tom & jerry

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xThere's a time that I remember
When I did not know no pain
When I believed in forever
And everything would stay the same
Now my heart feel like December
When somebody say your name.x

point of view; rose bechade
turim, Itália

Mas que merda eu fiz?

Essa era uma das perguntas que passeavam pela minha cabeça intermináveis vezes desde que acordei naquela manhã.

Agora, sentada no banco de passageiro do carro de Justin, eu não tinha resposta pra nenhuma delas.

— Serena me falou que pediu pro motorista dela mandar algumas das suas roupas lá pra casa. - Ele murmurou após um longo silêncio, virei a cabeça na sua direção e assenti, sem querer prolongar aquela conversa.

Mais um tempo se passou e, para o meu alívio, o único som audível era de uma música aleatória no rádio. Senti meu estômago embrulhar ao avistar a entrada do condomínio luxuoso.

Será que se eu vomitasse esse carro inteiro ele me expulsaria daqui?

— Chegamos. Precisa de ajuda pra sair? - Indagou com atenção, fazendo-me bufar.

— Estou bem, Bieber! - Exclamei descontente, abri a porta e saí do carro o mais rápido que pude. Mas me arrependi amargamente pela pressa quando senti minha visão ficar levemente turva, forçando-me a apoiar na lateral da lataria.

— Você não cansa de ser teimosa? Que porra! - Justin correu ao redor do carro e parou na minha frente, estalando os dedos em frente ao meu rosto. — Consegue me enxergar?

— Mais ou menos. - Murmurei, balançando um pouco a cabeça. Não tive tempo de falar mais nada, apenas senti os braços de Justin em partes estratégicas do meu corpo e me ergueu do chão, aninhando-me em seu colo. — São apenas efeitos dos remédios, o médico disse que eu teria alguns hoje. Você não cansa de bancar o herói? - Revirei os olhos. Passei o braço pelo seu ombro quando percebi que havia começado a andar em direção a casa e ele riu fraco.

— Não vou te deixar cair, relaxa. - Minha visão se normalizou a tempo de enxergar um sorriso cínico nascer em seus lábios.

Preferi ignorar o comentário pra não me estressar ainda mais.

— Donna, meu amor! - Ele gritou quando atravessamos a porta gigantesca, fazendo-me erguer as sobrancelhas em surpresa.

— Justin! Chegou mais cedo do que eu havia imaginado. - A doce senhora que eu tanto me lembrava atravessou o hall de entrada, usava um avental em volta de cintura e suas mãos estavam sujas de farinha. Exatamente como da última vez que a vi. — Menina, como você cresceu!

— Solte-me, Bieber. Quero abraçá-la! - Resmunguei para Justin e ele atendeu prontamente, colocando-me no chão. Fui em passos apressados na direção da senhora baixinha, recebendo um abraço apertado como cumprimento. — Não sabia que a senhora ainda trabalhava aqui, que saudade!

— Esse garoto não saberia viver sem mim, Rosa. - Murmurou contra o meu ombro, mas pude ouvir a risada nasalada dele atrás de nós. — Deixe-me olhar pra você. - Desvinculou o abraço, fazendo-me dar uma voltinha no eixo. — Mio Dio, como está linda! Viraste uma mulher belíssima.

— E você está cada dia mais perfeita, Tella. - Ela me deu um beijo na testa, arrancando-me um sorriso. — Como vai Lorenzo e Carlota?

— Carlota conseguiu entrar na sua tão sonhada faculdade de direito. Estou muito orgulhosa da minha principessa. - Sorriu com satisfação.

The Boarding SchoolOnde histórias criam vida. Descubra agora