li em voz baixa, deixando uma lágrima de aflição cair sobre o jornal. Abaixo da reportagem, havia uma foto minha, como se estivesse perdida em outra dimensão.

— O que você vai fazer, Theo? Seu rosto está estampado, todo mundo já deve saber que você é a noiva dele! — Soll me pergunta, e a fito com os olhos lacrimejados.

— Não faço ideia do que vou fazer. — Passo as costas da mão pelo rosto.

— Você não pode fazer nada, minha filha. A notícia já se espalhou. Você tem que erguer a cabeça e encarar a realidade agora. — Miranda diz, com uma voz suave e dócil.

— Droga! — Jogo o jornal no sofá. — Quem fez isso? Quem espalhou isso para a imprensa?

— Pode ter sido alguém que viu vocês juntos ou que ouviu a conversa de vocês. — Miranda diz, fazendo as outras me encararem, pois era a única possibilidade. Alguém da empresa poderia ter ouvido nossa conversa.